Tecnologia
Projeto do criador do ChatGPT que pretende escanear a íris da população mundial chega ao Brasil
World inicia operação no Brasil com tecnologia que escaneia a íris para distinguir humanos de bots e combater perfis falsos no ambiente on-line. Ponto de escaneamento de íris criado pela World na Índia, em foto de 25 de julho de 2023
Reuters/Medha Singh
A World, projeto cocriado por Sam Altman, CEO da OpenAI, chega ao Brasil nesta quarta-feira (13) com a proposta de escanear a íris da população.
O projeto tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial. Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo.
Ele também pode substituir o Captcha (veja na imagem abaixo), uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô.
A World afirma que, hoje, uma inteligência artificial já é capaz de enganar essa checagem.
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Reprodução
Coleta da irís no Brasil
A empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. A World afirma que os endereços estarão disponíveis a partir desta quarta em seu site.
A companhia não detalhou como são e quais são esses locais de coleta, mas disse que eles estarão espalhados em alguns shoppings da cidade. O registro é gratuito para todo os interessados, segundo a World.
Ainda não há prazo para ampliar para outras regiões do Brasil.
Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World.
A estrutura da World tem três frentes:
World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica;
Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos;
World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda.
Projeto gera polêmica
Apesar de não precisar manter imagens da íris de usuários, a World vem sendo criticada pela falta de detalhes sobre como vai tratar outras informações que coleta. Isso porque a sequência numérica gerada a partir da foto funciona como um dado biométrico, que é considerado sensível.
“Mesmo que a imagem do teu olho tenha ido embora, o identificador único permanece. Existe uma intenção de reutilizar esse sistema e ganhar dinheiro em cima dele fazendo autenticações”, afirmou Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil, em entrevista ao g1 em agosto de 2023.
Para Nina da Hora, do Instituto da Hora, a World levanta questões sobre até que ponto uma organização independente pode coletar qualquer tipo de código genético de pessoas. “É extremamente delicada a afirmação de que precisam invadir a privacidade das pessoas para protegê-las”, disse.
De acordo com Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World, a empresa conversa e trabalha com órgãos regulares em cada país em que atua. No Brasil, ele afirma que vem tratando do assunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Como funciona
Dispositivo usado para criar ‘passaporte digital’ da Worldcoin
Darlan Helder/g1
A “foto” da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida.
Segundo a organização, os usuários não precisam compartilhar nome, número de telefone, e-mail nem endereço. O sistema é mais seguro que o reconhecimento facial, diz Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World. Veja como é feita a coleta:
primeiro, os interessados devem baixar um aplicativo, chamado World App;
em seguida, é preciso agendar um horário em um dos locais de verificação;
depois, ela deve ir presencialmente até este local para que a câmera Orb capture uma imagem de alta resolução da íris;
após o registro, a “foto” é criptografada de ponta-a-ponta, enviada ao celular da pessoa e deletada da Orb, segundo a organização.
As ambições da empresa vão além e ela afirma que governos ao redor do mundo podem utilizar sua tecnologia em “processos democráticos globais”. A iniciativa também defende que sua ferramenta pode abrir caminho para a criação de uma renda básica universal.
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Tecnologia
Quais celulares são compatíveis com 5G; veja lista completa
Anatel certificou mais de 200 celulares compatíveis com a quinta geração de internet móvel, sendo a maioria deles compatível com o ‘5G puro’, que oferece os principais benefícios dessa tecnologia. Ícone do 5G em um iPhone.
James Yarema/Unsplash
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) certificou mais de 200 celulares compatíveis com a rede de internet 5G até quarta-feira (4).
A maioria deles funciona no padrão standalone (ou “5G puro”), que oferece os principais benefícios dessa tecnologia. Outros só chegam à versão non-standalone, que usa parte da infraestrutura do 4G.
Em sua lista, a Anatel afirma que certificou 231 produtos para 5G, mas considera registros duplicados para o mesmo aparelho. De acordo com a agência, isso acontece quando um fabricante estrangeiro tem mais de um representante no Brasil, e cada um deles solicita uma homologação para si.
