Connect with us

Pop

Por que celebridades estão glamurizando cigarro de novo

Published

on


O cigarro está ressurgindo na cultura pop — e fumar está sendo glamurizado no mundo do cinema, da música e da televisão. O desfile de Christian Cowan na Semana de Moda de Nova York, em fevereiro, contou com modelos fumando na passarela
Getty Images/BBC
“Brat”, nome do álbum mais recente da cantora Charli XCX, foi eleita palavra do ano pelo dicionário britânico Collins. O termo é usado para definir alguém com “atitude confiante, independente e hedonista”. E, segundo a artista, ser brat pode significar ter “um maço de cigarros e um isqueiro Bic”.
Não foi à toa que a cantora espanhola Rosalía presenteou Charli XCX com um buquê de cigarros no aniversário dela; que a cantora americana Addison Rae fumou não apenas um, mas dois cigarros ao mesmo tempo no clipe de “Aquamarine”; e que o ator Paul Mescal declarou que se recusou a parar de fumar quando estava entrando em forma para o filme “Gladiador 2”.
Os riscos do tabagismo são bem conhecidos — e a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que o cigarro causa mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 477 brasileiros morram todos os dias por causa do tabagismo. Por ano, 145 mil mortes relacionadas ao cigarro poderiam ser evitadas no país.
A médica Misra-Sharp adverte que mesmo em pequenas quantidades, fumar aumenta o risco de doenças graves, como câncer de pulmão, que tem uma taxa de mortalidade de 90% em cinco anos.
Apesar disso, cantores, atores e influenciadores parecem estar colocando o tabagismo em voga novamente — com o cigarro de volta, literalmente, às passarelas da Semana de Moda de Nova York, no início deste ano, como acessório.
Mas, afinal, por que o cigarro está sendo glamourizado de novo?
Lucy, uma estudante universitária de 20 anos, conta que começou a fumar recentemente porque “é o que todo mundo faz”.
Quase todos os seus amigos também fumam, e ela diz que é mais do que um hábito, é uma estética.
“Definitivamente, acho que o fato de todo mundo tentar ser brat influenciou as pessoas a começarem a fumar, porque a própria Charli diz que você precisa ter um maço de cigarros se realmente quiser incorporar essa vibe.”
Os ‘cigfluencers’
Charli XCX não é a única celebridade a se tornar, inadvertidamente, uma chamada “cigfluencer” (influenciadora de cigarros).
Agora existem contas no Instagram que compartilham fotos de centenas de celebridades como Dua Lipa, Chappell Roan e Anya Taylor-Joy fumando.
A imagem estereotipada do fumante pode ter sido a de um homem velho, acima do peso e com dentes podres, mas agora foi substituída pela de celebridades jovens e glamourosas que posam com ar misterioso para as câmeras com um Marlboro Gold na mão.
A modelo Kate Moss era vista com frequência com um cigarro nas décadas de 1990 e 2000
Getty Images/BBC
A estética destas celebridades fumantes faz lembrar os anos 2000, quando nomes como Kate Moss e Jennifer Aniston usavam jeans de cintura baixa e camisetas baby look com um cigarro na boca.
A jornalista Olivia Petter afirma que o cigarro se tornou um símbolo que representa a nossa nostalgia em relação a uma era passada de despreocupação, frivolidade e hedonismo — e que está voltando à cultura pop.
O thriller sedutor e escandaloso da diretora Emerald Fennell, “Saltburn”, encapsulou perfeitamente os meados dos anos 2000 — e nos lembrou de uma época em que era permitido fumar em ambientes fechados.
Não só havia fotos promocionais do filme em que o personagem de Jacob Elordi aparece fumando sem camisa, como fumar era uma parte tão importante da produção que o ator Archie Madekwe (que interpreta Farleigh) solicitou aulas, porque nunca havia fumado antes.
O personagem de Jacob Elordi, Felix, aparece frequentemente fumando no filme Saltburn
Divulgação
De acordo com a Truth Initiative, uma organização de saúde contra o tabagismo sem fins lucrativos, nove dos 10 filmes indicados ao prêmio principal do Oscar, no início deste ano, apresentavam cenas com cigarro — o que representa um aumento em relação aos sete do ano anterior.
Algumas das músicas de maior sucesso de 2024 também fazem alusão ao tabagismo — “Die With A Smile”, de Bruno Mars e Lady Gaga, mostra a artista fumando enquanto toca piano e canta.
Jessica, uma jovem de 26 anos que trabalha com marketing, diz que fumar “voltou a ser normalizado”.
“Há alguns anos, eu não conhecia ninguém que fumasse, mas agora parece que todo mundo está fumando, e você meio que esquece como isso faz mal para você.”
Uma estimativa recente da organização Cancer Research sugere que cerca de 350 jovens ainda fumam todos os dias no Reino Unido, e quase um em cada 10 jovens de 15 anos afirma que, às vezes, fuma.
Mas, no geral, o número de jovens que fumam está diminuindo — estimativas oficiais mostram que menos de um em cada 10 jovens adultos no Reino Unido fuma cigarro – uma queda acentuada em relação a um quarto dos jovens entre 18 e 24 anos, há 12 anos.
‘Eca, eu odeio vape’
Embora o número de jovens que fumam esteja em declínio, a popularidade do vapes aumentou muito— um em cada sete jovens de 18 a 24 anos que nunca fumaram regularmente agora usa cigarros eletrônicos.
Jessica costumava usar vape, mas diz que “agora todo mundo faz isso, não é mais cool” — ao que parece, a banalização do cigarro eletrônico está fazendo com que algumas pessoas mudem para o cigarro.
Em um vídeo recente postado no TikTok, a cantora Addison Rae respondeu a uma pergunta sobre vape dizendo: “Eca, eu odeio vape. Fume um cigarro!”
Initial plugin text
O médico James Hook, baseado nos EUA, disse à BBC que viu casos de jovens que começaram a fumar depois de usar vape.
Ele acredita que a forma como o tabagismo é glamourizado pelas celebridades significa que os cigarros “dão aos jovens uma certa credibilidade pela qual os mais velhos não precisam se esforçar tanto”.
Ele acrescenta que muitos deles estão “imitando pessoas mais velhas que são consideradas sofisticadas, modernas ou atraentes”.
Hook também afirma que o fato de as autoridades britânicas estarem adotando uma postura mais rígida em relação ao tabagismo pode estar incentivando as pessoas a se rebelarem.
“Sempre haverá indivíduos que vão desafiar o status quo, então não deveria ser nenhuma surpresa que a proibição de algo só coloque mais lenha na fogueira da rebelião e represente uma ameaça ao senso de independência de alguém.”
O governo do Reino Unido está planejando uma das leis mais rígidas do mundo contra o tabagismo, que acabaria proibindo a venda de cigarros no país, já que a nova legislação prevê aumentar efetivamente a idade mínima para a compra de cigarro em um ano a cada ano.
Com a intenção do governo de erradicar este hábito mortal, o ressurgimento do cigarro — e dos cigfluencers — pode ser mais uma tendência passageira do que uma mudança cultural duradoura, especialmente porque seu apelo tem menos a ver com o ato em si, e mais com a estética e o simbolismo que ele representa.

