Pop
Alok diz que ama tocar em rodeios e quer fazer mais feats com sertanejos
Dj foi a terceira atração da madrugada deste domingo (21) no Ribeirão Rodeo Music 2024, em Ribeirão Preto, SP, e contagiou público com a batida eletrônica junto com tecnologias. O Dj Alok agita a primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP
Érico Andrade/g1
Quarto melhor Dj do mundo, Alok entrou em cena na madrugada deste domingo (21) no Ribeirão Rodeo Music 2024, em Ribeirão Preto (SP), e disse que ama se apresentar em rodeios.
Natural de Goiânia (GO), considerada a capital nacional da música sertaneja, Alok disse que o público das festas de peão o acolheu e que isso demonstra a pluralidade do Brasil.
“Eu amo tocar em rodeios, é um dos meus lugares preferidos, na real. Eu tenho tocado há muitos anos. Eu sou o goiano que não foi para o sertanejo, mas estou aqui no sertanejo, o negócio é que eu não sei cantar. Então me resta tocar. O sertanejo é o maior gênero do Brasil, ele não é excludente. Eles sempre estão abrindo as portas. Eu fui muito acolhido no sertanejo desde 2015, a gente tem uma conexão muito forte. As minhas raízes são sertanejas”, disse.
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📹 Como foi a primeira noite da festa:
Veja momentos da primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024
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Feats sertanejos
Recentemente, Alok se envolveu em um feat com Ana Castela. “Lua”, que conta ainda com o rapper Hungria, faz parte do DVD “Boiadeira Internacional” e caiu nas graças do público com sua mistura de eletrônico, hip hop e sertanejo.
“Foi muito legal. A gente tentou fazer uma parada que conectasse os três. É muito importante em um feat trazer identidade. Eu acho que isso faz com que os fãs tenham um interesse genuíno pela parada. O Brasil é muito plural, essa é uma das grandes virtudes que a gente tem. A gente vê isso materializado aqui [no rodeio]”, afirmou.
📸 Veja mais fotos do show de Alok:
Alok em Ribeirão Rodeo Music 2024
A parceria que já rendeu 25 milhões de visualizações no YouTube em dois meses despertou Alok para novas produções com sertanejos, entre eles Zé Neto & Cristiano, que o Dj espera lançar em breve.
“Eu fiz uma com Murilo Huff, tem um também que estava fazendo com Zé Neto e Cristiano, eu quero muito lançar. Eu vou botar pressão no Zé Neto e Cristiano aqui e vai sair essa música. Queria fazer também com Henrique e Juliano, Jorge e Mateus, Gusttavo Lima.”
Alok comanda o black out na arena do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP
Érico Andrade/g1
Pra se jogar
Durante o show no palco do rodeio de Ribeirão Preto, Alok não economizou em recursos tecnológicos para compor a atmosfera da noite. Fogos, pirotecnia, fumaça, laser e até a própria roupa, toda cheia de brilhos, deram tom à balada e fizeram a turma do chapéu se jogar. Ele queria “bagunçar” e conseguiu.
Teve também o famoso black out, com a arena apagada e as lanternas dos celulares do público acesas, fazendo com que a festa parecesse um céu estrelado.
“Don’t Say Goodbye”, “Fuego”, “Deep Down”, “Peace Of Your Heart”, “Lose Control”, The Rhythm of The Night”, “Sweet Dreams”, “Titanium”, “Love Tonight”, “Set Fire to the Rain”, “Another Brick in The Wall” e “Otherside”, “Vale Vale” e “BYOB” transitaram pelo set list, que contou com músicas brasileiras também com Tim Maia, Vanessa da Mata, Dennis, Alceu Valença.
O cantor Zeeba entrou em cena nos megahits “Hear Me Now”, “Ocean” e “Never Let Me Go” e na otimista “Nossos Dias”.
O Dj Alok agita a primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP
Érico Andrade/g1
Alok em diferentes sons
Alok gosta mesmo da pluralidade. Ele acaba de lançar o álbum “O Futuro é Ancestral” em que trabalhou os cantos originais indígenas com as batidas do pop, do hip hop e da música eletrônica.
