Pop
Potências de Alaíde Costa, Eliana Pittman e Zezé Motta eletrizam público carioca em show vibrante na 14ª FLUP
Alaíde Costa (à esquerda), Eliana Pittman (ao centro) e Zezé Motta unem forças e vozes ao apresentarem o show ‘Pérolas negras’ no Circo Voador
Hildemar / Reprodução Facebook FLUP / Montagem g1
♫ OPINIÃO SOBRE SHOW
Título: Pérolas negras
Artistas: Alaíde Costa, Eliana Pittman e Zezé Motta
Data e local: 14 de novembro de 2024 no Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ)
Cotação: ★ ★ ★ ★ ★
♪ Do alto dos 79 anos de vida e mais de 60 de carreira, Eliana Pittman admitiu em cena que estava nervosa ao se apresentar pela primeira vez no Circo Voador, um dos mais concorridos espaços de shows da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Pela sinceridade e humildade da artista, a confissão motivou o público já naturalmente caloroso do Circo Voador a aplaudir com entusiasmo a cantora carioca em ovação que, mais tarde, também seria direcionada a Alaíde Costa e a Zezé Motta, com as quais Eliana vem dividindo o palco no show Pérolas negras, idealizado, produzido e dirigido por Thiago Marques Luiz.
Como de hábito na turnê, coube a Eliana Pittman abrir o show Pérolas negras na noite de ontem, 14 de novembro, em apresentação gratuita feita dentro da programação da 14ª edição da Festa Literária das Periferias (FLUP) após debate com as escritoras Marie NDyaie e Luciany Aparecida.
Em cena desde janeiro de 2023 e já perpetuado em álbum ao vivo lançado em CD e em edição digital (o LP sai em breve), o show Pérolas negras teve momento luminoso no Circo Voador.
Reunidas em cena, as potências e as nobrezas de Alaíde Costa, Eliana Pittman e Zezé Motta eletrizaram o público carioca, inclusive nos dois números coletivos que encerraram a apresentação. Samba de molejo baiano, Alguém me avisou (Ivone Lara, 1980) preparou o clima apoteótico para o gran finale com o canto de outro samba, A voz do morro (Zé Ketti, 1955), que caiu bem nas vozes de três cantoras naturais do Rio de Janeiro (RJ).
Antes, cada diva fez set individual. Eliana Pittman abriu o show com citação de Canto das três raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1976), emendada com samba bonito e menos conhecido de Martinho da Vila, Fim de reinado (1969). Sem abrir mão dos próprios sucessos, Eliana caiu no samba Das 200 para lá (João Nogueira, 1971) e cantou pot-pourri de carimbó que fez todo sentido para quem sabe que a cantora amplificou em escala nacional sucessos do norte como Sinhá Pureza (Pinduca, 1974).
Com vitalidade, Eliana também jogou para a galera com o canto da balada Oceano (Djavan, 1989) e saiu de cena ao som do samba-canção Preciso me encontrar (Candeia, 1976), deixando o palco para Alaíde Costa.
A menos de um mês de fazer 89 anos, Alaíde confirmou o momento consagradora da trajetória artística desde o primeiro número, Me deixa em paz (Monsueto Menezes e Airton Amorim, 1951), samba que redimensionou em gravação feita com Milton Nascimento para o álbum Clube da Esquina (1972).
E por falar em Milton Nascimento, Alaíde cantou a primeira parceria do compositor com Fernando Brant, Travessia (1967) e, para êxtase do público, entrou na roda do pagode com Recado à minha amada (Juninho Araújo, Salgadinho e Fi, 1996), sucesso do grupo Katinguelê. No pagode ou na canção, tudo ganhou um toque de classe com a voz de Alaíde Costa.
Por fim, Zezé Motta dominou o palco com set de pegada roqueira, esbanjando energia, voz e vitalidade desde que entrou em cena para cantar Dengue (Leci Brandão, 1978), saudando o orixá Oxum.
