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Quem pode tirar a indicação de ‘Ainda Estou Aqui’ ao Oscar de melhor filme internacional
Longa nacional é um dos mais bem cotados para a indicação à categoria, mas disputa vaga com outros filmes bastante aclamados. Confira seus 10 maiores concorrentes. Como funciona a corrida ao Oscar Internacional?
Dirigido por Walter Salles, o longa brasileiro “Ainda estou aqui” tem grandes chances de ser indicado ao Oscar 2025, inclusive em mais de uma categoria.
Em cartaz nos cinemas, “Ainda estou aqui” é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Verdadeira, a história narra o sofrimento do escritor e de sua família diante do desaparecimento de seu pai, o ex-deputado federal Rubens (interpretado por Selton Mello), assassinado pelo regime militar. No Festival de Veneza, o filme levou o troféu de Melhor Roteiro.
No Oscar, a categoria cujo longa tem maior chance de indicação é Melhor Filme Internacional. É o que indicam nesta semana os sites “Variety”, “Hollywood Reporter” e “Indieware”, que organizam as principais listas de termômetro do prêmio. Os balanços mudam semanalmente, porque filmes elegíveis ao troféu podem ser lançados até o último dia do ano.
Com base nessas listas, é possível dizer que “Ainda estou aqui” está bem cotado, mas enfrenta uma disputa acirrada. Veja a seguir seus 10 maiores concorrentes à indicação do Oscar de Melhor Filme Internacional.
Emilia Pérez
Assista ao trailer do filme “Emilia Perez”
Sinopse
Dirigido por Jacques Audiard, o longa francês conta a história de uma chefe do narcotráfico mexicano. Transgênero, a protagonista recorre a uma advogada para tentar fazer uma cirurgia de redesignação sexual para fugir das autoridades.
Por que é cotado
É o título mais cotado para a indicação à categoria de Melhor Filme Internacional. Tanto na “Variery” quanto na “Hollywood Reporter”, a obra aparece na 1ª posição dos possíveis filmes indicados ao troféu — em 2º lugar, está “Ainda estou aqui”.
No Festival de Cannes deste ano, “Emilia Pérez” levou o Prêmio do Júri e de Melhor Atriz. O filme faz uma boa mistura de gêneros cinematográficos, ao intercalar suas cenas de drama e de musical. Leia aqui a crítica do g1.
The Seed of the Sacred Fig
Veja trailer de ‘The Seed of the Sacred Fig’
Sinopse
Dirigido pelo iraniano Mohammad Rasoulof, o filme alemão é um suspense político cuja história tem como protagonista um juiz do Teerã. À medida que protestos políticos contra o governo avançam pelo país, ele se vê diante crescentes questionamentos sobre seu emprego. E ao perceber que uma arma desaparece misteriosamente, ele entra em paranoia e começa a fazer teorias do que está acontecendo ao seu redor.
Por que é cotado
Gravado no Irã de forma secreta, o título ganhou o prêmio especial do Festival de Cannes deste ano. Tem sido elogiado pela forma em que constrói sua crítica ao autoritarismo e, sobretudo, ao governo do Irã.
No “Metacritic”, a pontuação do filme varia entre 84 e 100. Envolvente, sua trama alinha dramas individuais a problemas historicamente universais. É outro fortíssimo concorrente de “Ainda Estou Aqui”.
The Girl With the Needle
Assista ao trailer de ‘The Girl with the Needle’
Sinopse
Dirigido por Magnus von Horn, o filme dinamarquês é um terror psicológico. Na história, uma mulher grávida começa a trabalhar como ama de leite para uma dona de uma loja de doces. Porém, ela acaba descobrindo que sua chefe comanda uma rede clandestina de adoção de bebês, na qual mães pobres doam seus filhos a outras famílias.
Por que é cotado
O filme tem sido elogiado pela maneira em que constrói seu teor macabro. É repleto de cenas marcantes, quase hipnóticas, segundo o “Guardian”.
A fotografia monocromática também cai bem com o suspense da trama, que traz fortes críticas relacionadas a questões de gênero e classe social, além de ser parcialmente inspirada num crime real que aconteceu em 1921 na Dinamarca.
