Mundo
Trump tenta se distanciar de insulto contra Porto Rico feita por comediante em comício republicano: Não reflete a visão dele, diz campanha
Durante evento da campanha de Trump em Nova York, humorista afirmou que Porto Rico é uma ‘ilha flutuante de lixo’. Trump e aliados criticam Porto Rico e se tornam alvos de críticas em comício gigante em Nova York
De olho na possível repercussão negativa entre eleitores latinos, apoiadores de Donald Trump e sua própria campanha buscaram se distanciar da fala do comediante Tony Hinchcliffe durante um comício do republicano, que chamou Porto Rico de uma “ilha flutuante de lixo”.
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Diante do insulto, nesta segunda-feira (28), a assessora sênior da campanha do republicano Danielle Alvarez disse que o insulto, contado como uma piada, “não reflete as visões do presidente Trump ou de sua campanha”.
Hinchcliffe participou do evento republicano no Madison Square Garden de Nova York, no domingo (27). O local estava lotado por apoiadores do candidato republicano à Casa Branca.
“Há uma ilha flutuante de lixo no meio do oceano neste momento, acho que se chama Porto Rico”, disse o humorista.
Hinchcliffe também zombou dos latinos, dizendo que “eles adoram fazer bebês”, parodiou judeus e palestinos e ridicularizou um homem negro com o estereótipo de que afro-americanos gostam muito de melancia.
Porto Rico é um território pertencente aos EUA e não tem representação no Colégio Eleitoral que vota para presidente no sistema de eleição indireto americano. Mas seus habitantes são cidadãos americanos e, caso se mudem para algum Estado americano — ou para o Distrito de Colúmbia — e se registrem, eles têm direito a voto.
O senador pela Flórida Rick Scott, republicano, foi rápido ao condenar a fala que disse “não ser engraçada nem verdadeira”. “Porto-riquenhos são pessoas maravilhosas e americanos maravilhosos”, ele escreveu em su conta na rede social X.
Candidato republicano Donald Trump durante comício no Madison Square Garden, em Nova York, em 27 de outubro de 2024.
REUTERS/Brendan McDermid
Scott é candidato à reeleição e o Estado que representa possui uma das maiores comunidades porto-riquenhas dos EUA.
Além da Flórida outros Estados importantes para definir a eleição, como a Pensilvânia, possuem grandes comunidades porto-riquenhas.
Condenação geral
Os comentários do humorista irritaram democratas, republicanos e artistas como Bad Bunny, Jennifer Lopez e Ricky Martin. Os três cantores anunciaram apoio a Kamala Harris logo após as falas de Hinchcliffe.
O governador Pedro Pierluisi, que é democrata, criticou o humorista em uma rede social e disse que todos que aplaudiram Hinchcliffe deveriam se sentir envergonhados.
“Comentários como esse expõem os preconceitos e o racismo que, lamentavelmente, ainda existem em nossa nação”, acrescentou.
A vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris reagiu ao caso com um vídeo em que promete “desenhar um caminho novo e feliz para o futuro” de Porto Rico.
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Polêmica
Candidato republicano Donald Trump durante comício no Madison Square Garden, em Nova York, em 27 de outubro de 2024.
REUTERS/Brendan McDermid
Longe de se desculpar, Tony Hinchcliffe disse que quem o criticou “não têm senso de humor”. Mas, a oito dias das eleições, a equipe de Trump se distanciou da polêmica.
“Essa piada não reflete a opinião do presidente Trump”, afirmou uma das porta-vozes.
Para o senador da Flórida, o republicano Rick Scott, a piada não teve graça. “Não é engraçado e não é verdade. Os porto-riquenhos são pessoas incríveis e americanos incríveis. Estive na ilha muitas vezes. É um lugar lindo”, afirmou.
Nas ruas, a indignação é imensa. “Antes, estava 100% convencido de votar em Trump e agora estou 100% motivado a sair e votar em Kamala Harris”, declarou à AFP Javier Torres, um porto-riquenho de 45 anos que vive em Doral, ao lado de Miami.
A família porto-riquenha Martínez, que vive em Orlando, não pensou duas vezes.