O disco é resultado de cerca de 500 horas em estúdio, envolvendo mais de 50 músicos para dar voz e corpo às oito faixas entoadas pelas etnias Huni Kuin, Yawanawa, Kariri Xocó, Guarani Mbyá, Xakriabá, Guarani-Kaiowá, Kaingang e Guarani Nhandewa e uma nona faixa Remix, resultado da coprodução entre Alok e Maz para a música Sina Vaishu.
Algumas das músicas já tinham sido apresentadas em eventos internacionais como Global Citizen Live (2021), na sede oficial da ONU em Nova Iorque, em parceria com o Pacto Global da ONU, para a pré-abertura da Climate Week (2022 e 2023).
O funk carioca também marcou presença no show do Dj em Ribeirão Preto. Antes de deixar o palco por volta das 5h desfilou uma sequência que passeou por nomes como MC Marcinho, Bonde do Tigrão, Bola de Fogo e Tati Quebra Barraco.
O Dj Alok agita a primeira noite do Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP
Érico Andrade/g1
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Pop
Jay-Z pede que tribunal obrigue autora de denúncia de estupro a revelar nome verdadeiro
Em moção na Justiça, advogados do rapper dizem que manter anonimato de acusadora é tática em ‘esquema’ para extorquir celebridades. Rapper Jay-Z é acusado de estupro de menina de 13 anos, em 2000
Em sua primeira resposta no tribunal a uma acusação de estupro, o rapper e empresário Jay-Z — cujo nome verdadeiro é Shawn Carter — pediu que a autora da denúncia anônima seja obrigada a revelar seu nome verdadeiro.
Neste domingo (8), a emissora americana NBC informou que o músico foi incluído em um processo federal, aberto em outubro deste ano, que também tem como réu o cantor Sean Combs, conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy. Os dois são acusados de estuprar uma garota de 13 anos, no ano 2000.
Relembre a teia de relações de P. Diddy
Entenda as acusações contra Diddy
Em uma moção protocolada em juízo nesta segunda-feira (9) e divulgada pela revista “Billboard”, os advogados do rapper chamam as acusações de “hediondas” e dizem que elas fazem parte de uma “campanha de extorsão” liderada por Tony Buzbee. O advogado do Texas é responsável por uma série de processos contra P. Diddy.
O documento também afirma que manter o anonimato da acusadora é uma tática do “esquema” de Buzbee para extrair acordos financeiros de celebridades. Alex Spiro, advogado de Jay-Z, escreve:
“O sr. Carter não deveria ter que se defender sob os holofotes contra um acusador que fica na escuridão completa.”
“O sr. Carter merece saber a identidade da pessoa que o está acusando — de forma sensacionalista — de conduta criminosa, exigindo uma compensação financeira massiva e manchando uma reputação conquistada ao longo de décadas”, acrescenta ele.
Jay-Z
Reuters
Pela lei americana, demandantes em processos de abuso sexual podem, em alguns casos, agir sob pseudônimos, se houver um forte risco de retaliação — mas a possibilidade é raramente concedida pela Justiça. Em outras ações civis movidas contra P. Diddy, juízes exigiram que acusadoras revelassem seus nomes.
“O sr. Carter tem o direito de se defender contra essas alegações com o benefício de todas as proteções e mecanismos disponíveis aos réus”, afirma Spiro ao tribunal. “O jogo do advogado Buzbee tem sido impedir o sr. Carter de se defender.”
Procurado pela “Billboard”, Tony Buzbee, advogado da mulher que denunciou Jay-Z, não quis comentar a ação protocolada pelos defensores do rapper. “Não estou fazendo comentários sobre cada alegação apresentada no tribunal. Responderemos no devido tempo”, disse.
Pop
Riachão canta com Martinho da Vila e Criolo em álbum póstumo que traz dez músicas inéditas do compositor baiano
Teresa Cristina, Josyara e Pedro Miranda interpretam composições que o artista, morto em 2020, aos 98 anos, não teve tempo de gravar para o disco. Riachão (1921 – 2020) tem lançado de forma póstuma o álbum autoral que idealizou com dez composições inéditas
Antonio Brasiliano / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Quando Riachão saiu de cena, aos 98 anos, o cantor e compositor baiano já tinha posto voz em quatro das dez músicas inéditas que compusera para o álbum que gravava e que, na concepção do artista, seria intitulado Se Deus quiser, eu vou chegar aos 100.
