Tecnologia
'Me tornou mais independente': primeiro paciente da Neuralink conta como é ter chip no cérebro
Noland Arbaugh usa implante que permite controlar um computador com o pensamento. Empresa de Elon Musk recebeu permissão nos Estados Unidos e já pode fazer implante em segundo paciente. Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral
A primeira pessoa a receber o chip cerebral da Neuralink, do bilionário Elon Musk, tem apenas 15% dos conectores em funcionamento. Os demais se soltaram do cérebro, o que obrigou a empresa a “recalibrar” seu sistema para que o paciente siga usando o aparelho.
A falha já havia sido revelada pela Neuralink no início do mês, mas foi detalhada na última quarta-feira (22) no The New York Times. Segundo o jornal, a empresa ajustou o sistema do chip para o paciente voltar a controlar um computador usando seus pensamentos.
Noland Arbaugh, que perdeu o movimento abaixo do pescoço após bater a cabeça ao mergulhar em um lago, se candidatou para receber o chip nos testes da empresa de Musk. Mas admitiu que teve medo depois de ser escolhido como o primeiro a receber o implante.
“Sou tetraplégico e tudo que eu realmente tenho é meu cérebro. Então, deixar alguém mexer lá e bagunçar é um grande compromisso. Eu queria ajudar e não queria deixar meus medos atrapalharem isso”, disse Arbaugh à Wired.
Ele tem a opção de deixar o estudo e retirar o implante no início de 2024, mas disse que espera seguir trabalhando com a Neuralink – a empresa de Musk afirma que terminará o estudo em cerca de seis anos.
“[O chip] me tornou mais independente e isso ajuda não só a mim, mas todos ao meu redor. Me faz sentir menos desamparado e menos um fardo”, disse. “Além de estar curado, acredito que o que a maioria dos tetraplégicos deseja é independência”.
A Neuralink já pode implantar seu chip em uma segunda pessoa, depois de receber autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), autoridade sanitária dos Estados Unidos. Confira abaixo como está o primeiro paciente da empresa de chips de Elon Musk.
Nolan Arbaugh foi a primeira pessoa a receber um implante do chip da Neuralink, do bilionário Elon Musk
Reprodução/Neuralink
Quem é Noland Arbaugh?
Noland Arbaugh nasceu em Yuma, cidade do Arizona com cerca de 100 mil habitantes. E trabalhava como monitor de acampamento em 2016, quando sofreu uma lesão de medula espinal no mergulho em um lago.
Ele disse à imprensa dos EUA que bateu sua cabeça em algo e, então, sentiu seu corpo afundar. Após voltar a superfície, não conseguia mais movimentar braços e pernas. Desde então, ele usa cadeira de rodas para se deslocar.
E, até receber o chip da Neuralink, Arbaugh não achou bons dispositivos para ajudar pessoas com paralisia a controlarem outros aparelhos. A saída era pedir que alguém colocasse um bastão em sua boca que o ajudava a usar um tablet.
Antes do implante da Neuralink, Noland Arbaugh precisava usar bastão na boca para usar aparelhos eletrônicos
Reprodução/Neuralink
Em 2023, um amigo contou a Arbaugh sobre o teste que a Neuralink faria em humanos e o incentivou a se inscrever. O processo até a confirmação levou um mês e envolveu várias entrevistas e uma bateria de exames médicos.
“Durante todo esse processo, eles me disseram que, a qualquer momento, se eu não atendesse a um dos critérios, eles seguiriam em outra direção”, disse Arbaugh.
“Tentei diminuir qualquer expectativa porque não queria ter muita esperança e me decepcionar. Foi difícil não ficar animado, mas acho que precisava disso para me manter com os pés no chão durante todo o processo”.
Como é o chip cerebral que a Neuralink implantou em Noland Arbaugh
‘Me olham com estranheza’: como é ter um chip implantado na mão
Como foi implantar o chip?
Aprovado, Arbaugh passou por uma nova rodada de testes no hospital em que faria o implante. Foram cerca de oito horas até completar exames de sangue e urina, bem como análises em seu cérebro.