“Estava pensando em votar em Kamala Harris, mas este comentário de ontem fez sair toda a família para votar nesta manhã por ela”, disse à AFP Rick Martínez.
O que foi dito no comício foi “racismo”, declarou à AFP Denis Castro, um aposentado de 60 anos que vive no bairro de Bushwick, em Nova York. Muitos imigrantes moram na região.
Além disso, diante da polêmica, os olhos se voltaram para a Pensilvânia. O estado-chave que pode decidir o resultado das eleições conta com meio milhão de porto-riquenhos.
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Mundo
Kemi Badenoch: quem é a 1ª mulher negra a liderar um grande partido político no Reino Unido
Kemi Badenoch é uma pioneira política com um estilo combativo e a missão de renovar seu partido. Kemi Badenoch é uma pioneira política com um estilo combativo e tem a missão de renovar seu partido
Getty Images via BBC
Assim como sua heroína política, Margaret Thatcher, Kemi Badenoch — que é a nova líder conservadora no Reino Unido — divide opiniões até mesmo dentro de seu próprio partido.
Suas opiniões robustas, valores “anti-woke” e estilo prático fizeram dela uma queridinha da direita conservadora e das bases do partido. Eles a escolheram em vez do colega de direita Robert Jenrick.
Como primeira mulher negra a liderar um grande partido político do Reino Unido, ela fez história. Mas ela não é fã da política identitária e provavelmente não falará muito disso enquanto se prepara para trabalhar na tarefa formidável de restaurar a abalada fortuna de seu partido.
A análise da ex-secretária de negócios sobre o que deu errado para os conservadores na eleição geral é que eles “falaram sobre direita, mas governaram como esquerda” e precisam “parar de agir como trabalhistas” para reconquistar o poder.
É uma promessa que ela colocou no centro de sua campanha de liderança conservadora, que se concentrou em mudar a mentalidade do Estado britânico, em vez de estabelecer políticas detalhadas.
Nascida em Wimbledon, em 1980, Olukemi Adegoke era uma das três crianças de pais nigerianos. O pai dela trabalhava como clínico geral e a mãe era professora de fisiologia.
Kemi é casada desde 2012 com o banqueiro Hamish Badenoch, que cresceu em Lagos, na Nigéria, e nos Estados Unidos, onde a mãe dava aulas. O casal tem três filhos.
Aos 16 anos, Kemi voltou para o Reino Unido para morar com uma amiga da mãe por causa da piora da situação política e econômica na Nigéria. Ela estudou em uma faculdade no sul de Londres enquanto trabalhava no McDonald’s e em outros lugares.
Depois de concluir um curso de engenharia da computação na Universidade de Sussex, trabalhou em TI, enquanto também fazia uma segunda graduação em direito.
Ela então mudou para a área de finanças, tornando-se diretora associada do banco privado Coutts. Mais tarde, trabalhou como diretora digital da influente revista de apoio conservador “The Spectator”, uma função não editorial.
De acordo com “Blue Ambition”, uma biografia escrita pelo colega conservador Lord Ashcroft, foi na Universidade de Sussex que Badenoch adquiriu o gosto pela política de direita. Lá ela seguiu pela direção oposta da cultura de esquerda do campus.
Mais tarde, ela descreveu os ativistas estudantis de lá como a “elite metropolitana mimada e privilegiada em treinamento”.
Badenoch se juntou ao Partido Conservador em 2005 — aos 25 anos — e concorreu sem sucesso ao Parlamento, em 2010, e à Assembleia de Londres, em 2012.
Quando dois membros da Assembleia Tory, incluindo Suella Braverman, foram eleitos MPs (Membro do Parlamento) em 2015, ela assumiu uma cadeira vaga na Assembleia.
Ela apoiou o Brexit no referendo de 2016, antes de realizar sua ambição de se tornar uma MP um ano depois, para a cadeira conservadora segura de Saffron Walden, em Essex.
Kemi Badenoch derrotou alguns grandes nomes ao concorrer à liderança conservadora em 2022, antes de ser eliminada na penúltima rodada de votação pelos parlamentares
EPA via BBC
Badenoch passou três anos pulando entre cargos governamentais juniores quando, em 2022, ela se juntou ao rápido êxodo ministerial que derrubou Boris Johnson.
