Mundo
Ex-primeira-dama argentina diz que, além de agressões, Alberto Fernández fazia 'terrorismo psicológico' e ameaças pelo telefone
Em primeira entrevista após denunciar ex-presidente por violência doméstica, Fabiola Yañez falou sobre abusos que sofreu e declarou que vídeos divulgados ‘não são nada perto do que ele já fez’. Alberto Fernández e a ex-primeira-dama Fabíola Yañez, em imagem de 2021
Andrew Medichini/AP
A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yañez, falou pela primeira vez após denunciar o ex-presidente Alberto Fernández por violência física e assédio. Em entrevista ao site argentino “Infobae” revelada neste sábado (10), ela declarou que o ex-presidente fazia “terrorismo psicológico” constante por telefone.
“Outra violência a que fui submetida durante muito tempo foi o assédio telefônico. Terrorismo psicológico. Essa pessoa ficou dois meses me ameaçando dia sim, dia não, que se eu fizesse isso, se eu fizesse aquilo, ele ia se suicidar”, disse Yañez.
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Segundo Yañez, ela pediu ajuda a “várias pessoas”, incluindo o Ministério da Mulher, no “último ano” do mandato presidencial, mas não conseguiu auxílio. Alberto Fernández foi presidente da Argentina entre 2019 e 2023.
A ex-primeira-dama argentina denunciou o ex-companheiro na última terça-feira (6). Quando a informação veio a público, Fernández negou as acusações em nota publicada nas redes sociais e afirmou que vai apresentar à Justiça “as provas e testemunhos que evidenciarão o que realmente aconteceu”.
Dois dias depois, imagens de Yañez com hematomas no braço e no rosto foram reveladas pelo “Infobae”. Na troca de mensagens com o ex-companheiro, ela cita que foi agredida por três dias seguidos.
Yáñez, de 43 anos, e Fernández, de 65, foram casados durante todo o mandato e tiveram um filho em 2022
Infobae/Reprodução
Além deles, há um vídeo em que Fernández filma a radialista Tamara Pettinato num diálogo de sedução, enquanto a esposa está na residência presidencial. O breve vídeo foi filmado no gabinete presidencial da Casa Rosada durante um jantar a dois em 2020, quando ela tinha 36 anos e ele 61.
Yañez também declarou que o vídeo do ex-presidente trocando “galanteios” com outra mulher “não é nada perto do que ele já fez”.
Questionada se sofreu algum tipo de violência sexual, a ex-companheira de Fernández também declarou que não pode falar sobre esse assunto, devido ao sigilo do caso.
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‘Fiquei destruída pelo meu filho’
Segundo a ex-primeira-dama, seu maior medo agora é por seu filho, Francisco. “Quando vi as fotos, fiquei destruída, mas fiquei destruída pelo meu filho”, revelou Yañez.
O caso não veio à tona por escolha direta dela. Em junho do ano passado, a Justiça investigava Alberto Fernández por corrupção através do celular da sua ex-secretária, María Cantero. No celular, apareceram diálogos entre a secretária e a primeira dama, nos quais Fabiola descrevia os episódios de violência.
Ao deparar-se com um delito paralelo, o juiz Julián Ercolini perguntou se Fabiola Yañez queria registrar uma queixa, recebendo uma resposta negativa. Na terça-feira, a ex-primeira dama mudou de ideia.
“Eu nunca teria feito algo assim porque nunca ia querer expor meu filho, ou que meu filho tivesse que ver nada disso um dia em sua vida. E agora vai ter que ver. E isso não saiu de mim. Veio de um telefone em um caso de corrupção (…). Que mulher quer se ver assim em todos os programas de televisão e na mídia do mundo?”.
Yañez também declarou que “nunca foi feminista”, mas “a violência contra as mulheres é uma das coisas mais repreensíveis que podem existir neste mundo”.
“E questões que ficaram no século 18, no século 15, como querer dizer que você é doente. Se fizeram isso comigo, o que podem fazer com aquelas mulheres? Foi por isso que eu [escolhi denunciar] também.”
Mundo
Cessar-fogo em Gaza: a libertação de reféns israelenses e o retorno de milhares de palestinos
Em Tel Aviv, pessoas se reúnem em praça para assistir a libertação de três reféns do Hamas. Em Gaza, milhares de deslocados voltam para casa após início da trégua. Pessoas esperando a libertação de três reféns, em Tel Aviv
REUTERS
O cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor após um atraso de quase três horas, neste domingo (19). O início da trégua foi adiado após o grupo terrorista demorar para divulgar a lista das primeiras reféns que serão libertadas.
VEJA FOTOS
Pessoas se reúnem em praça para assistir a transmissões da libertação de reféns, em Tel Aviv
REUTERS
Em Tel Aviv, pessoas se reuniram em uma praça para assistir a transmissão da libertação das três reféns que estão mantidas em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
Pessoas aguardam a chegada de três reféns do Hamas, em Tel Aviv
REUTERS
As três mulheres fazem parte do primeiro grupo de 33 reféns que serão libertados pelo Hamas nos próximos dias. Em troca, Israel prometeu soltar prisioneiros palestinos e recuar as forças militares dentro da Faixa de Gaza.
