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Representatividade asiática em Hollywood vive era de ouro com 'Avatar', 'Xógum' e 'O problema dos 3 corpos'

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Papéis importantes para atores no cinema e na TV americanos cresceram de 3% a 16% em 15 anos: ‘Não é mais uma grande competição na qual só há um vencedor’. “Avatar: O último mestre do ar”, “Xógum: A gloriosa saga do Japão”, “O simpatizante”, “O problema dos 3 corpos” são quatro das maiores séries americanas de 2024. Elas são também bons exemplos da grande era de ouro da representatividade asiática que vive Hollywood.
Todas têm elencos formados em sua maioria por atores asiáticos, são protagonizadas e têm showrunners (produtores que criam, escrevem e comandam a obra) da mesma origem e são consideradas grandes apostas de seus respectivos estúdios (duas da Netflix, uma da Disney e outra da HBO).
E a explosão na representatividade deste grupo em Hollywood não fica limitada à TV ou plataformas de streaming. O grande vencedor do Oscar 2023, “Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo”, conseguiu sete estatuetas com sua história sobre uma família de imigrantes chineses envolvida em uma aventura pelo multiverso.
O ator sul-coreano Paul Sun-Hyung Lee, de “Avatar”, comemora a boa fase.
“Não é só a representação na frente das câmeras, mas atrás também. E há uma atenção aos detalhes e um desejo real por autenticidade, pela experiência de vida, e por fazer do jeito certo”, diz ele em entrevista ao g1.
“Não é alguém de fora das culturas contando essas histórias, mas alguém de dentro, que quer desenvolver esses mundos da maneira apropriada. Isso é mais que uma modinha. É um movimento de verdade.”
Arden Cho, Dallas Liu e Paul Sun-Hyung Lee em cena de ‘Avatar: O último mestre do Ar’
Robert Falconer/Netflix
Se esses exemplos não são o bastante, um estudo do Norman Lear Center e da ONG Gold House divulgado em 2023 pode ajudar. Ao analisar cem dos principais filmes e séries em plataformas de vídeos, a pesquisa aponta um crescimento no número de papés importantes interpretados por asiáticos de 3% a 16% entre 2007 e 2022.
Mais do que isso, a análise também diz que esses personagens cada vez se encaixam menos em estereótipos como “o estrangeiro” ou “o herói trágico”.
“É legal ver esses marcadores claros de progresso. Não dá para dizer que já chegamos lá, ainda há um caminho longo pela frente, mas esses são passos positivos”, diz o sul-coreano Daniel Dae Kim, que interpreta o grande vilão de “Avatar”.
“Tanto ‘Xógum’ quanto ‘Avatar’ tiveram adaptações anteriores. As duas versões atuais são reflexos direto dos tempos em que vivemos. Você pode ver as diferenças do começo ao fim em ambos os casos.”
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens sobre a força da Ásia na cultura pop. Com novo boom dos animes, empresas investem em dublagem e no combate à pirataria. Hollywood responde com mais representatividade asiática em filmes e séries.
No VÍDEO abaixo, entenda por que os animes são mais populares do que nunca no Brasil
Brasil é 3º mercado de animes fora do Japão e da China
O nascimento de uma era
Não é difícil estabelecer um ponto de inflexão nesse movimento. Com um orçamento estimado em US$ 30 milhões, a comédia romântica “Podres de ricos” americana arrecadou US$ 230 milhões em bilheterias ao redor do mundo em 2018 – para provar que elencos majoritariamente asiáticos conseguem atrair o público.
Desde então, Hollywood passou a olhar para o grupo com outros olhos. Filmes como “Minari” (2020) e “O tigre branco” (2021) conseguiram sucesso com a crítica. Já outros, como “Para todos os garotos que amei”, conquistaram o público.
“Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo” (2022), é claro, acertou os dois alvos.
