Mundo
Vídeo mostra drones ucranianos destruindo veículos militares russos em front de batalha na Rússia
Imagens foram postadas pela conta oficial do Ministério da Defesa do governo ucraniano, no mesmo dia em que o presidente, Volodymyr Zelensky, confirmou a invasão à Rússia publicamente pela primeira vez. Drones ucranianos destroem veículos militares russos em front de batalha na Rússia
O Ministério da Defesa da Ucrânia postou um vídeo mostrando um ataque aéreo realizado contra as tropas russas em sua conta oficial no X, nesta segunda-feira (12).
As imagens mostram uma ação do 46º batalhão aéreo que, segundo as forças ucranianas, destruiu duas colunas de veículos blindados.
“Homens sábios aprendem com os erros dos outros homens; tolos com os seus próprios. Os ocupantes nunca aprendem. Guerreiros destruíram duas colunas russas de veículos blindados perto de Maryinka, região de Donetsk”, diz o post.
A invasão ucraniana na região de Kursk, no sudoeste da Rússia, começou na semana passada, a primeira em território russo desde o início da guerra da Ucrânia. Nesta segunda, pela primeira vez, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenkeky confirmou publicamente a invasão e afirmou controlar 1.000 km² do território russo.
Segundo o governador da província, soldados ucranianos já controlam 28 distritos na região, em uma área com 2.000 moradores, e as forças de Kiev avançaram cerca de 12 km para dentro do território russo.
Casa parcialmente destruída após incursão de soldados ucranianos na região russa de Kursk, em 7 de agosto de 2024.
MIC Izvestia / IZ.RU via Reuters
O governo de Kursk ordenou a retirada de cerca de 11 mil moradores locais. E, em Moscou, o presidente russo, Vladimir Putin, convocou o Conselho de Segurança de seu governo de forma emergencial e ordenou que seus militares façam com que os soldados de Kiev sejam “espremidos”.
O presidente russo também acusou a Ucrânia de ter usado armas químicas na ofensiva a Kursk. Kiev ainda não havia respondido a acusação até a última atualização desta reportagem.
“Eles (soldados ucranianos) devem ser espremidos para fora. A Ucrânia está tentando intimidar a sociedade russa e minar nossa estabilidade”, declarou Putin.
Na quarta-feira (7), cerca de 1.000 soldados ucranianos invadiram a região de Kursk e atacaram militares russos que monitoravam a área. A ofensiva criou uma nova e inesperada frente de batalha entre os dois lados, a primeira fora da Ucrânia, fez o presidente russo, Vladimir Putin, adaptar planos que podem mudar o rumo da guerra de dois anos e meio entre os dois países.
“O centro de comando regional decidiu retirar os habitantes do distrito de Belovski (em Kursk)”, afirmou o governador regional interino de Kursk Alexei Smirnov.
Quase a totalidade da população de Belovski teve de deixar suas casas nesta segunda. Segundo dados do governo local levantados pela agência de notícias Reuters, em 1º de janeiro de 2022 cerca de 15 mil pessoas moravam no distrito.
Após a invasão da semana passada, as Forças Armadas da Ucrânia também enviaram mais soldados e tanques para a fronteira com a Rússia, onde vêm fazendo vários exercícios militares há dias.
Imagem aérea mostra, segundo Kremlin, tanque ucraniano disparando contra alvo russo na região de Kursk, na Rússia, em 11 de agosto de 2024.
Ministério da Defesa da Rússia via Reuters
Zelensky admite invasão à Rússia
No domingo, (11), pela primeira vez desde o início da guerra, a Ucrânia reconheceu formalmente um ataque ao território russo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que forças fizeram uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia.
O governo local de Kursk também acusou a Ucrânia do ataque e declarou estado de emergência na região.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Zelesnky disse que havia discutido a operação de Kursk com o principal comandante ucraniano, Oleksandr Syrskyi.