Para a surpresa de muitos de seus colegas, Badenoch então se juntou à disputa para suceder Johnson, apesar de nunca ter estado no gabinete.
O que começou como uma campanha de longo prazo, com o apoio principalmente de amigos leais que também entraram no Parlamento em 2017, rapidamente ganhou força e apoio de peso na forma de Michael Gove.
Badenoch finalmente ficou em quarto lugar com o apoio de 59 parlamentares — mais do que os 42 que foram suficientes para ela terminar no topo da fase parlamentar da atual eleição de liderança.
Sua abordagem direta, instruindo seus colegas a “dizer a verdade”, rendeu a Badenoch um papel maior no Partido Conservador e era inevitável que Liz Truss escolhesse nomeá-la para o gabinete — tornando-a secretária de comércio internacional.
Rishi Sunak a manteve no cargo, adicionando as pastas de negócios e de mulheres e igualdades.
O tempo dela no Parlamento foi caracterizado por sua franqueza e disposição para se envolver em questões polêmicas.
Como ministra júnior de igualdades sob Johnson, ela enfureceu muitos na esquerda quando desafiou a noção de que havia racismo institucional generalizado na Grã-Bretanha.
Em uma entrevista à LBC, ela disse que havia sofrido preconceito apenas de esquerdistas.
“Vim para este país com 16 anos e agora estou concorrendo a primeira-ministra — não é incrível? Nasci neste país, mas não cresci aqui.”
“Não entendo por que as pessoas querem ignorar todas as coisas boas e focar apenas nas coisas ruins, e usar as coisas ruins para contar a história”, acrescentou.
Ela se autodenomina uma feminista crítica de gênero e tem sido uma oponente declarada de movimentos para permitir a autodeclaração da identidade transgênero.
Como ministra do gabinete responsável por mulheres e igualdades, ela liderou o bloqueio do governo do Reino Unido ao Projeto de Lei de Reforma do Reconhecimento de Gênero na Escócia.
Respondendo ao relatório Cass sobre serviços de identidade de gênero no sistema público de saúde, ela disse que eles foram “sequestrados por ideólogos” enquanto os críticos foram “amordaçados”, resultando em crianças sendo machucadas.
Ela também se opôs a banheiros neutros, em termos de gênero.
Em 2021, membros do próprio governo incentivaram num painel que ela “reconsiderasse sua posição” em relação aos direitos LGBT+, por entregar uma promessa de manifesto para proibir a chamada terapia de conversão.
A posição de Badenoch sobre a política de gênero conquistou admiradores na direita conservadora
Getty Images via BBC
Badenoch é frequentemente rotulada como uma “guerreira cultural”, mas ela contesta o título.
Às vezes acusada de querer começar uma briga em uma sala vazia, ela diz que não gosta de brigar — mas que está preparada para lutar para defender os princípios conservadores.
Isso é simultaneamente o que a torna querida pelos parlamentares conservadores e o que deixa alguns deles ansiosos.
Durante os estágios iniciais da eleição de liderança, vários parlamentares conservadores disseram à BBC que estavam inclinados a apoiar Badenoch, mas que foram desencorajados por interações turbulentas enquanto ela estava no governo.
Para seus apoiadores, esse é o ponto: ao contrário de outros ministros, ela estava disposta a dizer aos parlamentares o que acreditava e defender isso abertamente.
Na véspera da conferência do partido deste ano, em Birmingham, ela ganhou as manchetes com uma afirmação de que nem todas as culturas eram “igualmente válidas”, citando como exemplo “culturas onde as mulheres são informadas de que não devem trabalhar”.
Ela também chamou a atenção em Birmingham por brincar que 5 a 10% dos servidores públicos eram tão ruins que deveriam estar na prisão. Ela negou veementemente ter intimidado funcionários.
Mas ela voltou atrás após uma entrevista na qual pareceu sugerir que o nível atual de salário-maternidade era “excessivo”. Kemi alegou que suas palavras foram “deturpadas”, dizendo que estava falando sobre regulamentação empresarial excessiva e que o salário-maternidade era “uma coisa boa”.
