Connect with us

Mundo

Sírios comemoram a queda do governo de Bashar al Assad

Published

on


Assad foi deposto por uma ofensiva relâmpago de grupos rebeldes liderados por islamitas neste domingo (8). Pessoas comemoram na Praça Umayyad, em Damasco, em 8 de dezembro de 2024. Comemorações eclodiram em toda a Síria.
Bakr AL KASSEM / AFP
Multidões de sírios comemoraram neste domingo (8) a queda do presidente Bashar al-Assad, deposto por uma ofensiva relâmpago de grupos rebeldes liderados por islamitas que pôs fim a mais de meio século de governo da dinastia fundada por Hafez al Assad.
Al Assad, que liderou a Síria com mão de ferro desde que chegou ao poder há 24 anos, renunciou e deixou o país, disse a Rússia, seu principal aliado, que lhe concedeu asilo, informaram a TASS e a Ria Novosti.
Dezenas de pessoas invadiram sua luxuosa residência em Damasco, a capital. A casa do líder alauíta, que sucedeu seu pai Hafez al Assad, que governou o país de 1971 a 2000, também foi saqueada.
“Vim para me vingar, eles nos oprimiram de uma forma inconcebível”, disse Abu Omar, um sírio de 44 anos. “Hoje não tenho mais medo.”
Uma sala de recepção no palácio presidencial, localizado em outro bairro, foi incendiada, assim como edifícios pertencentes a agências de segurança, de acordo com repórteres da AFP e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização com sede no Reino Unido que monitora o conflito.
A aliança rebelde liderada pelo grupo islamista Hayat Tahrir al Sham (HTS) decretou um “toque de recolher em Damasco das 16h (10h em Brasília) até as 05h de segunda-feira” (23h de domingo em Brasília).
O anúncio foi feito horas depois que eles entraram na capital síria após uma ofensiva de blitzkrieg (guerra relâmpago) lançada da província de Idlib, no noroeste do país, em 27 de novembro.
Pelo menos 910 pessoas, incluindo 138 civis, foram mortas desde o início da ofensiva, disse o OSDH.
Quem é Bashar al-Assad, ditador sírio que deixou o poder após 24 anos
‘A Síria é nossa!’
O líder islamista da coalizão rebelde, Abu Mohamed al-Jolani, chegou a Damasco neste domingo e dirigiu-se à famosa mesquita Umayyad, onde fez um discurso.
Vídeos que circulam na mídia mostram que ele foi recebido por uma multidão que gritava “Allah Akbar” (Deus é grande).
Dezenas de pessoas saíram às ruas, de acordo com as imagens da AFPTV, para comemorar a queda do governo. As imagens mostraram pessoas pisoteando as estátuas de Hafez al Assad.
“A Síria é nossa, não pertence à família Assad!”, gritaram os combatentes nas ruas de Damasco. Na Praça Umayyad, ouviam-se tiros como sinal de alegria.
Os moradores contaram como os soldados do exército sírio tiraram seus uniformes quando saíram de seu quartel-general na praça.
“Após 50 anos de opressão sob o comando do partido Baath, e 13 anos de crimes, tirania e deslocamento, anunciamos hoje o fim dessa era sombria e o início de uma nova era para a Síria”, disseram os rebeldes.
Na televisão estatal, a coalizão, que classificou al Assad como “tirano”, disse que libertou todos os prisioneiros “detidos injustamente”.
A queda do governo abre um período de incerteza na Síria, fragmentada por uma guerra civil que matou quase meio milhão de pessoas desde 2011. O conflito dividiu o país em zonas de influência, com forças beligerantes apoiadas por potências estrangeiras.
Assad ‘deveria prestar contas’
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, saudou o fim do “regime ditatorial” da Síria.
O presidente dos EUA, Joe Biden, considerou a queda de al-Assad uma “oportunidade histórica” e disse que o líder “deveria prestar contas”.
Washington tem cerca de 900 soldados no país como parte da coalizão internacional que foi criada em 2014 para ajudar a combater o grupo jihadista Estado Islâmico.
A França e a Alemanha saudaram a queda de Bashar al-Assad, mas também pediram a rejeição de “todas as formas de extremismo”.
A Síria deve ser impedida de “cair no caos”, advertiu o Catar. A Arábia Saudita, por sua vez, pediu para proteger o país do “caos e da divisão”.
A Turquia, que é muito influente na Síria, onde apoia alguns grupos rebeldes, pediu uma “transição” pacífica no país e disse que estava em contato com os rebeldes para garantir a segurança.
A chefe diplomática da UE, Kaja Kallas, disse que a queda do governo é “positiva” e mostra “a fraqueza” de alguns de seus apoiadores, a Rússia e o Irã.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou a derrubada de al-Assad um “dia histórico” e o descreveu como um “elo central” no “eixo do mal” liderado por Teerã.
O líder ordenou que seu Exército “tomasse” uma zona de desescalada desmilitarizada nas Colinas de Golã, um território sírio ocupado e anexado por Israel. Israel não permitirá que “nenhuma força hostil” se estabeleça na fronteira, disse ele.
Veja mais:
Queda de Assad na Síria; FOTOS
Por dentro da mansão de Bashar Al Assad, presidente deposto da Síria
5 perguntas para entender o que aconteceu na Síria
Centenas de presos são libertados da prisão de Sednaya, na Síria
Quem é Abu Mohammed al-Golani, chefe do grupo rebelde sírio HTS

Anúncios

Mundo

Trump toma posse como presidente dos EUA hoje; SIGA

Published

on


Primeiro compromisso do republicano é uma cerimônia religiosa em Washington às 10h15, no horário de Brasília. Trump retorna à Casa Branca após quatro anos. Trump toma posse como presidente dos EUA hoje; SIGA Primeiro compromisso do republicano é uma cerimônia religiosa em Washington às 10h15, no horário de Brasília. Trump retorna à Casa Branca após quatro anos. Dia será marcado por celebrações. A mais importante delas é o juramento de Trump como presidente, no Capitólio; veja o passo a passo.. O republicano de ve assinar mais de 100 ordens executivas assim que assumir o cargo. Promessas incluem deportação em massa e anistia a invasores do Capitólio.. Diplomacia vê governo Trump como incógnita; saiba como devem ficar as relações entre EUA e Brasil.. Com viés protecionista, primeiras medidas da gestão devem impactar setor de energia e a relação com parceiros comerciais.

