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Kemi Badenoch: quem é a 1ª mulher negra a liderar um grande partido político no Reino Unido
Kemi Badenoch é uma pioneira política com um estilo combativo e a missão de renovar seu partido. Kemi Badenoch é uma pioneira política com um estilo combativo e tem a missão de renovar seu partido
Getty Images via BBC
Assim como sua heroína política, Margaret Thatcher, Kemi Badenoch — que é a nova líder conservadora no Reino Unido — divide opiniões até mesmo dentro de seu próprio partido.
Suas opiniões robustas, valores “anti-woke” e estilo prático fizeram dela uma queridinha da direita conservadora e das bases do partido. Eles a escolheram em vez do colega de direita Robert Jenrick.
Como primeira mulher negra a liderar um grande partido político do Reino Unido, ela fez história. Mas ela não é fã da política identitária e provavelmente não falará muito disso enquanto se prepara para trabalhar na tarefa formidável de restaurar a abalada fortuna de seu partido.
A análise da ex-secretária de negócios sobre o que deu errado para os conservadores na eleição geral é que eles “falaram sobre direita, mas governaram como esquerda” e precisam “parar de agir como trabalhistas” para reconquistar o poder.
É uma promessa que ela colocou no centro de sua campanha de liderança conservadora, que se concentrou em mudar a mentalidade do Estado britânico, em vez de estabelecer políticas detalhadas.
Nascida em Wimbledon, em 1980, Olukemi Adegoke era uma das três crianças de pais nigerianos. O pai dela trabalhava como clínico geral e a mãe era professora de fisiologia.
Kemi é casada desde 2012 com o banqueiro Hamish Badenoch, que cresceu em Lagos, na Nigéria, e nos Estados Unidos, onde a mãe dava aulas. O casal tem três filhos.
Aos 16 anos, Kemi voltou para o Reino Unido para morar com uma amiga da mãe por causa da piora da situação política e econômica na Nigéria. Ela estudou em uma faculdade no sul de Londres enquanto trabalhava no McDonald’s e em outros lugares.
Depois de concluir um curso de engenharia da computação na Universidade de Sussex, trabalhou em TI, enquanto também fazia uma segunda graduação em direito.
Ela então mudou para a área de finanças, tornando-se diretora associada do banco privado Coutts. Mais tarde, trabalhou como diretora digital da influente revista de apoio conservador “The Spectator”, uma função não editorial.
De acordo com “Blue Ambition”, uma biografia escrita pelo colega conservador Lord Ashcroft, foi na Universidade de Sussex que Badenoch adquiriu o gosto pela política de direita. Lá ela seguiu pela direção oposta da cultura de esquerda do campus.
Mais tarde, ela descreveu os ativistas estudantis de lá como a “elite metropolitana mimada e privilegiada em treinamento”.
Badenoch se juntou ao Partido Conservador em 2005 — aos 25 anos — e concorreu sem sucesso ao Parlamento, em 2010, e à Assembleia de Londres, em 2012.
Quando dois membros da Assembleia Tory, incluindo Suella Braverman, foram eleitos MPs (Membro do Parlamento) em 2015, ela assumiu uma cadeira vaga na Assembleia.
Ela apoiou o Brexit no referendo de 2016, antes de realizar sua ambição de se tornar uma MP um ano depois, para a cadeira conservadora segura de Saffron Walden, em Essex.
Kemi Badenoch derrotou alguns grandes nomes ao concorrer à liderança conservadora em 2022, antes de ser eliminada na penúltima rodada de votação pelos parlamentares
EPA via BBC
Badenoch passou três anos pulando entre cargos governamentais juniores quando, em 2022, ela se juntou ao rápido êxodo ministerial que derrubou Boris Johnson.
Para a surpresa de muitos de seus colegas, Badenoch então se juntou à disputa para suceder Johnson, apesar de nunca ter estado no gabinete.
O que começou como uma campanha de longo prazo, com o apoio principalmente de amigos leais que também entraram no Parlamento em 2017, rapidamente ganhou força e apoio de peso na forma de Michael Gove.
Badenoch finalmente ficou em quarto lugar com o apoio de 59 parlamentares — mais do que os 42 que foram suficientes para ela terminar no topo da fase parlamentar da atual eleição de liderança.
Sua abordagem direta, instruindo seus colegas a “dizer a verdade”, rendeu a Badenoch um papel maior no Partido Conservador e era inevitável que Liz Truss escolhesse nomeá-la para o gabinete — tornando-a secretária de comércio internacional.
Rishi Sunak a manteve no cargo, adicionando as pastas de negócios e de mulheres e igualdades.
O tempo dela no Parlamento foi caracterizado por sua franqueza e disposição para se envolver em questões polêmicas.