“Se alguma coisa mudasse [em termos cognitivos], eles poderiam saber como eu estava quando comecei. Foi um longo dia”, disse.
Neuralink, do bilionário Elon Musk, realizou bateria de exames antes de implantar chip em seu primeiro paciente
Reprodução/Neuralink
O implante envolveu o corte de um pequeno círculo em seu crânio e a colocação do chip, que tem o tamanho de uma moeda (veja ao final como o chip funciona).
O chip Telepathy, da Neuralink, é uma interface cérebro-computador, ou seja, ele analisa sinais cerebrais e os transforma em comandos para outro dispositivo eletrônico.
Mas, para funcionar, ele deve ser calibrado: Arbaugh teve que pensar repetidas vezes em movimentos como mexer os dedos para os lados e apertar em botões. Ainda que ele não consiga se movimentar, seu cérebro emite sinais que são lidos pelo chip.
Ele disse que o chip é muito intuitivo e permite usar vários aplicativos em seu computador ao mesmo tempo, sem muito esforço para a navegação. “O que estou pensando o tempo todo é exatamente onde quero que o cursor vá”.
Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo
Noland Arbaugh, durante demonstração de chip da Neuralink
Reprodução/Neuralink
Fios se soltaram: e agora?
Arbaugh percebeu que algo estava errado com o implante quando perdeu o controle total que tinha sobre os movimentos do cursor do computador. No início, ele acreditou que a Neuralink poderia ter feito uma mudança no programa em que o chip se baseia.
Mas a maioria dos fios do implante havia se soltado do cérebro. “Não sabia que isso era possível. Não acho que eles já tinham visto isso em um dos testes com animais”, disse Arbaugh. “Nunca foi previsto que isso aconteceria em mim”.
Para contornar isso, a Neuralink atualizou o sistema para que ele ficasse sensível a sinais cerebrais mais sutis. A empresa avaliou que a situação tinha se estabilizado e não recomendou uma nova cirurgia para reconectar os fios.
E o paciente também percebeu que seu controle sobre o cursos melhorou após a atualização. “Foi apenas um pequeno ajuste que eles fizeram no lado do software e, a partir desse ponto, as coisas foram melhorando cada vez mais”.
Com a autorização nos EUA para um segundo implante, a empresa de Elon Musk já pode testar melhorias para seu chip em outro paciente, mas ainda não revelou se já escolheu um candidato.
LEIA TAMBÉM:
GPT-4o: ChatGPT evolui e fica mais rápido para ouvir, conversar e descrever objetos
Empregada doméstica usa Google Maps para provar vínculo com patrões
O que são chaves de acesso e por que elas podem pôr fim ao login com senha em apps e redes sociais
Saiba mais sobre o chip da Neuralink
Chip no cérebro anunciado por Elon Musk é marketing ou inovação?
Chip da Neuralink
Arte/g1
Tecnologia
TikTok fora do ar nos EUA: entenda a situação da rede social chinesa
Lei obrigava aplicativo a vender suas operações no país se quisesse continuar funcionando. Decisão final será de Donald Trump, que toma posse na segunda (20) como presidente dos EUA e já sinalizou que vai adiar suspensão da plataforma. O TikTok saiu do ar nos Estados Unidos na madrugada deste domingo (19). A rede social ficou indisponível para usuários norte-americanos devido a uma lei federal que força a plataforma a vender sua operação no país.
Em notificações enviadas aos usuários, o aplicativo avisou que ficará temporariamente indisponível por causa da legislação norte-americana.
“Uma lei banindo o TikTok entrou em vigor nos Estados Unidos. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok agora”, diz o texto.
A decisão ficará com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda (20) e sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país.
O g1 traz um resumo com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo.
Por que os EUA querem banir o TikTok?
O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.
O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, nega a acusação.
O que diz a lei sancionada em 2024?
A lei, que foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Joe Biden em abril de 2024, deu um prazo até este domingo (19) para que o app chinês encontrasse um comprador para sua operação nos EUA.
Se ele não fosse cumprido, o app seria banido no país, o que inclui a remoção das lojas de aplicativos e o bloqueio de atualizações.
Qual foi a decisão da Suprema Corte dos EUA?
Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a lei é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido ao tribunal contestando a legislação.
O que deve acontecer agora?
Apesar da suspensão, ainda há expectativas sobre o retorno da plataforma nos próximos dias. Donald Trump toma posse amanhã e indicou que vai adiar a proibição do aplicativo por 3 meses.
“A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado”, disse Trump, em entrevista à NBC. “Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira”, completou.
Ao comunicar aos usuários que estava fora do ar, o TikTok disse que Trump trabalhará com a empresa que o aplicativo volte ao ar.
Além do TikTok, outros aplicativos desenvolvidos pela empresa chinesa ByteDance também saíram do ar. Dentre eles está o CapCut e o Lemon8.
O que a Casa Branca diz?
A Casa Branca avisou na sexta que a decisão sobre a implementação da lei ficaria a cargo de Donald Trump. Questionado por repórteres no mesmo dia, Biden confirmou que é o presidente eleito quem decidirá sobre o tema.
Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos?
Qual a repercussão da decisão no país?
Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma.
Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa “Pequeno Livro Vermelho” em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico.
O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.
Logo TikTok e bandeira dos Estados Unidos ao fundo
Getty Images
Tecnologia
Turista argentino justifica uso de bloqueador contra caixa de som em praia: 'Falta de consideração em locais públicos'
Homem usou uma espécie de bloqueador de sinal Bluetooth para ‘desligar’ caixa de som. Especialistas explicam que aparelho apresenta riscos e que seu uso e venda sem autorização da Anatel são ilegais. Dispositivo usado por argentino para silenciar caixa de som em praia é ilegal no Brasil
Reprodução/X
O vídeo de um turista argentino, identificado como Roni Bandini, “desligando” uma caixa de som em uma praia viralizou nas redes sociais na última terça-feira (14).
“Para mim, o que importa é a poluição sonora, a falta de consideração pelos outros em locais públicos e o uso da tecnologia para enfrentar os aspectos negativos da própria tecnologia”, disse ao g1.
Bandini utiliza um tipo de bloqueador de sinal para interromper a conexão entre o celular e a caixa de som. No X, ele afirma ter criado o dispositivo e revela planos de comercializá-lo.
No entanto, esse tipo de aparelho não é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comercialização ou uso no Brasil, a não ser em casos envolvendo órgãos públicos específicos (veja as exceções ao final da reportagem).
Por isso, de maneira geral, sua venda e uso são proibidos no país, segundo um especialista em tecnologia e segurança consultado pelo g1 (entenda abaixo).
Initial plugin text
TikTok confirma que ficará fora do ar nos EUA no domingo se Biden não suspender lei
“O aparelho mostrado no vídeo emite um sinal Bluetooth intenso na direção da caixa de som, gerando interferência na comunicação com o celular. Essa interferência impede que a caixa receba o sinal do celular com qualidade e o decodifique para reproduzir o som da música, resultando no silêncio”, explica Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks.
Questionado sobre a possibilidade de o equipamento bloquear caixas de som com CDs e pendrives conectados, ou rádios FM sintonizados, o turista afirma que isso não é possível.
Isso ocorre porque o dispositivo funciona exclusivamente como um bloqueador de sinal Bluetooth, ou seja, é necessário que haja uma comunicação por ondas entre o celular e a caixa de som para que o aparelho tenha efeito.
O que é o aparelho e por que ele é ilegal no Brasil?
Aparelho usado por turista para “desligar” caixas de som Bluetooth
Reprodução/Medium
Em uma publicação na plataforma Medium, o turista reconhece que o uso do aparelho pode interferir em outros equipamentos que operam na frequência de 2,4 GHz e admite que, dependendo do país, “afetar o funcionamento desses dispositivos pode ser ilegal”.
Dispositivos de Wi-Fi, automação residencial (IoT), telefones sem fio, consoles de videogame e drones são alguns dos aparelhos que usam a frequência de 2,4 GHz para se comunicar.
“Essa técnica, conhecida como jamming, consiste em dificultar ou interromper comunicações sem fio ao gerar uma forte interferência na mesma frequência utilizada pelos dispositivos. O equipamento responsável por essa interferência é chamado de jammer”, explica Ayub.