“”Hoje, recebi vários relatórios do comandante Syrskyi sobre as linhas de frente e nossas ações para empurrar a guerra para o território do agressor”, disse Zelensky neste domingo. “A Ucrânia está provando que pode de fato restaurar a justiça e garantir a pressão necessária sobre o agressor.”
A declaração rompe com a estratégia que o governo ucraniano vinha adotando desde os primeiros relatos de contra-ataque à Rússia na guerra que já dura dois anos e meio. Kiev nunca se pronunciava sobre supostos ataques ucranianos contra alvos russos.
Helicóptero militar russo sobrevoa região russa de Kursk após invasão da Ucrânia ao local, em 10 de agosto de 2024.
Ministério da Defesa da Rússia via Reuters
Incursão surpresa
Ucrânia realiza incursão em território russo
Em um dos maiores ataques ucranianos contra a Rússia durante a guerra entre os dois países, cerca de 1.000 soldados ucranianos atravessaram a fronteira russa na madrugada de 6 de agosto. Com tanques e veículos blindados, cobertos no ar por drones e artilharia, atravessaram campos e florestas da fronteira em direção ao norte da cidade fronteiriça de Sudzha, o último ponto operacional do transbordo do gás natural russo para a Europa via Ucrânia.
Os soldados ucranianos invadiram a região de Kursk na quarta-feira. Eles conseguiram destruir diversos tanques russos e renderam dezenas de soldados de Moscou, de acordo com o governo local. No mesmo dia, a Rússia afirmou que conseguiu controlar a invsão, mas a batalha continuou.
Neste domingo, os militares dos dois lados entraram no sexto dia de enfrentamentos na região.
A incursão ucraniana, inesperada, fez com que Putin readaptasse planos de guerra de forma emergencial. Desde o início deste ano, a Rússia conseguiu romper com a paralisia que marcou a guerra da Ucrânia ao longo de 2023 e vinha avançado em alguns fronts de batalha na Ucrânia, aproveitando a demora da chegada de mais verbas e equipamentos de guerra do Ocidente para tropas ucranianas.
Nesta quinta-feira (8), Moscou declarou estado de emergência em Kursk, a região atacada, e convocou mais reservistas para a região de fronteira com a Ucrânia. O governo local também fez restrições no espaço aéreo.
O presidente russo, Vladimir Putin, fala por videoconferência com o governador da região de Kursk, atacada pela Ucrânia, Alexei Smirnov, em 8 de agosto de 2024.
Kremlin via Reuters
Mundo
Trump começa mandato com 47% de aprovação, diz pesquisa; 58% reprovam perdões ao 6 de janeiro
Pesquisa Reuters/Ipsos aponta que mais da metade dos entrevistados acredita que Trump não deveria ter perdoado invasores do Capitólio. Medidas de combate à imigração têm apoio do eleitorado. Em 1º dia na presidência, Donald Trump assina decretos
Pesquisa da Reuters/Ipsos aponta que 47% dos americanos aprovam o governo de Donald Trump. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21). Por outro lado, os perdões concedidos pelo novo presidente a invasores do Capitólio foram reprovados pela maioria dos entrevistados.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
O levantamento foi feito entre segunda-feira (20) e esta terça-feira, logo após a posse de Trump como presidente dos Estados Unidos. Ao todo, 1.077 cidadãos americanos adultos foram entrevistados. A margem de erro é de 4 pontos percentuais.
Segundo a Reuters, a popularidade de Trump está acima da registrada durante a maior parte do primeiro mandato dele, entre 2017 e 2021. No entanto, seu índice inicial de aprovação é inferior ao de Joe Biden, que tinha 55% em janeiro de 2021.
A pesquisa também pediu para que os entrevistados avaliassem as primeiras medidas adotadas por Trump. Segundo os números, os eleitores demonstraram apoio na política de combate à imigração ilegal defendida pelo novo republicano.
Veja alguns dados a seguir:
58% reprovam o perdão para todos os condenados por crimes na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
29% aprovam a forma como Trump lida com a politização do sistema judicial. O republicano acusa Biden de usar a Justiça para persegui-lo.