Dahomey
Assista ao trailer de ‘Dahomey’
Sinopse
Com direção de Mati Diop, o filme senegalês é um documentário sobre os 26 artefatos do Reino de Daomé que, em 2021, foram transferidos da França para Benin. Tesouros, esses objetos tinham sido roubados por colonizadores europeus no passado e, desde então, vinham sendo expostos num museu francês. O longa disseca a importância de cada um dos artefatos e o impacto de seu retorno para Benin.
Por que é cotado
O filme mostra a importância da preservação da memória, ao explicar como os colonizadores europeus roubaram não apenas tesouros dos povos africanos, como também as histórias e, acima de tudo, suas memórias.
Comovente, o longa tem sido elogiado pela filmagem criativa e roteiro bem-amarrado.
Armand
Assista ao trailer de ‘Armand’
Sinopse
Dirigido por Halfdan Ullmann Tøndel, o filme norueguês “Armand” mescla drama e suspense. A história é sobre um menino de 6 anos que está sendo acusado por educadores de assediar seu melhor amigo da escola.
Por que é cotado
O filme estreou no Festival de Cannes deste ano, na mostra Un Certain Regard. Esse é o primeiro longa-metragem do diretor, que, aliás, é neto de Ingmar Bergman (“O Sétimo Selo”). A obra rendeu a ele o prêmio de Melhor Primeiro Longa-metragem, no evento francês.
Kneecap
Assista ao trailer de ‘Kneecap’
Sinopse
Dirigido por Rich Peppiatt, o longa irlandês é uma comédia dramática com pegada autobiográfica — os protagonistas interpretam a si. O filme é focado na banda de rap Kneecap (formada pelos músicos Mo Chara, Móglaí Bap e DJ Provaí) e traz provocações sobre a atual cena do hip hop, conflitos imigratórios, autoritarismo policial, anarquia punk, drogas e sexo.
Por que é cotado
“Kneecap” estreou no Festival de Cinema de Sundance deste ano. O filme tem sido bem avaliado pela crítica pela forma em que amarra realidade e ficção, além das reflexões que propõe na tela.
O jornal americano “The New York Times” o descreveu como “alegremente caótico”. Já a “Variety” define o longa como “um triunfo turbulento” em nome da liberdade.
Flow
Assista ao trailer de ‘Flow’
Sinopse
Dirigido por Gints Zilbalodis, o filme letão é uma animação de aventura sobre um gatinho que, de repente, se vê cercado por uma inundação generalizada. Para sobreviver, ela tenta superar seu medo d’água.
Por que é cotado
A animação estreou na mostra “Un Certain Regard”, do Festival de Cannes deste ano. Já no Festival de Cinema de Animação de Annecy, o longa levou três troféus: Prêmio do Júri, Prêmio do Público e Prêmio da Fundação Gan.
Sucesso de bilheteria na Letônia, “Flow” está sendo aclamado pelo enredo emocionante. O “Los Angeles Times” afirma que a animação é “uma visão encantadora e pungente de comunidade e perseverança” na qual podemos nos inspirar.
Universal Language
Assista ao trailer de ‘Universal language’
Sinopse
Com direção de Matthew Rankin, o filme canadense é uma comédia que mistura histórias de quatro personagens. Enquanto duas crianças tentam resgatar uma nota de dinheiro congelada na neve, um homem larga o emprego para ficar mais perto da família e acaba conhecendo um confuso guia turístico que cuida da mãe.
Por que é cotado
Exibido no Festival de Cannes deste ano, o filme vem sendo elogiado pelo roteiro, que intercala as histórias de uma maneira original e criativa. A revista “Vulture”, por exemplo, o descreveu como “magnífico” e “caloroso” e “familiar”.
No “Metacritic”, “Universal Language” tem uma pontuação que vai de 81 a 100.
Vermiglio
Assista ao trailer de ‘Vermiglio’
Sinopse
Dirigido por Maura Delpero, o filme italiano é um drama que conta a história de três irmãs que moram numa pequena vila da Itália durante o fim da Segunda Guerra Mundial. Um soldado desertor chega ao local e acaba impactando a vida da família, ao se ver apaixonado por uma das jovens.
Por que é cotado
Vencedor do prêmio Júri do Festival de Veneza deste ano, o longa tem sido aclamado. Entre os elogios que recebe, estão sua fotografia minimalista, seu roteiro ambicioso e seu elenco afinado, que inclui moradores locais e atores profissionais.