Pessoas aguardando a libertação de três reféns do Hamas, em Tel Aviv
REUTERS
PALESTINOS VOLTAM PARA CASA
Palestinos deslocados retornar para suas casas na Faixa de Gaza
REUTERS
Mesmo antes do cessar-fogo entrar em vigor, milhares de palestinos deslocados, com seus pertences, pegaram as estradas em caminhonetes, carroças puxadas por burros e a pé, no norte e no sul da Faixa de Gaza.
Palestino retornando para casa em carroça, no norte da Faixa de Gaza
REUTERS
Palestina voltando para casa com carrinho de bebê, em Gaza
REUTERS
Palestinos voltam para Faixa de Gaza, após cessar-fogo
REUTERS
Palestinos deslocados passam pelos escombros para retornar para suas casas, em Gaza
REUTERS
Após cessar-fogo, palestinos retornam para suas casas em Gaza
REUTERS
De acordo com o texto, 33 reféns do Hamas serão devolvidos na primeira fase da trégua, de 42 dias.
No mesmo período, 737 prisioneiros palestinos serão libertados por Israel, de acordo com o Ministério da Justiça israelense.
Mundo
Metade dos americanos apoia a deportação de todos os imigrantes ilegais, indica pesquisa
Levantamento do jornal The New York Times e do instituto Ipsos indica apoio da população americana às propostas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Trump conversa com jornalistas em sua propriedade em Mar-a-Lago, em janeiro de 2025
AP Photo/Evan Vucci
Uma pesquisa do jornal The New York Times e do instituto Ipsos divulgada neste sábado (18) indica que 55% dos americanos apoiam a deportação de todos os imigrantes ilegais que estão no país. Outros 42% são contrários, e 3% não souberam ou não responderam.
Se o recorte é sobre a deportação de imigrantes ilegais que entraram no país nos últimos quatro anos, o apoio sobe: 66% afirmam ser favoráveis à medida. Outros 33% se dizem contrários, e 4% não souberam ou não responderam.
O levantamento foi feito entre os dias 2 e 10 de janeiro com 2.128 adultos. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais.
Opinião dos americanos sobre imigração
A deportação em massa é uma das promessas de campanha do presidente eleito Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20).
Segundo o jornal The Wall Street Journal, uma grande operação está planejada para terça-feira (21), tendo como alvo imigrantes ilegais que tenham cometido crimes.
Em relação a esse grupo – imigrantes ilegais que tenham cometido crimes – o percentual de apoio à deportação sobe para 87%. Outros 10% são contrários, 3% não souberam ou não responderam.
Apesar de defender a deportação de adultos que entraram ilegalmente nos EUA, a maior parte da população defende manter a cidadania americana para crianças que nasceram no país e são filhas de imigrantes, bem como para imigrantes que entraram ilegalmente no país quando eram crianças.
Expectativa com governo Trump
A maioria dos americanos acha que Trump vai realizar a maior operação de deportação dos Estados Unidos. Para 80%, é provável que o novo governo faça isso. Outros 17% acreditam ser improvável, e 3% não souberam ou não responderam.
Os americanos também acreditam que o novo governo vai aumentar as tarifas de importação para a China e o México, algo que ele tem defendido como uma forma de diminuir a dependência americana a produtos estrangeiros.
Segundo o levantamento, 81% dos americanos, essas taxas provavelmente ficarão mais altas. Outros 15% acreditam que o aumento é improvável, e 4% não souberam ou não responderam.
Expectativa com novo governo Trump
Mundo
EUA terão grande operação contra imigração ilegal no 2º dia de mandato de Trump, diz jornal
Ação é esperada em Chicago, na terça-feira (21), segundo quatro fontes ouvidas pelo ‘Wall Street Journal’. Imigrantes com antecedentes criminais serão os principais alvos. Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos
Getty Images
Uma grande operação contra imigrantes ilegais deve ser desencadeada na terça-feira (21), nos Estados Unidos, segundo reportagem do jornal “The Wall Street Journal” publicada nesta sexta-feira (17). A ação acontecerá no segundo dia do mandato de Donald Trump como presidente.
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De acordo com a reportagem, quatro fontes com envolvimento no planejamento da operação afirmaram que os alvos serão imigrantes com antecedentes criminais na cidade de Chicago.
A operação será conduzida pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE, na sigla em inglês). Até 200 agentes devem participar das buscas.
Recentemente, o nomeado por Trump para ser o “czar da fronteira”, Tom Homan, afirmou que ações contra imigrantes ilegais começariam por Chicago.
“E se o prefeito de Chicago não quiser ajudar, ele pode sair do caminho. Mas, se ele nos impedir, se ele conscientemente abrigar ou esconder um imigrante ilegal, eu vou processá-lo”, afirmou, segundo o jornal.
A imprensa norte-americana reportou ainda que outras cidades podem ter a mesma operação, como Nova York. A equipe de transição de Trump não comentou o assunto até a última atualização desta reportagem.
O combate à imigração ilegal esteve no centro da campanha de Trump na corrida para as eleições presidenciais. O presidente eleito promete a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos.
É esperado que Trump publique uma série de ordens executivas assim que tomar posse com medidas contra a imigração. O presidente pretende enviar tropas para as fronteiras e retomar a construção do muro entre Estados Unidos e México.
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