Anúncios

Pop

'Queer' mostra romance de forma inusitada com atuação intensa de Daniel Craig; g1 já viu

Published

on


Cotado ao Oscar, ex-007 é o destaque no filme de Luca Guadagnino, diretor de ‘Me chame pelo seu nome’ e ‘Rivais’. Trilha sonora tem música cantada por Caetano Veloso. É um erro dizer que o grande chamariz de “Queer”, que estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas brasileiros, seria ver Daniel Craig(o ex-007) interpretando um homem gay em cenas íntimas tórridas. O longa vai muito além disso. Muito mesmo.
A produção comandada por Luca Guadagnino (que neste ano lançou o ótimo “Rivais”) discute temas como amor, paixão, sexo, solidão e relações humanas de uma maneira inusitada e imaginativa.
Em “Queer”, inspirado no livro de William S. Burroughs, Craig interpreta William Lee (uma espécie de alter ego do escritor). Ele vive como expatriado numa comunidade americana na Cidade do México, durante a década de 1950.
Assista ao trailer do filme “Queer”
Acostumado a viver sozinho e com poucos contatos com outras pessoas, Lee tem sua vida mudada após conhecer o jovem Eugene (Drew Starkey), um ex-soldado expatriado. Encantado pelo rapaz, Lee faz de tudo para conquistá-lo, apesar da resistência de Eugene, o que gera uma relação cheia de altos e baixos.
O filme também é irregular. Dividido em três capítulos e um epílogo, “Queer” tem partes instigantes, mas outras têm dificuldade para conquistar.
Fogo, paixão e irregularidade
O roteiro constrói bem o caos psicológico do protagonista. Ele vai se envolvendo com outros até encontrar Eugene. O novo affair faz com que ele se entregue a uma paixão inesperada.
Por causa desse novo sentimento, nem sempre correspondido, o protagonista sofre. Quando o filme se debruça sobre essa questão, ele engrena. Chega até a parecer uma versão mais adulta de “Me chame pelo seu nome”, filme que ajudou a popularizar o nome de Guadagnino.
Daniel Craig e Drew Starkey estrelam ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
Outro achado do filme está na curiosa escolha de músicas mais contemporâneas como parte de sua trilha sonora. Canções de artistas bem conhecidos como Prince, Sinéad O’ Connor, Nirvana e New Order tocam durante a trama e a ideia funciona de forma eficaz.
A trilha tem ainda Caetano Veloso, com “Vaster than Empires”, composta para o filme por Trent Reznor e Atticus Ross. A dupla já tinha trabalhado com Guadagnino na envolvente trilha de “Rivais”.
Porém, quando a história aborda outros elementos, o filme se torna confuso. Surgem durante a trama sequências aleatórias que pouco enriquecem a trama.
Viagem alucinante
Para filmar “Queer”, Guadagnino voltou a trabalhar com boa parte da equipe de “Rivais”, como o roteirista Justin Kuritzkes. Porém, ele não manda tão bem. Bem menos fluido, roteiro erra e acerta ao traduzir o original de William S. Burroughs. Assim, alguns personagens e situações parecem deslocadas da proposta do longa.
Lee (Daniel Craig) e Eugene (Drew Starkey) embarcam numa viagem em ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
O estilo do escritor é difícil de adaptar, como já foi mostrado em produções anteriores como “Mistérios e Paixões ” (1991), de David Cronemberg, ou “Medo e delírio” (1998), de Terry Gillian.
No capítulo em que Lee e Eugene viajam pela América do Sul, a experiência é curiosa e perturbadora. Só que a história não é sempre desenvolvida de maneira orgânica, o que pode confundir ou entediar o espectador menos atento ou familiarizado com as narrativas do diretor.
Nesta parte da trama, o filme ganha uma personagem interessante: a bióloga interpretada por Lesley Manville (“Trama Fantasma”) ajuda a dupla a encontrar o que procuram. A boa atuação da atriz, em performance exótica mas no tom certo, é um dos pontos fortes.
Masculinidade desconstruída
Lee (Daniel Craig) sofre de amor por Eugene (Drew Starkey) em ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
Mas a grande performance do filme, claro, é de Daniel Craig, cotado ao Oscar de Melhor Ator pelo papel. Ele merece elogios não só por abandonar com facilidade a aura imponente construída com James Bond, mas também por interpretar o protagonista com sensibilidade e intensidade.
Há uma sequência, por exemplo, em que Craig demonstra dor e sofrimento apenas com seu olhar, diante de uma câmera estática. Vale destacar ainda o bom entrosamento com Drew Starkey, seu par no filme.
No final das contas, “Queer” tem sua força, mas não chega a atingir tudo o que poderia oferecer. Vale como uma introdução para quem nunca teve contato com o universo de Burroughs e não se choca facilmente diante de cenas de erotismo elevado. Além disso, é mais uma chance de ver uma ótima construção de personagem feita por um astro que preferiu não se acomodar em seu trabalho.
Cartela resenha crítica g1
g1