Na sequência, a cantora arrepiou ao encarnar Tigresa (Caetano Veloso, 1977) e, sobretudo, ao rasgar a voz em Soluços (1969), música que praticamente tirou do baú de Jards Macalé ao gravar álbum com os cancioneiros do compositor e de Luiz Melodia (1951 – 2017), de quem cantou o samba Estácio, Holly Estácio (1972) e, claro, Magrelinha (1973).
Acima de apoteoses individuais (e todas as três cantoras brilharam, cada qual ao próprio modo), a apresentação do show Pérolas negras na 14ª FLUP resultou mágica, até mesmo histórica, pela reunião de três potentes cantoras em noite de celebração das conquistas do povo preto no mundo literário e musical.
Pop
'Queer' mostra romance de forma inusitada com atuação intensa de Daniel Craig; g1 já viu
Cotado ao Oscar, ex-007 é o destaque no filme de Luca Guadagnino, diretor de ‘Me chame pelo seu nome’ e ‘Rivais’. Trilha sonora tem música cantada por Caetano Veloso. É um erro dizer que o grande chamariz de “Queer”, que estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas brasileiros, seria ver Daniel Craig(o ex-007) interpretando um homem gay em cenas íntimas tórridas. O longa vai muito além disso. Muito mesmo.
A produção comandada por Luca Guadagnino (que neste ano lançou o ótimo “Rivais”) discute temas como amor, paixão, sexo, solidão e relações humanas de uma maneira inusitada e imaginativa.
Em “Queer”, inspirado no livro de William S. Burroughs, Craig interpreta William Lee (uma espécie de alter ego do escritor). Ele vive como expatriado numa comunidade americana na Cidade do México, durante a década de 1950.
Assista ao trailer do filme “Queer”
Acostumado a viver sozinho e com poucos contatos com outras pessoas, Lee tem sua vida mudada após conhecer o jovem Eugene (Drew Starkey), um ex-soldado expatriado. Encantado pelo rapaz, Lee faz de tudo para conquistá-lo, apesar da resistência de Eugene, o que gera uma relação cheia de altos e baixos.
O filme também é irregular. Dividido em três capítulos e um epílogo, “Queer” tem partes instigantes, mas outras têm dificuldade para conquistar.
Fogo, paixão e irregularidade
O roteiro constrói bem o caos psicológico do protagonista. Ele vai se envolvendo com outros até encontrar Eugene. O novo affair faz com que ele se entregue a uma paixão inesperada.
Por causa desse novo sentimento, nem sempre correspondido, o protagonista sofre. Quando o filme se debruça sobre essa questão, ele engrena. Chega até a parecer uma versão mais adulta de “Me chame pelo seu nome”, filme que ajudou a popularizar o nome de Guadagnino.
Daniel Craig e Drew Starkey estrelam ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
Outro achado do filme está na curiosa escolha de músicas mais contemporâneas como parte de sua trilha sonora. Canções de artistas bem conhecidos como Prince, Sinéad O’ Connor, Nirvana e New Order tocam durante a trama e a ideia funciona de forma eficaz.
A trilha tem ainda Caetano Veloso, com “Vaster than Empires”, composta para o filme por Trent Reznor e Atticus Ross. A dupla já tinha trabalhado com Guadagnino na envolvente trilha de “Rivais”.
Porém, quando a história aborda outros elementos, o filme se torna confuso. Surgem durante a trama sequências aleatórias que pouco enriquecem a trama.
Viagem alucinante
Para filmar “Queer”, Guadagnino voltou a trabalhar com boa parte da equipe de “Rivais”, como o roteirista Justin Kuritzkes. Porém, ele não manda tão bem. Bem menos fluido, roteiro erra e acerta ao traduzir o original de William S. Burroughs. Assim, alguns personagens e situações parecem deslocadas da proposta do longa.
Lee (Daniel Craig) e Eugene (Drew Starkey) embarcam numa viagem em ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
O estilo do escritor é difícil de adaptar, como já foi mostrado em produções anteriores como “Mistérios e Paixões ” (1991), de David Cronemberg, ou “Medo e delírio” (1998), de Terry Gillian.