Anúncios
Continue Reading

Mundo

Cessar-fogo em Gaza: a libertação de reféns israelenses e o retorno de milhares de palestinos

Published

on


Em Tel Aviv, pessoas se reúnem em praça para assistir a libertação de três reféns do Hamas. Em Gaza, milhares de deslocados voltam para casa após início da trégua. Pessoas esperando a libertação de três reféns, em Tel Aviv
REUTERS
O cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor após um atraso de quase três horas, neste domingo (19). O início da trégua foi adiado após o grupo terrorista demorar para divulgar a lista das primeiras reféns que serão libertadas.
VEJA FOTOS
Pessoas se reúnem em praça para assistir a transmissões da libertação de reféns, em Tel Aviv
REUTERS
Em Tel Aviv, pessoas se reuniram em uma praça para assistir a transmissão da libertação das três reféns que estão mantidas em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
Pessoas aguardam a chegada de três reféns do Hamas, em Tel Aviv
REUTERS
As três mulheres fazem parte do primeiro grupo de 33 reféns que serão libertados pelo Hamas nos próximos dias. Em troca, Israel prometeu soltar prisioneiros palestinos e recuar as forças militares dentro da Faixa de Gaza.
Pessoas aguardando a libertação de três reféns do Hamas, em Tel Aviv
REUTERS
PALESTINOS VOLTAM PARA CASA
Palestinos deslocados retornar para suas casas na Faixa de Gaza
REUTERS
Mesmo antes do cessar-fogo entrar em vigor, milhares de palestinos deslocados, com seus pertences, pegaram as estradas em caminhonetes, carroças puxadas por burros e a pé, no norte e no sul da Faixa de Gaza.
Palestino retornando para casa em carroça, no norte da Faixa de Gaza
REUTERS
Palestina voltando para casa com carrinho de bebê, em Gaza
REUTERS
Palestinos voltam para Faixa de Gaza, após cessar-fogo
REUTERS
Palestinos deslocados passam pelos escombros para retornar para suas casas, em Gaza
REUTERS
Após cessar-fogo, palestinos retornam para suas casas em Gaza
REUTERS
De acordo com o texto, 33 reféns do Hamas serão devolvidos na primeira fase da trégua, de 42 dias.
No mesmo período, 737 prisioneiros palestinos serão libertados por Israel, de acordo com o Ministério da Justiça israelense.

Anúncios
Continue Reading

Mundo

Metade dos americanos apoia a deportação de todos os imigrantes ilegais, indica pesquisa

Published

on


Levantamento do jornal The New York Times e do instituto Ipsos indica apoio da população americana às propostas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Trump conversa com jornalistas em sua propriedade em Mar-a-Lago, em janeiro de 2025
AP Photo/Evan Vucci
Uma pesquisa do jornal The New York Times e do instituto Ipsos divulgada neste sábado (18) indica que 55% dos americanos apoiam a deportação de todos os imigrantes ilegais que estão no país. Outros 42% são contrários, e 3% não souberam ou não responderam.
Se o recorte é sobre a deportação de imigrantes ilegais que entraram no país nos últimos quatro anos, o apoio sobe: 66% afirmam ser favoráveis à medida. Outros 33% se dizem contrários, e 4% não souberam ou não responderam.
O levantamento foi feito entre os dias 2 e 10 de janeiro com 2.128 adultos. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais.
Opinião dos americanos sobre imigração
A deportação em massa é uma das promessas de campanha do presidente eleito Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20).
Segundo o jornal The Wall Street Journal, uma grande operação está planejada para terça-feira (21), tendo como alvo imigrantes ilegais que tenham cometido crimes.
Em relação a esse grupo – imigrantes ilegais que tenham cometido crimes – o percentual de apoio à deportação sobe para 87%. Outros 10% são contrários, 3% não souberam ou não responderam.
Apesar de defender a deportação de adultos que entraram ilegalmente nos EUA, a maior parte da população defende manter a cidadania americana para crianças que nasceram no país e são filhas de imigrantes, bem como para imigrantes que entraram ilegalmente no país quando eram crianças.
Expectativa com governo Trump
A maioria dos americanos acha que Trump vai realizar a maior operação de deportação dos Estados Unidos. Para 80%, é provável que o novo governo faça isso. Outros 17% acreditam ser improvável, e 3% não souberam ou não responderam.
Os americanos também acreditam que o novo governo vai aumentar as tarifas de importação para a China e o México, algo que ele tem defendido como uma forma de diminuir a dependência americana a produtos estrangeiros.
Segundo o levantamento, 81% dos americanos, essas taxas provavelmente ficarão mais altas. Outros 15% acreditam que o aumento é improvável, e 4% não souberam ou não responderam.
Expectativa com novo governo Trump

Anúncios
Continue Reading

0 Items Found

No listings found.

Em alta