Anúncios
Continue Reading

Pop

Grávida, Megan Fox termina com Machine Gun Kelly, diz site

Published

on


Atriz e cantor estavam juntos desde 2020 e esperam primeiro filho do casal. Megan Fox e Machine Gun Kelly
Jordan Strauss/Invision/AP
A atriz Megan Fox terminou o relacionamento com Machine Gun Kelly, meses antes da chegada do bebê, de acordo com o site TMZ. Segundo o portal, a atriz encontrou conteúdo “comprometedor” no celular do cantor e decidiu encerrar o relacionamento.
Megan e Machine Gun Kelly namoravam desde 2020, com idas e vindas. Ele chegou a pedi-la em casamento e, apesar deles seguirem juntos por um tempo, não estavam mais noivos.
A atriz de 38 anos, anunciou a gravidez em novembro em uma publicação no Instagram. A previsão é que o bebê nasça em março de 2025. Ela já é mãe de Noah, 10, Bodhi, 9, e Journey, 6, com o ex-marido Brian Austin Green.

Anúncios
Continue Reading

Pop

TXT, grupo de k-pop, anuncia pausa de 'longo prazo'

Published

on


Em comunicado, a BIGHIT Music, empresa responsável pelo grupo de k-pop, afirmou que os artistas entrarão em hiato após a participação no 39º Golden Disc Awards, em 5 de janeiro. TXT anuncia pausa de ‘longo prazo’
Divulgação
O TOMORROW X TOGETHER (TXT) entrará em hiato depois de janeiro de 2025, como informou BIGHIT Music, empresa responsável pelo grupo de k-pop, nesta terça-feira (10). O comunicado afirma que os integrantes farão uma pausa de “longo prazo” para descansar e ficar com a família.
“Durante este período, os integrantes pretendem passar momentos de qualidade com suas famílias e descansar, preparando-se para retornar ao MOA com um extraordinário 2025”, declarou o comunicado, fazendo referência ao fã-clube do grupo (MOA).
Leia também: Stray Kids, grupo fenômeno do k-pop, fará shows no Brasil pela 1ª vez
Ainda de acordo com a empresa, o TXT se apresentará no 39º Golden Disc Awards, em 5 de janeiro, e depois entrarão em um hiato. “Pedimos gentilmente o apoio caloroso e compreensão atenciosa, pois cada membro passará esse tempo de maneira individual. TOMORROW X TOGETHER voltará com uma presença ainda mais marcante para mostrar sua gratidão pelo amor do MOA”.
Semana Pop explica como funcionam as carreiras solo no k-pop

Anúncios
Continue Reading

0 Items Found

No listings found.

Em alta