Como ministra júnior de igualdades sob Johnson, ela enfureceu muitos na esquerda quando desafiou a noção de que havia racismo institucional generalizado na Grã-Bretanha.
Em uma entrevista à LBC, ela disse que havia sofrido preconceito apenas de esquerdistas.
“Vim para este país com 16 anos e agora estou concorrendo a primeira-ministra — não é incrível? Nasci neste país, mas não cresci aqui.”
“Não entendo por que as pessoas querem ignorar todas as coisas boas e focar apenas nas coisas ruins, e usar as coisas ruins para contar a história”, acrescentou.
Ela se autodenomina uma feminista crítica de gênero e tem sido uma oponente declarada de movimentos para permitir a autodeclaração da identidade transgênero.
Como ministra do gabinete responsável por mulheres e igualdades, ela liderou o bloqueio do governo do Reino Unido ao Projeto de Lei de Reforma do Reconhecimento de Gênero na Escócia.
Respondendo ao relatório Cass sobre serviços de identidade de gênero no sistema público de saúde, ela disse que eles foram “sequestrados por ideólogos” enquanto os críticos foram “amordaçados”, resultando em crianças sendo machucadas.
Ela também se opôs a banheiros neutros, em termos de gênero.
Em 2021, membros do próprio governo incentivaram num painel que ela “reconsiderasse sua posição” em relação aos direitos LGBT+, por entregar uma promessa de manifesto para proibir a chamada terapia de conversão.
A posição de Badenoch sobre a política de gênero conquistou admiradores na direita conservadora
Getty Images via BBC
Badenoch é frequentemente rotulada como uma “guerreira cultural”, mas ela contesta o título.
Às vezes acusada de querer começar uma briga em uma sala vazia, ela diz que não gosta de brigar — mas que está preparada para lutar para defender os princípios conservadores.
Isso é simultaneamente o que a torna querida pelos parlamentares conservadores e o que deixa alguns deles ansiosos.
Durante os estágios iniciais da eleição de liderança, vários parlamentares conservadores disseram à BBC que estavam inclinados a apoiar Badenoch, mas que foram desencorajados por interações turbulentas enquanto ela estava no governo.
Para seus apoiadores, esse é o ponto: ao contrário de outros ministros, ela estava disposta a dizer aos parlamentares o que acreditava e defender isso abertamente.
Na véspera da conferência do partido deste ano, em Birmingham, ela ganhou as manchetes com uma afirmação de que nem todas as culturas eram “igualmente válidas”, citando como exemplo “culturas onde as mulheres são informadas de que não devem trabalhar”.
Ela também chamou a atenção em Birmingham por brincar que 5 a 10% dos servidores públicos eram tão ruins que deveriam estar na prisão. Ela negou veementemente ter intimidado funcionários.
Mas ela voltou atrás após uma entrevista na qual pareceu sugerir que o nível atual de salário-maternidade era “excessivo”. Kemi alegou que suas palavras foram “deturpadas”, dizendo que estava falando sobre regulamentação empresarial excessiva e que o salário-maternidade era “uma coisa boa”.
Em 2018, Badenoch admitiu que, uma década antes, havia invadido o site da então líder da Câmara dos Comuns e vice-líder trabalhista, Harriet Harman, por brincadeira. Harman aceitou o pedido de desculpas.
Entre as brigas públicas, em fevereiro, ela acusou o presidente dos Correios, que ela havia demitido, de buscar “vingança” ao “inventar” alegações de que ele teria sido instruído a atrasar os pagamentos de indenização para subchefes de correios afetados pelo escândalo Horizon IT.
Henry Staunton disse que pediram para que ele atrasasse os pagamentos para permitir que o governo “entrasse mancando na eleição”, aparentemente para aliviar as finanças públicas.
Conservadorismo ’em crise’
Badenoch também não se esquivou de conflitos públicos com parlamentares do seu próprio lado ideológico — incluindo quando ela rejeitou os apelos para tornar ilegal a discriminação contra pessoas que passam pela menopausa.
Ao comparecer perante um comitê da Câmara dos Comuns, ela disse à presidente Caroline Nokes que “muitas pessoas” queriam usar a lei de igualdade como “uma ferramenta para diferentes agendas e interesses pessoais”.
Durante sua campanha de liderança, Badenoch falou sobre o conservadorismo estar “em crise” —sob ataque de uma nova “ideologia progressista” envolvendo “política de identidade” (política baseada em uma identidade específica, como raça, religião ou gênero), intervenção constante do Estado e “a ideia de que burocratas tomam melhores decisões do que indivíduos” ou políticos eleitos.
Apesar dos conservadores estarem no poder há 14 anos, ela argumenta que aumentos nas regulamentações governamentais e gastos públicos prejudicaram o crescimento econômico e polarizaram o país.
