Pop
A estrela da música pop que diz fazer dinheiro no Only Fans para financiar turnês que dão prejuízo
A cantora Kate Nash disse que acha que ganhará mais dinheiro com a venda de fotos de seu bumbum no OnlyFans do que com seus shows Kate Nash é mais conhecida por seu sucesso de 2007, Foundations
Getty Images
A cantora Kate Nash disse que acha que ganhará mais dinheiro com a venda de fotos de seu bumbum no OnlyFans do que com seus shows, depois de entrar na plataforma porque é “um momento muito difícil para os artistas fazerem turnês”.
Sob o slogan “Butts for tour buses” (Bumbuns para ônibus de turnê), a musicista anunciou na quinta-feira que sua renda no OnlyFans subsidiará seus shows porque “as turnês geram perdas e não lucros”.
“Também acho que é um pouco de protesto punk, como mulher, assumir o controle do meu corpo e vendê-lo para poder financiar meu projeto de paixão, que na verdade é minha carreira de 18 anos”, explicou ela.
“Quero destacar isso e quero que as pessoas falem sobre isso e que saibam a verdade sobre o que está acontecendo no mercado musical.”
Nash, que acabou de encerrar uma turnê de três semanas nos Estados Unidos, começou suas apresentações no Reino Unido em Glasgow, na quinta-feira, e depois seguirá para a Europa. Seu show no Koko, em Londres, está esgotado.
“Estou perdendo dinheiro com essas turnês”, disse ela à BBC News.
“A única maneira que encontrei para obter lucro com a turnê é: ou você vai, com sorte, vender camisetas suficientes para cobrir a dívida, ou você corta o salário das pessoas, ou demite a banda e a equipe, ou viaja perigosamente.”
Ela não estava disposta a cortar gastos ou a qualidade de seus shows, disse. “Isso me deixa em uma posição em que não estou lucrando com as turnês. Então, isso é um trabalho ou um projeto de paixão?”
Ela também disse que era “um momento importante para que as mulheres assumissem o controle e se sentissem empoderadas” e que, de qualquer forma, ela costumava postar fotos de seu traseiro.
As fotos que ela postou no OnlyFans até agora são reveladoras, mas não explícitas.
“Acho que o traseiro é a combinação perfeita de comédia e sexualidade”, disse ela.
“Na verdade, eu gosto de bumbuns. Acho que eles são ótimos. Acho que é engraçado. Gosto de tirar fotos do meu bumbum. Sempre fui um pouco exibicionista. Portanto, vou gostar de fazer isso, e já estou colocando tudo online de qualquer maneira.
“Provavelmente vou ganhar mais dinheiro com isso do que com a música nos próximos três meses.”
‘Os músicos podem aprender com as profissionais do sexo’
Nash, que lançou seu quinto álbum de estúdio em junho, também disse aos fãs no Instagram: “Não há necessidade de transmitir minha música, estou bem com 0,003 de um centavo por transmissão, obrigado”.
No mês passado, a cantora Lily Allen revelou que ganha mais dinheiro vendendo fotos de seus pés no OnlyFans do que com as transmissões do Spotify.
Enquanto isso, nos últimos meses, artistas como Rachel Chinouriri, Ratboy e Liela Moss, cantora do The Duke Spirit, cancelaram turnês, culpando os custos.
Nash destacou uma pesquisa da rede de estúdios de gravação e ensaio Pirate, que disse que a maioria dos artistas não viu um aumento nas taxas de shows nos últimos anos, apesar do aumento nos preços dos ingressos.
“Os preços dos festivais e dos ingressos aumentaram drasticamente, mas o salário dos músicos não”, disse ela.
“Portanto, você pode estar tocando em um local que já tocou várias vezes e pode esgotá-lo, [mas] você está recebendo o mesmo valor que recebia há 10 anos, provavelmente. Mas todos os outros custos aumentaram.”
Algumas empresas obtêm grandes lucros com a música, assim como alguns “poucos e seletos” artistas, disse ela.
“Mas a maioria está perdendo dinheiro, e também estamos criando um ambiente em que o setor está dizendo que não queremos diversidade na música, porque não queremos que as pessoas da classe trabalhadora possam se dar ao luxo de fazer isso.”