Há outros fatores também, é claro. Com orçamentos cada vez mais inflados, os estúdios são cada vez mais dependentes da arrecadação “estrangeira” – como chamam as bilheterias de fora dos Estados Unidos e do Canadá.
Stephanie Hsu, Ke Huy Quan, Michelle Yeoh e James Hong em cena de ‘Tudo em todo lugar ao mesmo tempo’
Divulgação
Para atrair mercados como a China, então, produtores abrem seus elencos para personagens que pareçam menos com o americano ou o europeu padrão.
Na via oposta, o sucesso de produções coreanas – como o do grande vencedor do Oscar 2020, “Parasita”, ou de séries popularizadas em plataformas de alcance mundial – também ajuda a acelerar mudanças.
“Agora nem parece o ambiente de quando eu comecei, de forma alguma. Sabe, eu tenho um filho de 8 anos. Pela primeira vez, consigo vê-lo se vendo nas coisas às quais ele assiste”, afirma o ator americano Ken Leung, também de “Avatar”, filho de chineses.
“No Halloween, ele não precisa se fantasiar como um personagem interpretado por um cara branco. Ele pode ser um personagem interpretado por um asiático. Isso, para mim, é tudo.”
Fim da competição
Entre as séries hollywoodianas dos últimos anos, a participação asiática se torna cada vez mais notável. Adaptação de um best-seller do britânico James Clavell, “Xógum” não tem apenas uma co-showrunner de família japonesa, Rachel Kondo, mas também alistou seu grande astro como um dos produtores executivos.
“Às vezes acontecem equívocos com a nossa cultura. Ou alguns públicos amam personagens japoneses estereotipados ou hábitos, coisas assim. Mas, no século 21, eu queria consertar tudo isso para a nossa geração”, diz o ator Sanada Hiroyuki, que fez questão de participar dos esforços pela autenticidade da produção.
“Eu tentava corrigir nossa cultura em cada filme ou série de TV, mas sentia os limites para dizer algo como ator. Por isso que, dessa vez, eu tenho o título de produtor. Tem um significado muito grande para mim.”
Sanada Hiroyuki e Anna Sawai em cena de ‘Xógum’
Divulgação
Bem recebida pelo público e pela crítica, “Xógum” definitivamente é parte de um movimento. “Avatar” é a versão com atores do desenho da Nickelodeon com forte inspiração em culturas asiáticas e indígenas.
Em “O simpatizante”, o celebrado cineasta sul-coreano Park Chan-Wook (“Oldboy”) adapta o best-seller de mesmo nome do vietnamita americano Viet Thanh Nguyen.
Para realizar “O problema dos 3 corpos”, baseado no sucesso literário do chinês Liu Cixin, a dupla de “Game of thrones”, David Benioff e D. B. Weiss, não apenas convocou Alexander Woo (“True Blood”) como co-showrunner, mas manteve grande parte do elenco asiático – mesmo depois de dar uma ambientação mais global para a história.
“Tem sido fantástico ver as pessoas recebendo oportunidades nessas séries. Esse elemento, a autenticidade de acertar ao permitir que os asiáticos sejam os protagonistas em suas próprias histórias em suas próprias culturas, é muito importante”, fala o ator britânico Benedict Wong. Filho de imigrantes de Hong Kong, ele interpreta um dos personagens mais marcantes da ficção científica.
Para uma nova geração de atores, esse aumento em papéis interessantes também tem outro significado.
“Tenho tantos amigos que também são atores asiáticos e mestiços. Há esse sentimento de que eu não preciso ser tão competitiva com eles, de que todos nós podemos ter sucesso”, afirma Lizzy Yu. Aos 21 anos, ela ainda está em seu terceiro papel, como a princesa Azula em “Avatar”.
“Vocês podem ficar felizes uns pelos outros”, diz Leung.
“Isso, finalmente podemos sentir que essa não é mais uma grande competição na qual só há um vencedor. É realmente maravilhoso.”
Liam Cunningham e Benedict Wong em cena de ‘O problema dos 3 corpos’
Ed Miller/Netflix