Ela rejeitou o apelo de Robert Jenrick para que as principais políticas do partido fossem resolvidas agora, dizendo que o “sistema do Reino Unido está quebrado” e precisa de uma redefinição.
O Partido Conservador, diz ela, precisa voltar aos seus valores essenciais e criar novas políticas que reconheçam essa realidade.
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Chefe da Otan alerta que ameaça da Rússia avança 'contra nós a toda velocidade'
Mark Rutte disse nesta quinta-feira (12) que a ameaça da Rússia está avançando rapidamente e alertou que a aliança militar transatlântica deve multiplicar seus gastos com Defesa para evitar uma “grande guerra” em seu território. Mark Rutte
Piroschka van de Wouw/Reuters
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse nesta quinta-feira (12) que a ameaça da Rússia está avançando rapidamente e alertou que a aliança militar transatlântica deve multiplicar seus gastos com Defesa para evitar uma “grande guerra” em seu território.
“O perigo está avançando em nossa direção a toda velocidade”, disse Rutte em uma conferência em Bruxelas, expressando sua convicção de que ‘não estamos preparados para o que está por vir em quatro ou cinco anos’.
Para o ex-primeiro-ministro holandês, a situação geral de segurança “não é boa. Certamente é a pior de minha vida”.
Em sua opinião, “não há ameaça militar iminente” à Otan porque a aliança “foi transformada para nos manter seguros”. No entanto, para garantir a segurança, é necessário que a aliança multiplique seus gastos com Defesa, fortalecendo as indústrias nacionais para a produção de equipamentos.
“É hora de mudarmos para uma mentalidade de guerra. E acelerar nossa produção e gastos com Defesa. Quando se trata de produção de defesa, estou absolutamente convencido de que aumentá-la é uma prioridade máxima. Foi com essa mentalidade que vencemos a Guerra Fria. Os gastos caíram após a queda da Cortina de Ferro. O mundo estava mais seguro. Agora não é mais”, disse ele.
Há uma década, os países que compõem a aliança militar adotaram a meta de gastar o equivalente a 2% do PIB de cada país em Defesa. Em 2023, esses 2% passaram a ser vistos como uma meta mínima e não máxima.
“Posso lhe dizer que precisaremos de muito mais do que 2%. Não estaremos seguros no futuro, a menos que estejamos preparados para enfrentar o perigo. Nós podemos fazer isso. Podemos evitar a próxima grande guerra no território da Otan”, afirmou.
Para ele, a Rússia “está se preparando para um confronto de longo prazo, com a Ucrânia e com a Otan.
Referindo-se à guerra em curso na Ucrânia, Rutte disse que os combates estão deixando cerca de 10 mil pessoas mortas por semana, e que o número total de vítimas desde fevereiro de 2022 já seria “mais de um milhão”.
Além da ameaça representada pela Rússia, Rutte mencionou que a China “está aumentando substancialmente suas forças, incluindo suas armas nucleares”.
“De 200 ogivas em 2020, espera-se que a China tenha mais de 1.000 ogivas nucleares até 2030”, disse ele. Além disso, ele observou que o gigante asiático está acrescentando equipamentos militares “a uma taxa cinco ou seis vezes maior que a dos Estados Unidos”.
Por causa disso, ele insistiu, “não estamos em guerra. Mas, definitivamente, também não estamos em paz”.
Em sua opinião, a capacidade de dissuasão da Otan “é boa, por enquanto. Mas é o amanhã que me preocupa”.
A indústria de Defesa da Europa, segundo ele, foi esvaziada por décadas de subinvestimento e interesses industriais nacionais limitados: “Nosso setor é muito pequeno, muito fragmentado e muito lento”. Enquanto isso, as fábricas de armas russas estão produzindo equipamentos de guerra em tempo integral.
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Assembleia Geral da ONU pede cessar-fogo imediato em Gaza; Israel mata 33 em bombardeios
Resolução de valor simbólico foi apoiada por ampla maioria nesta quarta-feira (11), mas rejeitada pelos EUA e Israel. Ataques foram registrados durante a madrugada e a manhã. Ataque israelense em escola usada como abrigo em Gaza
Reuters
A Assembleia Geral da ONU exigiu, nesta quarta-feira (11), por ampla maioria, um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza, em uma resolução de valor simbólico que foi rejeitada tanto por Israel quanto pelos Estados Unidos, informou a Agência France-Presse (AFP).
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A resolução, que obteve 158 votos a favor, nove contra e 13 abstenções, também pediu “a liberação imediata e incondicional de todos os reféns”, em uma redação semelhante à que foi bloqueada no Conselho de Segurança no final de novembro por um veto dos Estados Unidos.