Os músicos poderiam seguir o exemplo das pessoas que ganham a vida com a venda de conteúdo sexual em sites como o OnlyFans, sugeriu ela.
“Você tem todo esse controle e decide o que quer fazer e como quer fazer, e as pessoas querem pagar por isso.
“Nós simplesmente não ensinamos nenhuma dessas lições a ninguém com música e arte – que a arte é tão valiosa e tão importante em nossas vidas e tão significativa. Ficamos totalmente felizes em desvalorizá-la.
“Onde podemos aprender com as profissionais do sexo? Talvez possamos aprender algo com esse setor. Como podemos nos capacitar como artistas e assumir um pouco mais de controle?”
Pop
Jay-Z pede que tribunal obrigue autora de denúncia de estupro a revelar nome verdadeiro
Em moção na Justiça, advogados do rapper dizem que manter anonimato de acusadora é tática em ‘esquema’ para extorquir celebridades. Rapper Jay-Z é acusado de estupro de menina de 13 anos, em 2000
Em sua primeira resposta no tribunal a uma acusação de estupro, o rapper e empresário Jay-Z — cujo nome verdadeiro é Shawn Carter — pediu que a autora da denúncia anônima seja obrigada a revelar seu nome verdadeiro.
Neste domingo (8), a emissora americana NBC informou que o músico foi incluído em um processo federal, aberto em outubro deste ano, que também tem como réu o cantor Sean Combs, conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy. Os dois são acusados de estuprar uma garota de 13 anos, no ano 2000.
Relembre a teia de relações de P. Diddy
Entenda as acusações contra Diddy
Em uma moção protocolada em juízo nesta segunda-feira (9) e divulgada pela revista “Billboard”, os advogados do rapper chamam as acusações de “hediondas” e dizem que elas fazem parte de uma “campanha de extorsão” liderada por Tony Buzbee. O advogado do Texas é responsável por uma série de processos contra P. Diddy.
O documento também afirma que manter o anonimato da acusadora é uma tática do “esquema” de Buzbee para extrair acordos financeiros de celebridades. Alex Spiro, advogado de Jay-Z, escreve:
“O sr. Carter não deveria ter que se defender sob os holofotes contra um acusador que fica na escuridão completa.”
“O sr. Carter merece saber a identidade da pessoa que o está acusando — de forma sensacionalista — de conduta criminosa, exigindo uma compensação financeira massiva e manchando uma reputação conquistada ao longo de décadas”, acrescenta ele.
Jay-Z
Reuters
Pela lei americana, demandantes em processos de abuso sexual podem, em alguns casos, agir sob pseudônimos, se houver um forte risco de retaliação — mas a possibilidade é raramente concedida pela Justiça. Em outras ações civis movidas contra P. Diddy, juízes exigiram que acusadoras revelassem seus nomes.
“O sr. Carter tem o direito de se defender contra essas alegações com o benefício de todas as proteções e mecanismos disponíveis aos réus”, afirma Spiro ao tribunal. “O jogo do advogado Buzbee tem sido impedir o sr. Carter de se defender.”
Procurado pela “Billboard”, Tony Buzbee, advogado da mulher que denunciou Jay-Z, não quis comentar a ação protocolada pelos defensores do rapper. “Não estou fazendo comentários sobre cada alegação apresentada no tribunal. Responderemos no devido tempo”, disse.
Pop
Riachão canta com Martinho da Vila e Criolo em álbum póstumo que traz dez músicas inéditas do compositor baiano
Teresa Cristina, Josyara e Pedro Miranda interpretam composições que o artista, morto em 2020, aos 98 anos, não teve tempo de gravar para o disco. Riachão (1921 – 2020) tem lançado de forma póstuma o álbum autoral que idealizou com dez composições inéditas
Antonio Brasiliano / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Quando Riachão saiu de cena, aos 98 anos, o cantor e compositor baiano já tinha posto voz em quatro das dez músicas inéditas que compusera para o álbum que gravava e que, na concepção do artista, seria intitulado Se Deus quiser, eu vou chegar aos 100.