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Pop

Village People, atração da posse de Trump, é ícone da disco music e da cultura gay com hit 'Y.M.C.A.'

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Grupo e a cantora Carrie Underwoood são as atrações musicais do evento de posse de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, nesta segunda-feira (20). Villge People
Reprodução/Facebook
O grupo Village People e cantora country Carrie Underwood serão as atrações musicais do evento de posse de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, nesta segunda-feira (20).
Formado em 1977, o Village People começou a fazer sucesso na era da disco music, sobretudo nos anos 80. Além das músicas dançantes e coreografadas (“Y.M.C.A.”, “Macho Man”, “In the Navy”), o grupo ficou conhecido por seus figurinos e performances extravagantes.
Os membros do grupo costumam se vestir como um personagem da cultura americana. Os integrantes se apresentam trajados como um policial, um indígena, um motociclista, um cowboy, um operário da construção civil e um soldado, enquanto dançam e cantam nos shows.
O grupo também tem um impacto significativo na comunidade LGBTQ+, sendo frequentemente celebrado como ícones da cultura gay.
Elon Musk e Donald Trump dançam ‘YMCA’ juntos em celebração de Ação de Graças
Reprodução/Redes sociais
O convite para a posse de Trump gerou controvérsia, mas o vocalista Victor Willis disse que a ideia é usar canções como “Y.M.C.A.” para “ajudar a unir as pessoas”. Trump dançou a música diversas vezes durante a campanha presidencial, o que fez o hit voltar às paradas.
Em quase 50 anos de carreira, o Village People lançou dez álbuns e teve várias mudanças em sua formação. Entre idas e vindas de membros, 28 pessoas já passaram pelo Village People.
Em 1980, o grupo estrelou o filme musical “Can’t Stop the Music”, mas sem o mesmo sucesso e impacto da carreira musical.
Com temperaturas congelantes, Washington se prepara para posse de Trump na 2ª-feira

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Pop

Gildinho foi Monarca que se tornou rei e voz das tradições musicais gaúchas

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Morte do artista, há uma semana, joga luz sobre obra de cantor e músico que fez história em mercado autossustentável, ‘longe demais das capitais’. Gildinho (1942 – 2025) deixa legado como vocalista, acordeonista e fundador do grupos Os Monarcas, criado em 1972 por ele com o irmão Chiquito
Reprodução
♫ MEMÓRIA
♪ Nascido em 18 de janeiro de 1942 em Soledade (RS), município do interior do estado do Rio Grande do Sul, Nésio Alves Corrêa por pouco não teve tempo de festejar os 83 anos que completaria hoje. No sábado passado, 11 de janeiro de 2025, o cantor e acordeonista gaúcho saiu de cena.
Internado em hospital de Porto Alegre (RS), Gildinho – como o artista era conhecido no universo musical dos Pampas – morreu em decorrência de câncer, tendo sido velado e enterrado em Erechim (RS), cidade onde nasceu como artista na década de 1960 em programas de rádio do município.
Gildinho fica imortalizado na cena local como uma voz que ajudou a perpetuar as tradições musicais gaúchas como vocalista, músico e criador do grupo Os Monarcas, fundado por Gildinho em 1972 com o irmão Francisco Alves Corrêa, o Chiquito, com quem formara em 1967 a dupla Gildinho & Chiquito, embrião do conjunto.
Assim como Chiquito, Gildinho é nome pouco familiar para quem vive fora das fronteiras do Rio Grande do Sul. Vale até usar a expressão-clichê longe demais das capitais – cunhada por Humberto Gessinger em 1986 no título do primeiro álbum da banda Engenheiros do Hawaii – para se referir ao trabalho do grupo Os Monarcas, de alcance restrito ao sul do Brasil. Até porque o mercado de música gaúcha sempre foi autossustentável e nunca dependeu do aval de outros estados do país.
Criado em 1972 e atuante desde 1974, o grupo começou a engrenar na década de 1980 e alcançou o auge nos anos 1990, década de álbuns bem-sucedidos comercialmente como Cheiro de galpão (1991) e Eu vim aqui para dançar (1994).
Nos rincões gaúchos, o grupo Os Monarcas foi rei. O conjunto animava os bailes com o repertório de vaneras, vaneirões, chamamés, milongas, rancheiras, bugios e chimarritas, entre outros ritmos da música tradicional gaúcha.
Gildinho – cujo apelido veio da predileção de Nésio pelas músicas de Gildo de Freitas (1919 – 1982), compositor gaúcho identificado com a música nativista da região sul – conquistou a realeza nesse universo musical regional pela coerência nos 60 anos de carreira. Por isso, a morte do artista – a exatamente uma semana de completar 83 anos – foi tão sentida pelo povo do Rio Grande do Sul.