No capítulo em que Lee e Eugene viajam pela América do Sul, a experiência é curiosa e perturbadora. Só que a história não é sempre desenvolvida de maneira orgânica, o que pode confundir ou entediar o espectador menos atento ou familiarizado com as narrativas do diretor.
Nesta parte da trama, o filme ganha uma personagem interessante: a bióloga interpretada por Lesley Manville (“Trama Fantasma”) ajuda a dupla a encontrar o que procuram. A boa atuação da atriz, em performance exótica mas no tom certo, é um dos pontos fortes.
Masculinidade desconstruída
Lee (Daniel Craig) sofre de amor por Eugene (Drew Starkey) em ‘Queer’, de Luca Guadagnino
Divulgação
Mas a grande performance do filme, claro, é de Daniel Craig, cotado ao Oscar de Melhor Ator pelo papel. Ele merece elogios não só por abandonar com facilidade a aura imponente construída com James Bond, mas também por interpretar o protagonista com sensibilidade e intensidade.
Há uma sequência, por exemplo, em que Craig demonstra dor e sofrimento apenas com seu olhar, diante de uma câmera estática. Vale destacar ainda o bom entrosamento com Drew Starkey, seu par no filme.
No final das contas, “Queer” tem sua força, mas não chega a atingir tudo o que poderia oferecer. Vale como uma introdução para quem nunca teve contato com o universo de Burroughs e não se choca facilmente diante de cenas de erotismo elevado. Além disso, é mais uma chance de ver uma ótima construção de personagem feita por um astro que preferiu não se acomodar em seu trabalho.
Cartela resenha crítica g1
g1
Pop
Grávida, Megan Fox termina com Machine Gun Kelly, diz site
Atriz e cantor estavam juntos desde 2020 e esperam primeiro filho do casal. Megan Fox e Machine Gun Kelly
Jordan Strauss/Invision/AP
A atriz Megan Fox terminou o relacionamento com Machine Gun Kelly, meses antes da chegada do bebê, de acordo com o site TMZ. Segundo o portal, a atriz encontrou conteúdo “comprometedor” no celular do cantor e decidiu encerrar o relacionamento.
Megan e Machine Gun Kelly namoravam desde 2020, com idas e vindas. Ele chegou a pedi-la em casamento e, apesar deles seguirem juntos por um tempo, não estavam mais noivos.
A atriz de 38 anos, anunciou a gravidez em novembro em uma publicação no Instagram. A previsão é que o bebê nasça em março de 2025. Ela já é mãe de Noah, 10, Bodhi, 9, e Journey, 6, com o ex-marido Brian Austin Green.
Pop
TXT, grupo de k-pop, anuncia pausa de 'longo prazo'
Em comunicado, a BIGHIT Music, empresa responsável pelo grupo de k-pop, afirmou que os artistas entrarão em hiato após a participação no 39º Golden Disc Awards, em 5 de janeiro. TXT anuncia pausa de ‘longo prazo’
Divulgação
O TOMORROW X TOGETHER (TXT) entrará em hiato depois de janeiro de 2025, como informou BIGHIT Music, empresa responsável pelo grupo de k-pop, nesta terça-feira (10). O comunicado afirma que os integrantes farão uma pausa de “longo prazo” para descansar e ficar com a família.
“Durante este período, os integrantes pretendem passar momentos de qualidade com suas famílias e descansar, preparando-se para retornar ao MOA com um extraordinário 2025”, declarou o comunicado, fazendo referência ao fã-clube do grupo (MOA).
Leia também: Stray Kids, grupo fenômeno do k-pop, fará shows no Brasil pela 1ª vez
Ainda de acordo com a empresa, o TXT se apresentará no 39º Golden Disc Awards, em 5 de janeiro, e depois entrarão em um hiato. “Pedimos gentilmente o apoio caloroso e compreensão atenciosa, pois cada membro passará esse tempo de maneira individual. TOMORROW X TOGETHER voltará com uma presença ainda mais marcante para mostrar sua gratidão pelo amor do MOA”.
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