Clementino Rodrigues (14 de novembro de 1921 – 30 de março de 2020) morreu sem chegar aos 100 anos, mas segue viva a obra de Riachão, nome artístico deste sambista que construiu cancioneiro expansivo, com inspiração na efervescência rítmica do samba de roda, do partido alto e da chula. E o álbum idealizado para 2020 foi finalizado de forma póstuma com produção musical de Caê Rolfsen e Paulinho Timor.
Com o título adaptado para Onde eu cheguei, está chegado, o disco vem ao mundo na próxima quinta-feira, 12 de dezembro, em edição da Ori Records.
Preservadas, as vozes postas pelo cantor geraram feats de Riachão com Martinho da Vila (na música Sonho do mar), Criolo (em Saudade), com o guitarrista Beto Barreto (em Sou da Bahia, faixa que abre o disco) e com o neto do artista, Taian, convidado afetivo da faixa Tintin.
Para as seis músicas que Riachão não teve tempo de gravar, foram convidados intérpretes como Teresa Cristina (Uma vez na janela), Pedro Miranda (Sua vaidade vai ter fim), Roberto Mendes (Samba quente) e Josyara (Ô lua). Nega Duda e Clarindo Silva figuram em Homenagem a Claudete Macedo. Já Enio Bernardes, Fred Dantas e Juliana Ribeiro aparecem reunidos em Morro do Garcia.
Capa do álbum ‘Onde eu cheguei, está chegado’, de Riachão
Divulgação
Pop
Os Paralamas do Sucesso balança na pista com álbum que traz dez remixes
Àttooxxá, Mulú e Tropkillaz sobressaem no disco orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua. O trio carioca Os Paralamas do Sucesso tem dez músicas reprocessadas por DJs e produtores musicais como Marky e Mahmundi
Divulgação
Capa do álbum ‘10_Remixes’, da banda Os Paralamas do Sucesso
Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: 10_Remixes
Artista: Os Paralamas do Sucesso
Cotação: ★ ★ ★
♪ Álbuns de remixes correm o risco de serem vítimas de julgamentos injustos, pois o conteúdo é moldado para a pista. É na balada, no agito, que um remix pode (ou não) surtir efeito e ter o valor atestado.
Feita a ressalva, o álbum 10_Remixes joga na pista uma dezena de releituras de gravações da banda carioca Paralamas do Sucesso com as formatações inéditas de DJs e produtores musicais de diversas tribos e gerações. Orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua, o disco balança, mas o saldo é positivo.
De cara, a balada Lanterna dos afogados (Herbert Vianna, 1989) ilumina a inadequação da escolha dessa música de espírito melancólico, dissipado no remix de Mahmundi, que pôs voz na produção que abre o disco 10_Remixes. Ela disse adeus (Herbert Vianna, 1998) também perde, no caso a aliciante pegada pop, no remix de Papatinho.
Em contrapartida, Lourinha bombril (Parate y mira) (Diego Blanco e Bahiano, 1994, em versão em português de Herbert Vianna, 1996) dança bonito na pista com o toque do pagodão baiano do grupo Àttooxxá e sem perda da latinidade caliente. O beco (Herbert Vianna e Bi Ribeiro, 1988) também explode na pulsação o remix do duo Tropkillaz enquanto Ska (Herbert Vianna, 1984) tem o passo aditivado pelo drum’n’bass do DJ Marky, ás do gênero.
Se a cuíca chora feliz no remix de O amor não sabe esperar (Herbert Vianna, 1998), bafejado pela brisa carioca da produção de Pretinho da Serrinha com BossaCucaNova, Selvagem (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 1986) apresenta as armas de Daniel Ganjaman em petardo geralmente certeiro.
Nome artístico do carioca Antonio Antmaper, Mulú soa ousado ao mudar totalmente a atmosfera da balada Aonde quer que eu vá (Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle, 2000) sem medo de se jogar na pista.
Contudo, como já dito, toda e qualquer avaliação teórica de um disco de remixes pode perder a razão e o sentido quando os tais remixes são ouvidos por quem está na pista. Na prática, a teoria é outra e vale mais o remix que mantém a galera agitada nessa pista.
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