O g1 identificou 219 smartphones de 24 marcas que estão autorizados a usar a rede 5G no Brasil. Confira na tabela abaixo.
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Tecnologia
Trump escolhe bilionário que fez caminhada espacial com SpaceX para comandar a Nasa
Jared Isaacman foi o primeiro civil a caminhar no espaço em uma missão da empresa espacial do bilionário Elon Musk, em setembro deste ano. Jared Isaacman, comandante da missão Polaris Dawn.
Reprodução/Polaris Program
O presidente eleito Donald Trump anunciou o bilionário americano Jared Isaacman para chefiar a agência espacial dos EUA (Nasa) em seu próximo governo. O anúncio foi feito por Trump em uma publicação no X, nesta quarta-feira (4).
A nomeação ainda precisa ser aprovada pelo Senado dos EUA.
“A paixão de Jared pelo espaço, a experiência como astronauta e a dedicação em expandir os limites da exploração, desvendar os mistérios do universo e promover a nova economia espacial o tornam idealmente adequado para liderar a Nasa em uma nova e ousada era”, escreveu Trump.
“Jared demonstrou liderança excepcional, construindo uma empresa de tecnologia financeira global pioneira. Ele conduzirá a missão de descoberta e inspiração da Nasa, abrindo caminho para conquistas inovadoras em ciência, tecnologia e exploração espacial”, completou Trump.
Em setembro deste ano, Jared Isaacman conseguiu um feito histórico: ele se tornou o primeiro civil a caminhar pelo espaço. “Daqui a Terra parece um mundo perfeito”, disse o bilionário após sair da nave (saiba mais abaixo).
Durante a experiência, ele e mais três civis estavam sobrevoando uma área que fica situada na altura entre a Austrália e a Antártida, a uma distância de 700 km da Terra, segundo a empresa (veja no vídeo abaixo).
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Quem é Jared Isaacman
Jared Isaacman tem 41 anos e nasceu no dia 11 de fevereiro de 1983, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Em 1999, aos 16 anos, ele fundou a Shift4 Payments, empresa de meio de pagamentos, do porão da casa dos seus pais. A informação é do site da própria companhia.
Hoje, a Shift4 administra pagamentos de um terço dos restaurantes e hotéis dos Estados Unidos, segundo a Forbes.
Em 2020, o bilionário disponibilizou a venda de ações da Shift4 na bolsa de valores e, atualmente, ele tem 38% das suas ações e segue como diretor-executivo.
Isaacman acumula uma fortuna de cerca de US$ 1,8 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões).
Jared Isaacman, da missão Inspiration4, da SpaceX
SpaceX
Além do empreendedorismo, ele é apaixonado por aviões.
Ele fez faculdade de Ciências em Aeronáutica Profissional na Universidade Embry-Riddle, na Flórida, nos Estados Unidos, e tem certificação para pilotar aviões comerciais e militares.
O bilionário também fez parte do Black Diamond Jet Team, grupo de shows aéreos norte-americano pelo qual fez mais de 100 apresentações.
Isaacman chegou, ainda, a conquistar recordes mundiais de voos de velocidade ao redor do mundo, em 2008 e 2009, de acordo com o site do projeto Polaris.
Em 2011, o empresário fundou a Draken International, uma academia de treinamento para pilotos da Força Aérea Americana que diz ter a maior frota privada de aeronaves militares do mundo. Em 2019, ele vendeu a sua participação na empresa por um valor bilionário, segundo a Forbes.
Primeiro civil a caminhar no espaço
Jared Isaacman caminhando no espaço
Reprodução/YouTube SpaceX
Ele foi o comandante da missão Polaris Dawn, que tinha como objetivo fazer com que a tripulação caminhasse pelo espaço.
Ele se recusou a dizer quanto gastou no Polaris, mas estima-se que ele tenha investido US$ 100 milhões (R$ 550 milhões), segundo a Reuters.
No passado, somente astronautas altamente treinados e financiados pelo governo fizeram caminhadas espaciais.
