Tecnologia
Por que o Japão só vai parar de usar disquetes em 2024
Até o mês passado, as pessoas ainda eram solicitadas a enviar documentos ao governo usando estes dispositivos de armazenamento ultrapassados. Os disquetes saíram de moda na década de 1990, à medida que soluções de armazenamento mais eficientes foram criadas
Getty Images via BBC
Demorou, mas o Japão finalmente disse adeus aos disquetes.
Até o mês passado, ainda se exigia que pessoas enviassem documentos ao governo usando dispositivos de armazenamento ultrapassados, com mais de mil regulamentações exigindo seu uso.
Mas estas regras foram finalmente eliminadas, segundo o ministro de Assuntos Digitais, Taro Kono.
Em 2021, Kono “declarou guerra” aos disquetes. E, na quarta-feira (3/7), quase três anos depois, ele anunciou: “Vencemos a guerra contra os disquetes!”
Kano estabeleceu como meta eliminar a tecnologia obsoleta desde que foi nomeado para o cargo. Ele também havia dito anteriormente que iria “se livrar do aparelho de fax”.
Outrora visto como uma potência tecnológica, o Japão ficou para trás na onda global de transformação digital dos últimos anos, devido a uma profunda resistência à mudança.
Por exemplo, os locais de trabalho continuaram favorecendo os aparelhos de fax em vez dos e-mails — planos anteriores para remover estes aparelhos dos escritórios públicos foram cancelados devido à resistência.
O anúncio foi amplamente discutido nas redes sociais japonesas — um usuário do X (antigo Twitter) chamou os disquetes de “símbolo de uma gestão anacrônica”.
“O governo ainda usa disquetes? Isso é tão ultrapassado… Acho que está cheio de pessoas idosas”, dizia outro comentário no X.
Outras postagens foram mais nostálgicas.
“Me pergunto se os disquetes vão começar a aparecer em sites de leilão”, escreveu um usuário.
Criados na década de 1960, os dispositivos quadrados saíram de moda na década de 1990, à medida que soluções de armazenamento mais eficientes foram criadas.
Um disquete de 3,5 polegadas (3 ½) é capaz de armazenar até 1,44 MB de dados. Seriam necessário mais de 22 mil destes discos para replicar um pendrive que armazena 32 GB de informação.
A Sony, última fabricante de disquetes, encerrou sua produção em 2011.
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Getty Images via BBC
Como parte da campanha tardia para digitalizar sua burocracia, o Japão lançou uma Agência Digital em setembro de 2021, liderada por Kono.
Mas as tentativas do Japão para se tornar digital podem não ser tão simples na prática.
Muitas empresas japonesas ainda exigem que os documentos oficiais sejam endossados com carimbos que equivalem a uma assinatura oficial, chamados hanko, apesar dos esforços do governo para eliminá-los gradualmente.
As pessoas estão desapegando destes carimbos muito lentamente, segundo o jornal local The Japan Times.
E só em 2019 que o último fornecedor de pager do país fechou seu negócio. O último assinante privado do serviço explicou que era o método de comunicação preferido da mãe idosa.
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Tecnologia
Doadores, Musk, Zuckerberg e Jeff Bezos irão à posse de Trump
Dono da Tesla e do X contribuiu para a campanha e atuará no novo governo, enquanto os CEOs da Meta e da Amazon doaram US$ 1 milhão para a cerimônia de posse do republicano, marcada para segunda-feira (20).
Elon Musk e Donald Trump antes de lançamento da nave Starship, em 19 de novembro
Brandon Bell/Pool via AP
Os CEOs das big techs Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg comparecerão à cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (20, segundo uma fonte familiarizada com o planejamento do evento informou à Reuters.
Os presidentes da Tesla, Amazon e Meta estarão em destaque na posse de Trump e ficarão sentados ao lado de nomes do primeiro escalão do governo do republicano e de outras autoridades eleitas, de acordo com a NBC News, que foi a primeira a informar sobre a presença deles.
Questionadas, as assessorias dos executivos não responderam aos pedidos de comentários feitos pela Reuters.
A Amazon, de Bezos, e a Meta, de Zuckerberg, estão entre as empresas que fizeram doações para a posse de Trump, cada uma doando US$ 1 milhão.
Já Musk, chefe da Tesla, SpaceX e X, gastou mais de 250 milhões de dólares para ajudar a eleger Trump na eleição de novembro. Ele terá um cargo no governo do republicano, comandando o novo Departamento de Eficiência Governamental ao lado de outro bilionário, Vivek Ramaswamy.
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Tecnologia
Celular, câmera e computador: museu de Tóquio oferece "flashback" de tecnologias antigas aos visitantes
Câmera fotográfica “Lily” de 1916 é a peça mais antiga na exposição. Visitantes podem interagir com os objetos. Visitantes no Extinct Media Museum em Tóquio no dia 11/01/2025
REUTERS/Irene Wang
Escondido em um canto do centro de Tóquio, o Extinct Media Museum (Museu de Mídia Extinta) faz jus ao nome.
De fitas de vídeo Betacam a disquetes e dispositivos antigos da Sony, o museu é uma vitrine de câmeras antigas e equipamentos de telecomunicação, incluindo uma câmera fotográfica “Lily” de 1916, fabricada no Japão, que é a peça mais antiga em exposição.
Em meio às prateleiras desordenadas do museu de três salas, visitantes como Mika Matsuda, de 59 anos, podem voltar ao passado e aos aparelhos que já foram usados no dia a dia.
“É fascinante não apenas para as gerações que não estão familiarizadas com esses itens, mas também para aqueles que viveram essa época”, disse Matsuda no último sábado.