O filme também concorreu ao Leão de Ouro do Festival de Veneza — cujo vencedor foi “O Quarto ao Lado”.
Sujo
Assista ao trailer de ‘Sujo’
Sinopse
Dirigido por Astrid Rondero e Fernanda Valadez, o filme mexicano é um drama sobre violência. Um menino de apenas 4 anos tem a vida ameaçada após o assassinato de seu pai, um atirador de quartel. Já adulto, ele se vê de novo perseguido pela relação do pai com o crime.
Por que é cotado
O filme venceu o prêmio Júri do Festival de Sundance deste ano. Muito elogiado pelo elenco, “Sujo” é também aclamado pela maneira em que constrói o roteiro angustiante e envolvente.
A crítica do “IndieWare” define a obra como uma complexa “potência lírica” que consagra a dupla de cineastas e sua poesia estética.
(Da esq. p/ dir:) cenas dos filmes ‘Emilia Perez’, ‘Ainda estou aqui’ e ‘The Seed of the Sacred Fig’
Reprodução
Pop
'Queer' mostra romance de forma inusitada com atuação intensa de Daniel Craig; g1 já viu
Cotado ao Oscar, ex-007 é o destaque no filme de Luca Guadagnino, diretor de ‘Me chame pelo seu nome’ e ‘Rivais’. Trilha sonora tem música cantada por Caetano Veloso. É um erro dizer que o grande chamariz de “Queer”, que estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas brasileiros, seria ver Daniel Craig(o ex-007) interpretando um homem gay em cenas íntimas tórridas. O longa vai muito além disso. Muito mesmo.
A produção comandada por Luca Guadagnino (que neste ano lançou o ótimo “Rivais”) discute temas como amor, paixão, sexo, solidão e relações humanas de uma maneira inusitada e imaginativa.
Em “Queer”, inspirado no livro de William S. Burroughs, Craig interpreta William Lee (uma espécie de alter ego do escritor). Ele vive como expatriado numa comunidade americana na Cidade do México, durante a década de 1950.
Assista ao trailer do filme “Queer”
Acostumado a viver sozinho e com poucos contatos com outras pessoas, Lee tem sua vida mudada após conhecer o jovem Eugene (Drew Starkey), um ex-soldado expatriado. Encantado pelo rapaz, Lee faz de tudo para conquistá-lo, apesar da resistência de Eugene, o que gera uma relação cheia de altos e baixos.
O filme também é irregular. Dividido em três capítulos e um epílogo, “Queer” tem partes instigantes, mas outras têm dificuldade para conquistar.
Fogo, paixão e irregularidade
O roteiro constrói bem o caos psicológico do protagonista. Ele vai se envolvendo com outros até encontrar Eugene. O novo affair faz com que ele se entregue a uma paixão inesperada.
Por causa desse novo sentimento, nem sempre correspondido, o protagonista sofre. Quando o filme se debruça sobre essa questão, ele engrena. Chega até a parecer uma versão mais adulta de “Me chame pelo seu nome”, filme que ajudou a popularizar o nome de Guadagnino.
Daniel Craig e Drew Starkey estrelam ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
Outro achado do filme está na curiosa escolha de músicas mais contemporâneas como parte de sua trilha sonora. Canções de artistas bem conhecidos como Prince, Sinéad O’ Connor, Nirvana e New Order tocam durante a trama e a ideia funciona de forma eficaz.
A trilha tem ainda Caetano Veloso, com “Vaster than Empires”, composta para o filme por Trent Reznor e Atticus Ross. A dupla já tinha trabalhado com Guadagnino na envolvente trilha de “Rivais”.
Porém, quando a história aborda outros elementos, o filme se torna confuso. Surgem durante a trama sequências aleatórias que pouco enriquecem a trama.
Viagem alucinante
Para filmar “Queer”, Guadagnino voltou a trabalhar com boa parte da equipe de “Rivais”, como o roteirista Justin Kuritzkes. Porém, ele não manda tão bem. Bem menos fluido, roteiro erra e acerta ao traduzir o original de William S. Burroughs. Assim, alguns personagens e situações parecem deslocadas da proposta do longa.