46% aprovam as medidas de Trump em relação à imigração.
58% concordam que os Estados Unidos devem reduzir drasticamente as autorizações de asilo para imigrantes que aguardam na fronteira.
16% acreditam que os Estados Unidos devem pressionar a Dinamarca para vender a Groenlândia.
29% defendem que os Estados Unidos retomem o controle do Canal do Panamá.
21% concordam que os Estados Unidos têm o direito de expandir seu território.
LEIA TAMBÉM
Trump libera prisões de imigrantes dentro de escolas, hospitais e igrejas
Quanto controle a China realmente tem sobre o Canal do Panamá
Estados entram na Justiça contra ordem de Trump sobre cidadania de filhos de imigrantes ilegais: ‘Ele não é rei’, diz procurador
Perdão ao 6 de janeiro
Manifestantes se agrupam durante evento da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021
Shannon Stapleton/REUTERS
Trump concedeu perdão presidencial a cerca de 1.500 pessoas acusadas pelo ataque ao Capitólio em janeiro de 2021. O presidente descreveu os presos condenados por crimes relacionados ao episódio como “reféns”.
Centenas de indivíduos foram criminalmente acusados pela invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores de Trump tentaram impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. O ataque resultou na morte de cinco pessoas.
De acordo com a ordem executiva, ficam perdoados todos os investigados pela invasão ou por crimes relacionados ao ataque ocorridos entre 6 e 20 de janeiro de 2021.
Trump também determinou que a Procuradoria-Geral busque a rejeição de todas as acusações pendentes relacionadas ao episódio, com o objetivo de arquivar as ações judiciais ainda em tramitação.
Imigração
Trump assina decretos
Jim WATSON / POOL / AFP
Trump declarou emergência na fronteira sul, o que permite a liberação de recursos para reforçar a fiscalização na fronteira com o México. Um dos objetivos do governo é retomar a construção de um muro entre os dois países.
O presidente anunciou o envio de tropas para a região e ampliou os poderes dos agentes de imigração federal para prender suspeitos.
O governo também encerrou programas que permitiam a entrada de estrangeiros por motivos humanitários. Um aplicativo usado para agendar entrevistas de asilo foi desativado, e todos os agendamentos foram cancelados.
Além disso, Trump assinou uma ordem para acabar com o fim da cidadania automática para pessoas nascidas nos EUA cujos pais estão em situação irregular. No entanto, essa medida pode enfrentar questionamentos na Justiça, pois envolve um direito garantido pela Constituição.
VÍDEOS: mais assistidos do g1
Mundo
Veja as reações de Joe Biden durante o discurso de posse de Trump
Enquanto o novo presidente americano discursava nesta segunda-feira (20), Biden ouviu a críticas baixando a cabeça, sorriu quando Trump falou em emergência na fronteira e aplaudiu quando o republicano falou da libertação dos reféns em Israel. Trump chega ao Capitólio acompanhado de Biden para assumir a presidência dos EUA em 20 de janeiro de 2025.
Reuters
Reações de Biden durante discurso de Trump
Durante o discurso de inauguração do presidente Donald Trump, o ex-presidente Joe Biden foi visto reagindo às críticas e às falas do republicano. Assista ao vídeo acima.
Biden, que ficou logo atrás de Trump durante a cerimônia de posse, ouviu que falhou ao ajudar os americanos durante crises climáticas como furacões e os incêndios em Los Angeles de cabeça baixa. Não aplaudiu quando Trump disse que o começo da nova administração era o dia de liberação dos americanos e pareceu rir quando ouviu que seria declarada emergência na fronteira com o México.
Por outro lado, concordou, balançando a cabeça, quando ouviu Trump dizer que vai acabar com guerras e aplaudiu de pé quando foi citada a liberação de reféns israelense sequestrados pelo Hamas – que Trump atribuiu ao fato de ter ocorrido por conta dele ter sido eleito.