Segundo ele, um jammer não é um aparelho homologado, o que torna sua venda proibida no Brasil.
Essa tecnologia esteve no noticiário recentemente no caso da aeronave da Embraer, abatida no Cazaquistão, no dia 25 de dezembro de 2024. Com mais de 60 pessoas a bordo, o avião sofreu interferência no GPS e oscilou de altitude por 74 minutos, apontou o site de monitoramento Flighradar24.
Segundo Ayub, forças militares fazem jamming de GPS para dificultar a comunicação de mísseis e drones com o satélites de geolocalização e impedir o voo desses equipamentos bélicos.
O especialista explica que, de acordo com a legislação vigente no Brasil, a compra, venda, entrada no país e uso de qualquer aparelho que emita sinal Bluetooth devem ser homologados pela Anatel.
Atualmente, inúmeros dispositivos usam comunicação Bluetooth e precisam de homologação na Anatel. Alguns deles são celulares, fones de ouvido, teclados e mouses sem fio, relógios inteligentes, câmeras fotográficas e filmadoras, drones, entre outros.
“Esse regulamento tem como intenção justamente impedir que aparelhos diferentes criem interferência entre si”, completa o especialista.
Especialmente nas grandes cidades, onde há muitos dispositivos de telecomunicações, esses bloqueadores de frequência podem afetar, mesmo que não intencionalmente, o funcionamento de aparelhos importantes e causar consequências graves, alerta Gabriel Gomes de Oliveira, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).
“Por isso, existe uma preocupação, em regulamentar, para que outros serviços, inclusive serviços de extrema necessidade, não apresentem falhas, não sejam afetados”, diz.
Questionada pelo g1 sobre o tema, a Anatel destacou a Resolução n° 760, que estabelece que apenas algumas entidades públicas podem usar esse tipo de tecnologia (que bloqueia sinais de radiocomunicações), desde que com a anuência da Anatel. São elas:
Presidência da República;
gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
Ministério da Defesa;
Ministério da Justiça e Segurança Pública;
Ministério das Relações Exteriores;
Forças Armadas;
Agência Brasileira de Inteligência;
órgãos de Segurança Pública de que trata o art. 144 da Constituição Federal (algumas polícias);
órgãos de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal;
órgãos de Administração Penitenciária dos Estados e do Distrito Federal.
LEIA TAMBÉM:
Possível bloqueio do TikTok leva usuários dos EUA a migrar para app chinês; conheça o RedNote
Como excluir conta no Facebook, Instagram, WhatsApp, X e TikTok
Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos
Meta anuncia fim dos filtros de stories do Instagram criados por terceiros
Quais foram os youtubers que mais cresceram no Brasil em 2024?
Tecnologia
RedNote: conheça o app chinês que está ganhando fãs nos EUA com o possível bloqueio do TikTok
Com vídeos curtos e uma loja on-line integrada, o RedNote conquistou 300 milhões de usuários e agora recebe americanos em busca de alternativas ao TikTok. RedNote
Anna KURTH / AFP
Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma, previsto para o próximo domingo (19) (veja abaixo as principais diferenças entre as redes).
Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa “Pequeno Livro Vermelho” em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico.
O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.
A maioria dos usuários é composta por mulheres jovens que utilizam a plataforma como um mecanismo de busca para recomendações de produtos, viagens, restaurantes, além de tutoriais de maquiagem e cuidados com a pele, segundo a agência Associated Press.
O g1 verificou que o RedNote é atualmente o aplicativo mais baixado nos EUA tanto na App Store (iPhone) quanto na Play Store (Android).
Com o possível bloqueio do TikTok, a hashtag “TikTokRefugee” (“Refugiado TikTok”, em tradução livre) tinha mais de 100 milhões de visualizações no RedNote até a noite de terça-feira (14).
Principais diferenças entre TikTok e RedNote
RedNote à esquerda e TikTok à direita
Reprodução
As duas redes possuem visuais bastante semelhantes e, assim como no TikTok, não é necessário ter uma conta para assistir aos vídeos. O RedNote também permite curtir, comentar, salvar e compartilhar conteúdos.