Durante a madrugada e a manhã de quarta-feira, 33 pessoas, incluindo crianças, foram mortas em ataques israelenses no território palestino, de acordo com a agência Associated Press (AP). Um dos bombardeios destruiu uma casa onde pessoas deslocadas estavam abrigadas.
Em relação ao cessar-fogo, Washington defende que deve ser condicionado à liberação de todos os reféns em Gaza, argumentando que, caso contrário, o Hamas não teria nenhum incentivo para libertá-los.
O embaixador adjunto dos Estados Unidos, Robert Wood, reiterou a posição de seu país na quarta-feira, dizendo que seria “vergonhoso e errado” adotar o projeto.
Antes da votação, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou que as resoluções discutidas nesta quarta-feira “superam toda lógica”.
“O voto de hoje não é a favor da compaixão, mas a favor da cumplicidade”, afirmou Danon.
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A Assembleia Geral tem adotado com frequência resoluções que não conseguem ser aprovadas no Conselho de Segurança, que está praticamente paralisado em questões sensíveis, como Gaza e Ucrânia. E desta vez não foi diferente.
O texto aprovado nesta quarta-feira, não vinculante, também exige “acesso imediato” a uma ampla ajuda humanitária para os cidadãos de Gaza, que sofrem por mais de um ano de guerra com Israel, especialmente na sitiada região norte daquele território.
Dezenas de representantes dos Estados membros se dirigiram à Assembleia antes da votação, em apoio aos palestinos.
“Gaza já não existe. Está destruída”, afirmou o representante da Eslovênia, Samuel Zbogar. “A história é o crítico mais duro da inação”, destacou.
O embaixador adjunto da Argélia na ONU, Nacim Gaouaoui, ecoou essas críticas. “O preço do silêncio e do fracasso diante da tragédia palestina é muito alto, e será mais pesado amanhã”, afirmou.
A guerra em Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque inédito do grupo Hamas, que resultou na morte de 1.208 pessoas, a maior parte civis, de acordo com um levantamento da AFP com base em números oficiais. Esse número inclui os reféns que morreram ou foram assassinados durante o cativeiro em Gaza.
Durante o ataque, os membros do Hamas também sequestraram 251 pessoas, 96 das quais permanecem em Gaza, incluindo 34 que os militares afirmam terem morrido.
As operações militares de represália israelenses em Gaza mataram pelo menos 44.786 pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza e considerados confiáveis pela ONU.
Mundo
Após assassinato de adolescente, presidente do Peru propõe pena de morte para estupro de crianças
Medida dependeria de uma reforma constitucional aprovada pelo Congresso. Nos últimos 30 anos, Peru engavetou pelo menos oito propostas do tipo. Dina Boluarte, presidente do Peru
Luis Iparraguirre/Peru Presidency/Handout via Reuters
A presidente do Peru, Dina Boluarte, propôs nesta terça-feira (10) pena de morte para estupradores de menores. A fala vem como uma resposta ao assassinato de uma menina de 12 anos que supostamente foi agredida sexualmente em um bairro pobre de Lima.
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Partidária da linha-dura contra o crime, a presidente conservadora afirmou que chegou “a hora” de discutir o restabelecimento da pena capital, que foi abolida em 1979.
“É hora de, diante de fatos desta magnitude, que deveriam ser inconcebíveis dentro de uma sociedade, apresentarmos medidas drásticas. É hora de abrir o debate sobre a pena de morte para estupradores de menores”, disse Boluarte.
Durante uma cerimônia pública perante a Força Aérea de Peru, a presidente expressou sua indignação pelo assassinato da adolescente. O corpo dela foi encontrado no domingo (8), na zona sul da capital peruana.
A menina tinha sido dada como desaparecida no sábado (7). O corpo dela foi encontrado envolto em cobertores e tapetes debaixo da cama do suposto agressor de 26 anos. O suspeito foi identificado como Gerson Juárez, de acordo com autoridades. Ele está preso.
Nesta terça-feira, um juiz de Lima determinou prisão preventiva de sete dias contra o suspeito.
“Não podemos permitir que caminhem livres nas ruas tipos como estes […] Não devemos ter nenhum tipo de contemplação com quem se atreve a tocar em nossos meninos e meninas, que são o mais sagrado e intocável para nossas famílias peruanas”, enfatizou Boluarte.
A pena de morte só pode ser restabelecida mediante uma reforma constitucional aprovada pelo Congresso. A iniciativa, contudo, entraria em choque com compromissos internacionais assumidos pelo Peru em defesa dos direitos humanos e contra este tipo de punição.
Desde 1995, o Poder Legislativo engavetou pelo menos oito projetos de lei que buscavam restaurar a pena de morte no país.
A legislação atual prevê prisão perpétua para os estupradores de menores de 14 anos. Segundo o Instituto Nacional Penitenciário, 8.491 pessoas cumprem pena atualmente por este crime.
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