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Pop

'Maria Callas' decepciona com cinebiografia fraca e traz Angelina Jolie acima do tom; g1 já viu

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Atriz que pode ser indicada ao Oscar fez preparação vocal para cantar músicas interpretadas pela diva da ópera. Filme encerra trilogia do diretor Pablo Larraín, de ‘Jackie’ e ‘Spencer’, sobre ícones femininos “Maria Callas”, filme que estreou nesta quinta-feira (16), propõe mostrar como foram os últimos dias da famosa cantora lírica que, para muitos, é a definição de diva da música clássica. Pena que o longa não está à altura da biografada, que já foi tema de várias produções. O resultado é pouco cativante.
Embora tenha qualidades — especialmente em partes técnicas como fotografia, figurino e direção de arte —, o filme peca em tornar a personagem-título uma pessoa desinteressante, com uma narrativa que não empolga o suficiente. Que dirá, então, para quem quer saber quem foi a cantora intérprete que tem uma legião de fãs até hoje.
Ambientada principalmente em Paris, na França da década de 1970, a trama acompanha Maria Callas (Angelina Jolie) em uma espécie de exílio, com apenas a companhia de seus dois empregados, Ferruccio (Pierfrancesco Favino) e Bruna (Alba Rohrwacher).
Sem se apresentar há anos, Maria decide voltar a cantar, mas enfrenta problemas com sua voz, que já não alcança as notas das óperas que interpretava no passado. Enquanto isso, ela relembra de episódios de sua vida, sobretudo do período difícil em que viveu na Segunda Guerra Mundial e de seu relacionamento problemático com o magnata grego Aristóteles Onassis (Haluk Bilginer).
Assista ao trailer do filme “Maria Callas”
Passarinho na gaiola
“Maria Callas” é o terceiro filme dirigido por Pablo Larraín sobre mulheres icônicas. Antes, ela tinha realizado “Jackie” (2016), no qual Natalie Portman interpretou Jacqueline Kennedy , e “Spencer” (2021), em que Kristen Stewart personificou a Princesa Diana. Enquanto esses longas chamaram a atenção por mostrarem de forma original e inusitada a vida dessas personalidades, a terceira e última parte dessa trilogia, infelizmente, é a mais fraca de todas.
O diretor chileno se mostra pouco inventivo aqui. Fez uma cinebiografia que é, durante boa parte, bem tradicional e sem grandes momentos marcantes, replicando uma fórmula desgastada. Há uma ou outra cena que sai do convencional, como a que Maria caminha pelos arredores da Torre Eiffel e vê pessoas cantando — inicialmente de forma amistosa e, depois, intimidadora indo em sua direção.
Maria (Angelina Jolie) se encanta por Artistotle Onassis (Haluk Bilginer) numa cena de ‘Maria Callas’
Divulgação
Para piorar, o roteiro de Steven Knight, que volta a trabalhar com Larraín após “Spencer”, é bem problemático por diversos motivos. Um deles é que ele não consegue criar um perfil mais completo sobre Callas, preferindo pular de situação para situação, sem ter uma maior coesão, o que torna superficiais algumas questões sobre a protagonista, como a relação que ela tinha com Onassis.
Outro problema está no fato de que Maria é retratada como uma pessoa arrogante e que desperta pouca compaixão pelas pessoas. Um bom exemplo disso está numa cena em que ela se recusa a mudar de área num café porque quer ser adorada pelas pessoas ao seu redor.
Além disso, pintam Maria como alguém que explorava seus empregados sempre que podia — como quando ela ordena que eles arrastem seu piano de cauda para vários cômodos, mesmo sabendo que um dos funcionários tem problemas de saúde. Essa e outras atitudes fazem com que parte do público não simpatize com ela, nem se importe com os dramas que a cantora viveu no final da vida.
Maria (Angelina Jolie) se apresenta num teatro numa cena de ‘Maria Callas’
Divulgação