Inicialmente chamado de “Guia de Compras de Hong Kong”, o Xiaohongshu tinha como público-alvo turistas chineses em busca de recomendações de produtos fora do continente.
A principal diferença entre ele e o TikTok é a organização da página inicial: no TikTok, ela é chamada de “For You” (“Para você”, em inglês), enquanto no RedNote, a primeira página exibida é “Explorar”, com conteúdos selecionados para o usuário. Já a versão da “For You” no RedNote é chamada de “Trends” e destaca os vídeos mais populares.
Os conteúdos também são bastante semelhantes, com vídeos curtos e foco no humor. No RedNote, há uma aba que organiza os temas das publicações, como moda, comida, cosméticos, viagens, jogos, dança, filmes, diversão, entre outros.
Vídeos recomendados e loja on-line do RedNote
Reprodução
A plataforma tem menos censura que outras, segundo a agência AFP. Ele é o lar de usuários que postam conteúdo LGBTQIA+ ou discutem aspectos positivos de mulheres solteiras, que geralmente são tópicos delicados na China.
Assim como muitos aplicativos chineses, o RedNote funciona como uma plataforma “tudo em um”. Diferentemente do TikTok, que se concentra exclusivamente no conteúdo, o RedNote ainda oferece uma loja on-line, onde é possível comprar diversos itens, desde roupas até móveis.
Chineses têm aprovado chegada dos americanos
Os usuários chineses do Xiaohongshu têm acolhido os novos usuários americanos, com alguns se oferecendo para ensiná-los chinês, segundo a Associated Press.
Outros compartilham dicas sobre como navegar na internet chinesa, alertando para evitar mencionar ou discutir temas politicamente sensíveis, que podem ser censurados.
Em alguns casos, os estudantes chineses pediram ajuda aos americanos com a lição de casa de inglês.
LEIA TAMBÉM:
Trump cogita decreto para suspender banimento do TikTok nos EUA, diz jornal
Dispositivo usado por turista argentino para silenciar caixa de som em praia é ilegal no Brasil
O que são as notas de comunidade que a Meta quer implementar?
Quem é o dono do RedNote
Ícones dos aplicativos Xiaohongshu e TikTok são vistos na tela de um smartphone.
AP / Andy Wong
Segundo a agência Reuters, o aplicativo foi cofundado por Miranda Qu, e pelo atual presidente, Charlwin Mao, CEO da empresa.
Charlwin Mao possui uma fortuna estimada em cerca de 18 bilhões de yuans (US$ 2,5 bilhões), enquanto Miranda Qu acumula 12 bilhões de yuans (US$ 1,6 bilhão), de acordo com a lista de ricos da Hurun, na China.
O RedNote é considerado uma potencial candidato a abrir capital na bolsa (IPO), segundo a Reuters. Entre seus acionistas estão os gigantes chineses da tecnologia Alibaba e Tencent, o investidor estatal de Cingapura Temasek, além de empresas de capital de risco como GSR Ventures, DST Global e GGV Capital.
Meta anuncia fim dos filtros de stories do Instagram criados por terceiros
Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos
WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar
-
Mundo1 semana ago
Vendas da Volkswagen diminuem em 2024, especialmente na China
-
Tecnologia1 semana ago
Suprema Corte dos EUA examina se proibição do TikTok no país viola liberdade de expressão
-
Pop1 semana ago
Alec Baldwin processa promotores e policiais após anulação de julgamento por disparo em 'Rust'
-
Tecnologia1 semana ago
Aspirador que recolhe suas bagunças, anel com 'ChatGPT' integrado e mais: as inovações que marcaram a CES 2025
-
Mundo1 semana ago
Antes e depois em FOTOS: o pior incêndio da história de Los Angeles
-
Pop5 dias ago
Eventos de posse de Trump terão apresentações de Village People e Carrie Underwood
-
Pop1 semana ago
'BBB25': Conheça as três duplas que concorrem à última vaga para o reality
-
Tecnologia1 semana ago
Governo cobra explicações da Meta sobre mudanças na política de moderação de plataformas no Brasil