Em 2018, Badenoch admitiu que, uma década antes, havia invadido o site da então líder da Câmara dos Comuns e vice-líder trabalhista, Harriet Harman, por brincadeira. Harman aceitou o pedido de desculpas.
Entre as brigas públicas, em fevereiro, ela acusou o presidente dos Correios, que ela havia demitido, de buscar “vingança” ao “inventar” alegações de que ele teria sido instruído a atrasar os pagamentos de indenização para subchefes de correios afetados pelo escândalo Horizon IT.
Henry Staunton disse que pediram para que ele atrasasse os pagamentos para permitir que o governo “entrasse mancando na eleição”, aparentemente para aliviar as finanças públicas.
Conservadorismo ’em crise’
Badenoch também não se esquivou de conflitos públicos com parlamentares do seu próprio lado ideológico — incluindo quando ela rejeitou os apelos para tornar ilegal a discriminação contra pessoas que passam pela menopausa.
Ao comparecer perante um comitê da Câmara dos Comuns, ela disse à presidente Caroline Nokes que “muitas pessoas” queriam usar a lei de igualdade como “uma ferramenta para diferentes agendas e interesses pessoais”.
Durante sua campanha de liderança, Badenoch falou sobre o conservadorismo estar “em crise” —sob ataque de uma nova “ideologia progressista” envolvendo “política de identidade” (política baseada em uma identidade específica, como raça, religião ou gênero), intervenção constante do Estado e “a ideia de que burocratas tomam melhores decisões do que indivíduos” ou políticos eleitos.
Apesar dos conservadores estarem no poder há 14 anos, ela argumenta que aumentos nas regulamentações governamentais e gastos públicos prejudicaram o crescimento econômico e polarizaram o país.
Ela rejeitou o apelo de Robert Jenrick para que as principais políticas do partido fossem resolvidas agora, dizendo que o “sistema do Reino Unido está quebrado” e precisa de uma redefinição.
O Partido Conservador, diz ela, precisa voltar aos seus valores essenciais e criar novas políticas que reconheçam essa realidade.
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Mundo
Campo de golfe de Donald Trump na Escócia, terra de sua mãe, divide opiniões
Para alguns, será um símbolo da origem escocesa do candidato republicano e um motor econômico, enquanto para outros será uma demonstração de ostentação que trará poucos benefícios à comunidade. Novo campo de golfe de Donald Trump na Escócia.
Andy BUCHANAN/AFP
Enquanto Donald Trump busca um segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, a 5.000 quilômetros de distância, na Escócia, onde nasceu sua mãe, o candidato republicano constrói um novo campo de golfe que conta com apoiadores e críticos.
Para alguns, será um símbolo da origem escocesa do candidato republicano e um motor econômico, enquanto para outros será uma demonstração de ostentação que trará poucos benefícios à comunidade.
O campo seria o terceiro de Trump na Escócia e o segundo dentro do complexo Trump International Golf Links, em Aberdeenshire, na costa nordeste, onde outro inaugurado pelo ex-presidente americano em 2012 gerou polêmica sobre possíveis danos ambientais.
A inauguração deste segundo campo de golfe será em meados de 2025, quando Trump poderá ser presidente dos Estados Unidos, e faz parte, segundo o candidato, de um projeto para homenagear sua mãe Mary MacLeod, nascida na ilha de Lewis, noroeste da Escócia.
“Todo a inspiração vem do eterno amor de Trump pela Escócia”, disse à AFP Sarah Malone, vice-presidente executiva da Trump International Scotland, em uma mansão imponente do complexo em Balmedie, a norte da cidade de Aberdeen.
Enquanto ela fala, é possível ouvir as ondas do Mar do Norte, batendo na praia ao lado, onde brilha o sol do outono escocês.
Destaque da Golf Digest
A revista Golf Digest, que classificou o primeiro campo do resort em 34º lugar no ranking mundial, descreveu o segundo como “absolutamente deslumbrante”.