O roteiro também erra em criar uma situação suspeita em relação a um dos personagens do filme, como se existisse um mistério sobre ele. Porém, logo no início da história, aparece uma fácil pista sobre o seu segredo, que acaba estragando a surpresa e torna a reviravolta proposta por Knight completamente tola e inútil.
O filme também comete um grave pecado na edição de som e na própria Angelina Jolie. A atriz disse ter estudado canto lírico por meses para interpretar as canções de Callas. O objetivo inicial era “misturar” sua voz com a da diva nas cenas musicais, o que só teria acontecido mesmo na cena final.
Só que a combinação da voz de Callas com a movimentação dos lábios de Jolie nem sempre funciona, ficando evidente a falta de sincronia em algumas sequências — o que gera momentos constrangedores para quem prestar bastante atenção. Um filme sobre música não pode cometer uma falha grave dessas.
Maria (Angelina Jolie) mostra sua elegância numa cena de ‘Maria Callas’
Divulgação
Diva maior do que a vida
Mesmo com todas essas falhas, “Maria Callas” tem alguns méritos, como a belíssima fotografia assinada por Ed Lachman, que já tinha trabalhado com Larraín em seu filme anterior, “O Conde” (2023). Ele realiza um bom trabalho que ressalta tanto as locações externas quanto os cenários do filme, como os cômodos da casa da protagonista (principalmente no final). As cenas em preto e branco, que mostram o passado de Maria, também chamam atenção.
A direção de arte e os figurinos usados por Jolie, que reforçam a elegância e o charme de Callas (e também da atriz) são pontos fortes do filme. Aliás, os objetos nos cômodos da casa de Maria reforçam sua elegância.
Maria (Angelina Jolie) lembra de seu passado numa cena de ‘Maria Callas’
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A caracterização de alguns personagens também foi muito bem realizada, em especial a que fizeram no ator Haluk Bilginer, que viveu Onassis no filme. Quem tiver curiosidade, basta olhar as imagens de arquivo que aparecem durante os créditos finais.
À frente do elenco e com um papel difícil para interpretar, Angelina Jolie não se sai tão bem. Ela procura transmitir veracidade para sua Maria Callas, especialmente nos momentos em que aparece sofrendo. Mas a sensação é que a atriz atua alguns tons acima do que deveria, com muitas caras e bocas, deixando evidente que sua atuação é aquela que parece dizer: “Por favor, me deem um Oscar”. Ela pode até ser indicada para a premiação mais popular do cinema. Mas não apresenta um trabalho consistente que fará diferença em sua carreira.
Jolie tem alguns momentos bons, no entanto. Basta prestar atenção na cena em que ela conversa com John F. Kennedy (Caspar Phillipson, que viveu o mesmo papel em “Jackie”) sobre a possível infidelidade de Onassis com Jacqueline. Na sequência, a atriz consegue passar bem a indignação e frustração que Callas sentiu ao se ver traída pelo seu amado.
Outro bom momento é quando ela se reencontra com sua irmã (Valeria Golino) e conversa sobre o dolorido passado das duas. É uma pena que Jolie não transmita tanta verdade em outras partes da história.
Angelina Jolie interpreta a diva da música clássica em ‘Maria Callas’
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O restante do elenco está competente em suas interpretações, sobretudo Pierfrancesco Favino —como o fiel mordomo de Callas —, e Kodi Smit-McPhee (de “Ataque dos Cães”) como um repórter que deseja entrevistar a cantora e acaba se tornando seu confidente. Mas todos estão a serviço de fazer Jolie brilhar em cena, o que não acontece totalmente.
“Maria Callas” tinha tudo para encerrar o projeto de Pablo Larraín sobre ícones femininos de forma mais relevante. Do jeito que ficou, infelizmente, perdeu a chance de apresentar uma das maiores divas do século para um público que não conhecia sua história. Pouco emocionante, o filme se mostra abaixo da excelência que Callas merecia. Uma pena.
Cartela resenha crítica g1
g1

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