No total, a viagem contou com quatro tripulantes, mas apenas Isaacman e Sarah Gillis, engenheira de operações espaciais da SpaceX, foram selecionados para “passear” no espaço por alguns instantes, a 700 km da Terra.
Os turistas espaciais foram lançados da Kennedy Space Center, base da Nasa na Flórida (EUA). A decolagem do foguete Falcon 9 com a Crew Dragon ocorreu depois de dois adiamentos, no fim de agosto, por causa de previsões meteorológicas desfavoráveis.
Jared Isaacman, da missão Inspiration4, da SpaceX
Inspiration4/John Kraus
Durante a viagem, a equipe da Polaris Dawn já havia feito história ao alcançar 1.400 km de distância da superfície da Terra, a mais alta já atingida por humanos desde o programa Apollo, encerrado em 1972.
O interesse de Isaacman por voos não se limita à Terra. Pelo menos desde 2008, quando o bilionário conheceu a SpaceX ao presenciar a partida de um foguete do Cazaquistão com um dos primeiros turistas a visitar a Estação Espacial Internacional, o empresário tem se aprofundado no universo da exploração espacial.
Em 2021, ele bancou e comandou a missão Inspiration4, também da empresa de Elon Musk, que foi a primeira missão espacial totalmente civil a orbitar a Terra — um marco no turismo espacial.
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Tecnologia
Spotify Wrapped 2024: como fazer a sua retrospectiva no app de música
Recurso de fim de ano do aplicativo revela suas músicas, álbuns, artistas e podcasts mais ouvidos, além de detalhes sobre seus hábitos de escuta. Spotify Wrapped 2024: como fazer a sua retrospectiva no app de música
Reprodução/Spotify
O Spotify começou a liberar, nesta quarta-feira (4), o Spotify Wrapped 2024 para os usuários da plataforma. A retrospectiva revela, por exemplo, suas músicas, álbuns, artistas e podcasts mais ouvidos ao longo do ano (veja abaixo como ativar a sua).
O g1 teve acesso antecipado ao recurso. Uma série de stories dentro do app mostra quantos minutos você passou ouvindo músicas e podcasts, o dia em que mais ouviu e a quantidade de faixas tocadas ao longo do ano.
Em seguida, o Spotify Wrapped 2024 apresenta a música mais tocada junto de um top 5 com as que você mais deu play, entre outras informações.
Entre as novidades deste ano está a função que permite descobrir a sua “obsessão musical em 2024”. Ela apresenta fases que definiram o seu ano a partir das músicas ouvidas. O Wrapped pode apresentar até três fases musicais diferentes.
Agora, os usuários podem compartilhar um vídeo personalizado do Spotify Wrapped 2024 no TikTok
Reprodução/Spotify
Outra novidade é a integração com o TikTok, que permite publicar um vídeo personalizado com você comentando a sua retrospectiva do Spotify (veja na imagem acima). Para fazer isso, ao final dos stories, toque em “Compartilhar”, selecine “TikTok” e toque em “Vídeo”.
Assim como nos outros anos, o Spotify também gera a playlist “Your Top Songs 2024”, com todas as suas faixas preferidas.
Como fazer a sua retrospectiva do Spotify
Botão de ‘Retrospectiva’ no app do Spotify
Reprodução/Spotify
O recurso está disponível para donos de aparelhos Android e iPhone (iOS) com a versão mais recente do app. Veja abaixo como verificar o seu ano musical:
Abra o seu aplicativo do Spotify e toque no ícone “Retrospectiva”, localizado no topo;
Em seguida, toque em “Sua Retrospectiva”;
Pronto! O app exibirá stories com todas as informações do seu ano musical.
Após gerar a sua retrospectiva, o aplicativo permite compartilhar os registros no WhatsApp, Instagram (mensagens e stories), TikTok, Facebook, X, Mensagens (SMS) ou baixar no celular.
O Spotify não é o único serviço de música a oferecer uma retrospectiva anual. O Apple Music, o Deezer e o YouTube Music também disponibilizam esses recursos em seus respectivos aplicativos.
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