Em 2020, a autoridade do patrimônio natural da Escócia retirou o status de interesse científico das dunas do resort, culpando a construção dos campos de golfe. Mas a empresa de Trump destaca que será “um dos mais ecológicos”.
“Tudo o que fizemos melhorou o meio ambiente e desenvolveu novos habitats e a biodiversidade do local”, afirma Sarah Malone.
Nem todos estão convencidos. “Sabemos que as dunas são habitats frágeis. Não são ecossistemas que se adaptam bem a (este) tipo de projeto”, explica à AFP Maggie Chapman, do Partido Verde e deputada do Parlamento Escocês para a região.
Moradores divididos
Os opositores destacam que a Escócia, entusiasta do golfe, já tem mais de 500 campos, enquanto os moradores locais parecem divididos.
“Não tenho nenhum problema. Acho que isso está atraindo negócios para Aberdeenshire”, disse à AFP Willie Rowell, um aposentado de 63 anos.
David Louden, trabalhador da construção civil, diz estar “envergonhado” pela associação de Trump com a Escócia. “É apenas um playground para os ricos”, ressalta o homem de 62 anos.
David Milne, de 60 anos, cuja casa tem vista para o complexo, tem sido um dos principais opositores desde que Trump o planejou, há quase 20 anos.
Ele se recusou a vender sua casa para Trump, que, segundo ele, respondeu plantando uma fileira de árvores e uma cerca em frente à sua propriedade.
Milne diz que o ex-presidente “não significa nada” para ele, mas admite que lutar contra seus planos custou “um preço”.
Trump planeja construir na propriedade um monumento à sua mãe, falecida em 2000, que se estabeleceu em Nova York e se casou com Fred Trump.
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Mundo
‘Vote para acabar com a era Trump’: ‘The New York Times’ publica novo editorial contra republicano
Jornal afirmou que o ex-presidente “mente sem limites” e é uma ameaça à democracia. Em setembro, publicação já havia declarado apoio a Kamala Harris. Editorial do ‘New York Times’ pede para eleitores não votarem em Donald Trump
Reprodução/NYT
O jornal “The New York Times” publicou neste sábado (2) um novo editorial pedindo para os eleitores norte-americanos votarem contra Donald Trump nas eleições presidenciais que acontecem na terça-feira (5).
A publicação, que já havia declarado apoio à candidata democrata, Kamala Harris, no fim de setembro, divulgou um curto texto intitulado “Vote para acabar com a era Trump”. No texto de hoje, que aparece em destaque na homepage do “NYT”, Kamala não é citada.
Ao apontar as críticas no texto, o “New York Times” inclui links para outros artigos do jornal que explicam ou detalham os comportamentos de Trump mencionados no editorial deste sábado.
O jornal diz que o ex-presidente “não é apto para liderar”, “tentou subverter uma eleição e é uma ameaça à democracia”. O “NYT” também fala que Trump teve participação na decisão da Suprema Corte de junho de 2022 que derrubou o direito ao aborto – um caso conhecido como ‘Roe contra Wade’.
Por fim, o jornal afirma que Trump “mente sem limites”, perseguirá adversários políticos e será responsável por causar prejuízos aos pobres, aos cidadãos de classe média e ao clima. “Os americanos devem exigir melhor. Vote”, finaliza o texto (veja a íntegra abaixo).
Veja o editorial do “The New York Times”
Você já conhece Donald Trump. Ele não é apto para liderar. Observe-o. Ouça aqueles que o conhecem melhor. Ele tentou subverter uma eleição e continua sendo uma ameaça à democracia. Ele ajudou a derrubar Roe contra Wade, com consequências terríveis.
A corrupção e a ilegalidade do Sr. Trump vão além das eleições: é todo o seu ethos. Ele mente sem limites. Se for reeleito, o Partido Republicano não o conterá.
O Sr. Trump usará o governo para perseguir oponentes. Ele buscará uma política cruel de deportações em massa. Ele causará estragos para os pobres, para a classe média e para os empregadores.
Um outro mandato de Trump prejudicará o clima, destruirá alianças e fortalecerá autocratas. Os americanos devem exigir melhor. Vote.
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