Lee (Daniel Craig) e Eugene (Drew Starkey) embarcam numa viagem em ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
O estilo do escritor é difícil de adaptar, como já foi mostrado em produções anteriores como “Mistérios e Paixões ” (1991), de David Cronemberg, ou “Medo e delírio” (1998), de Terry Gillian.
No capítulo em que Lee e Eugene viajam pela América do Sul, a experiência é curiosa e perturbadora. Só que a história não é sempre desenvolvida de maneira orgânica, o que pode confundir ou entediar o espectador menos atento ou familiarizado com as narrativas do diretor.
Nesta parte da trama, o filme ganha uma personagem interessante: a bióloga interpretada por Lesley Manville (“Trama Fantasma”) ajuda a dupla a encontrar o que procuram. A boa atuação da atriz, em performance exótica mas no tom certo, é um dos pontos fortes.
Masculinidade desconstruída
Lee (Daniel Craig) sofre de amor por Eugene (Drew Starkey) em ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
Mas a grande performance do filme, claro, é de Daniel Craig, cotado ao Oscar de Melhor Ator pelo papel. Ele merece elogios não só por abandonar com facilidade a aura imponente construída com James Bond, mas também por interpretar o protagonista com sensibilidade e intensidade.
Há uma sequência, por exemplo, em que Craig demonstra dor e sofrimento apenas com seu olhar, diante de uma câmera estática. Vale destacar ainda o bom entrosamento com Drew Starkey, seu par no filme.
No final das contas, “Queer” tem sua força, mas não chega a atingir tudo o que poderia oferecer. Vale como uma introdução para quem nunca teve contato com o universo de Burroughs e não se choca facilmente diante de cenas de erotismo elevado. Além disso, é mais uma chance de ver uma ótima construção de personagem feita por um astro que preferiu não se acomodar em seu trabalho.
Cartela resenha crítica g1
g1
Pop
Grávida, Megan Fox termina com Machine Gun Kelly, diz site
Atriz e cantor estavam juntos desde 2020 e esperam primeiro filho do casal. Megan Fox e Machine Gun Kelly
Jordan Strauss/Invision/AP
A atriz Megan Fox terminou o relacionamento com Machine Gun Kelly, meses antes da chegada do bebê, de acordo com o site TMZ. Segundo o portal, a atriz encontrou conteúdo “comprometedor” no celular do cantor e decidiu encerrar o relacionamento.
Megan e Machine Gun Kelly namoravam desde 2020, com idas e vindas. Ele chegou a pedi-la em casamento e, apesar deles seguirem juntos por um tempo, não estavam mais noivos.
A atriz de 38 anos, anunciou a gravidez em novembro em uma publicação no Instagram. A previsão é que o bebê nasça em março de 2025. Ela já é mãe de Noah, 10, Bodhi, 9, e Journey, 6, com o ex-marido Brian Austin Green.
Pop
TXT, grupo de k-pop, anuncia pausa de 'longo prazo'
Em comunicado, a BIGHIT Music, empresa responsável pelo grupo de k-pop, afirmou que os artistas entrarão em hiato após a participação no 39º Golden Disc Awards, em 5 de janeiro. TXT anuncia pausa de ‘longo prazo’
Divulgação
O TOMORROW X TOGETHER (TXT) entrará em hiato depois de janeiro de 2025, como informou BIGHIT Music, empresa responsável pelo grupo de k-pop, nesta terça-feira (10). O comunicado afirma que os integrantes farão uma pausa de “longo prazo” para descansar e ficar com a família.
“Durante este período, os integrantes pretendem passar momentos de qualidade com suas famílias e descansar, preparando-se para retornar ao MOA com um extraordinário 2025”, declarou o comunicado, fazendo referência ao fã-clube do grupo (MOA).
Leia também: Stray Kids, grupo fenômeno do k-pop, fará shows no Brasil pela 1ª vez
Ainda de acordo com a empresa, o TXT se apresentará no 39º Golden Disc Awards, em 5 de janeiro, e depois entrarão em um hiato. “Pedimos gentilmente o apoio caloroso e compreensão atenciosa, pois cada membro passará esse tempo de maneira individual. TOMORROW X TOGETHER voltará com uma presença ainda mais marcante para mostrar sua gratidão pelo amor do MOA”.
Semana Pop explica como funcionam as carreiras solo no k-pop
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