Mais cedo, Biden fez um sinal da cruz ao se referir ao discurso inaugural de Trump na segunda-feira.
Biden faz sinal da cruz ao se referir a discurso de Trump: ‘ainda temos muito o que fazer’
Em despedida do governo, Biden estava falando aos funcionários de seu governo que “ainda há muito o que fazer” e fez o sinal, que arrancou risadas do público. (Veja no vídeo acima)
“Ainda temos muito o que fazer. Todos ouvimos o discurso inaugural [de Trump] hoje. Temos muito o que fazer. Olha, sei por meus muitos anos de experiência que há altos e baixos, mas temos que continuar firmes. Meu pai me ensinou que o caráter de uma pessoa, e vocês já ouviram eu falar isso antes, é a velocidade com que a pessoa se levanta novamente. É isso que precisamos fazer agora. Nunca desistir, nunca. Estamos saindo do governo, mas não abandonando a luta”, disse Biden.
A fala de Biden ocorreu em um discurso de despedida na base aérea de Andrews, em Maryland, onde ele e sua esposa, Jill, embarcaram rumo a Delaware para irem para casa. Eles deixaram o Capitólio de helicóptero após o final da cerimônia de posse.
Biden faz sinal da cruz ao se referir a discurso de Trump em 20 de janeiro de 2025.
Reprodução/Reuters
Durante a posse, Trump fez discurso em tom otimista e ambicioso e recheado de críticas ao governo Biden, mesmo estando a poucos metros de distância do democrata. O republicano também revelou planos de “expandir o território” dos EUA, confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas e anunciou a extinção de programas de diversidade.
Biden também rasgou elogios aos funcionários e os agradeceu por sua “luta incansável”. Atrapalhando-se em alguns momentos da fala, ele que seu governo fez muito pelos norte-americanos. “Espero que olhem para esses anos com o mesmo orgulho com que eu o farei”.
SANDRA COHEN: Trump 2.0 é teste de resistência para a democracia americana
INFOGRÁFICO: os detalhes da posse
Posse de Donald Trump
Mundo
Trump toma posse como presidente dos EUA hoje; SIGA
Primeiro compromisso do republicano é uma cerimônia religiosa em Washington às 10h15, no horário de Brasília. Trump retorna à Casa Branca após quatro anos. Trump toma posse como presidente dos EUA hoje; SIGA Primeiro compromisso do republicano é uma cerimônia religiosa em Washington às 10h15, no horário de Brasília. Trump retorna à Casa Branca após quatro anos. Dia será marcado por celebrações. A mais importante delas é o juramento de Trump como presidente, no Capitólio; veja o passo a passo.. O republicano de ve assinar mais de 100 ordens executivas assim que assumir o cargo. Promessas incluem deportação em massa e anistia a invasores do Capitólio.. Diplomacia vê governo Trump como incógnita; saiba como devem ficar as relações entre EUA e Brasil.. Com viés protecionista, primeiras medidas da gestão devem impactar setor de energia e a relação com parceiros comerciais.
-
Gov.Valadares e Região1 semana ago
Homem quebra vitrine de floricultura e furta pelúcias avaliadas em R$ 2,7 mil
-
Tecnologia7 dias ago
Doadores, Musk, Zuckerberg e Jeff Bezos irão à posse de Trump
-
Mundo7 dias ago
É #FAKE vídeo com imagens aéreas que mostram prédios pegando fogo em Los Angeles
-
Mundo1 semana ago
Irã e Rússia anunciam acordo que inclui áreas de defesa e segurança
-
Tecnologia1 semana ago
Meta, dona de Facebook e Instagram, encerra programa interno de diversidade e inclusão
-
Pop1 semana ago
Eventos de posse de Trump terão apresentações de Village People e Carrie Underwood
-
Tecnologia4 dias ago
Turista argentino justifica uso de bloqueador contra caixa de som em praia: 'Falta de consideração em locais públicos'
-
Tecnologia6 dias ago
Trump cogita decreto para suspender banimento do TikTok nos EUA, diz jornal