“Ao ver essas peças, parece que estou tendo um flashback de nossas próprias vidas. Isso me fez lembrar de como as coisas eram naquela época — eu costumava me divertir tanto”, afirmou.
Inaugurado em janeiro de 2023, o museu foi fundado com a crença de que todos os equipamentos de mídia, exceto papel e pedra, acabarão “morrendo”, explicou a curadora adjunta do museu, Barbara Asuka.
Os itens, em sua maioria doados, são exibidos de forma que os visitantes possam pegá-los, incentivando uma experiência sensorial completa, acrescentou.
“Há muitas informações que podem ser obtidas ao segurá-los, como o cheiro”, disse Asuka.
“Queremos que os visitantes experimentem esses itens com todos os cinco sentidos, em vez de apenas olharem para a exposição através do vidro”, disse Asuka.
A curadora adjunta Barbara Asuka segura a câmera de videocassete VHS-C no Extinct Media Museum em Tóquio, Japão, em 11 de janeiro de 2025
REUTERS/Irene Wang
O horário de funcionamento do Extinct Media Museum varia, de acordo com o site, e a entrada geral custa cerca de 2.000 ienes (equivalente a R$ 76,83). Os ingressos para doadores e estudantes custam 1.000 ienes.
Modelos antigos de celulares são exibidos no Extinct Media Museum, em Tóquio, Japão, 11 de janeiro de 2025
REUTERS/Irene Wang
Modelos antigos de câmeras são exibidos no Extinct Media Museum, em Tóquio, Japão, 11 de janeiro de 2025
REUTERS/Irene Wang
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Tecnologia
Meta, dona de Facebook e Instagram, encerra programa interno de diversidade e inclusão
Decisão ocorre após a empresa anunciar o fim do seu programa de checagem de fatos e reduzir as políticas contra discurso de ódio e abuso nas redes. Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta
Getty Images via BBC
A Meta Platforms Inc., empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está encerrando seu programa interno de diversidade, equidade e inclusão, confirmou um porta-voz da empresa à agência Associated Press na sexta-feira (10).
O programa englobava contratação e treinamento de funcionários e seleção de fornecedores.
A decisão, antecipada pelo site Axios, ocorre na esteira do anúncio da Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos e reduzir as políticas contra discurso de ódio e abuso nas redes Facebook, Instagram e Threads. As alterações passam a permitir, por exemplo, que pessoas LGBTQIA+ sejam associadas a doenças mentais.
Segundo o Axios, a empresa enviou um memorando interno informando os funcionários sobre a decisão.
Na prática, a Meta não terá mais uma equipe focada em diversidade e agora “se concentrará em como aplicar práticas justas e consistentes que mitiguem o preconceito contra todos, não importando sua origem”.
A empresa também encerrará uma política nas contratações que estabelecia que um grupo diversificado de candidatos seria considerado para cada posição aberta.
No memorando, a Meta alegou que a Suprema Corte dos Estados Unidos “tomou decisões recentes sinalizando uma mudança na forma como os tribunais abordarão a DEI [política de diversidade, equidade e inclusão].”
“O termo ‘DEI’ também se tornou carregado, em parte porque é entendido por alguns como uma prática que sugere tratamento preferencial de alguns grupos em detrimento de outros”, acrescenta o texto.
Outras empresas que recentemente restringiram programas de diversidade nos EUA incluem o McDonald’s e a montadora Ford, bem como o Walmart e a fabricante de equipamentos agrícolas John Deere.
A Amazon também disse que está interrompendo alguns de seus programas DEI, mas não especificou quais.
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Mudanças na moderação de conteúdo
O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou na semana passada o fim da checagem dos posts por terceiros no Facebook, Instagram e Threads (assista abaixo). Em seu lugar, a empresa vai adotar as “notas de comunidade”, em que os próprios usuários fazem correções — recurso similar ao utilizado pelo X, de Elon Musk.
Zuckerberg ainda afirmou que os verificadores “tem sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram” e mostrou discurso alinhado com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20.
No mesmo dia, a Meta atualizou a sua política contra os discursos de ódio, liberando diversos comportamentos que antes eram proibidos nas plataformas.
As diretrizes, que também valem para o Brasil, passaram a permitir, entre outros pontos, que termos referentes a doenças mentais sejam associados a gênero ou orientação sexual.
“Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade”, diz o texto com as novas diretrizes.
Outro ponto que passa a ser permitido é dizer que pessoas LGBTAQIA+ ou mulheres não podem praticar determinados esportes, participar de ligas esportivas ou frequentar determinados banheiros ou escolas.
“[São proibidas publicações que contêm] Exclusão social, no sentido de negar acesso a espaços (físicos e online) e serviços sociais, com exceção de exclusões baseadas em sexo ou gênero em espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio, e escolas específicas”, afirma o texto.
A atitude da Meta repercutiu em grupos como a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a empresa. “Essa medida representa um grave retrocesso, violando direitos fundamentais e fortalecendo a transfobia e o ódio online”, disse a Antra.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também reagiu, ingressando com notificação extrajudicial para que a Meta informe, até esta segunda-feira (13), como garantirá o cumprimento legal da obrigação de combater crimes como racismo e homofobia em suas plataformas.
Principais mudanças anunciadas pela Meta:
a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos (“fact checking”, em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função;
em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade.
para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa;
em casos de conteúdos considerados como de “menor gravidade”, os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às “notas da comunidade” do X;
Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política;
a equipe de “confiança, segurança e moderação de conteúdo” deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).
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