Clementino Rodrigues (14 de novembro de 1921 – 30 de março de 2020) morreu sem chegar aos 100 anos, mas segue viva a obra de Riachão, nome artístico deste sambista que construiu cancioneiro expansivo, com inspiração na efervescência rítmica do samba de roda, do partido alto e da chula. E o álbum idealizado para 2020 foi finalizado de forma póstuma com produção musical de Caê Rolfsen e Paulinho Timor.
Com o título adaptado para Onde eu cheguei, está chegado, o disco vem ao mundo na próxima quinta-feira, 12 de dezembro, em edição da Ori Records.
Preservadas, as vozes postas pelo cantor geraram feats de Riachão com Martinho da Vila (na música Sonho do mar), Criolo (em Saudade), com o guitarrista Beto Barreto (em Sou da Bahia, faixa que abre o disco) e com o neto do artista, Taian, convidado afetivo da faixa Tintin.
Para as seis músicas que Riachão não teve tempo de gravar, foram convidados intérpretes como Teresa Cristina (Uma vez na janela), Pedro Miranda (Sua vaidade vai ter fim), Roberto Mendes (Samba quente) e Josyara (Ô lua). Nega Duda e Clarindo Silva figuram em Homenagem a Claudete Macedo. Já Enio Bernardes, Fred Dantas e Juliana Ribeiro aparecem reunidos em Morro do Garcia.
Capa do álbum ‘Onde eu cheguei, está chegado’, de Riachão
Divulgação
Pop
Os Paralamas do Sucesso balança na pista com álbum que traz dez remixes
Àttooxxá, Mulú e Tropkillaz sobressaem no disco orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua. O trio carioca Os Paralamas do Sucesso tem dez músicas reprocessadas por DJs e produtores musicais como Marky e Mahmundi
Divulgação
Capa do álbum ‘10_Remixes’, da banda Os Paralamas do Sucesso
Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: 10_Remixes
Artista: Os Paralamas do Sucesso
Cotação: ★ ★ ★
♪ Álbuns de remixes correm o risco de serem vítimas de julgamentos injustos, pois o conteúdo é moldado para a pista. É na balada, no agito, que um remix pode (ou não) surtir efeito e ter o valor atestado.
Feita a ressalva, o álbum 10_Remixes joga na pista uma dezena de releituras de gravações da banda carioca Paralamas do Sucesso com as formatações inéditas de DJs e produtores musicais de diversas tribos e gerações. Orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua, o disco balança, mas o saldo é positivo.
De cara, a balada Lanterna dos afogados (Herbert Vianna, 1989) ilumina a inadequação da escolha dessa música de espírito melancólico, dissipado no remix de Mahmundi, que pôs voz na produção que abre o disco 10_Remixes. Ela disse adeus (Herbert Vianna, 1998) também perde, no caso a aliciante pegada pop, no remix de Papatinho.
Em contrapartida, Lourinha bombril (Parate y mira) (Diego Blanco e Bahiano, 1994, em versão em português de Herbert Vianna, 1996) dança bonito na pista com o toque do pagodão baiano do grupo Àttooxxá e sem perda da latinidade caliente. O beco (Herbert Vianna e Bi Ribeiro, 1988) também explode na pulsação o remix do duo Tropkillaz enquanto Ska (Herbert Vianna, 1984) tem o passo aditivado pelo drum’n’bass do DJ Marky, ás do gênero.
Se a cuíca chora feliz no remix de O amor não sabe esperar (Herbert Vianna, 1998), bafejado pela brisa carioca da produção de Pretinho da Serrinha com BossaCucaNova, Selvagem (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 1986) apresenta as armas de Daniel Ganjaman em petardo geralmente certeiro.
Nome artístico do carioca Antonio Antmaper, Mulú soa ousado ao mudar totalmente a atmosfera da balada Aonde quer que eu vá (Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle, 2000) sem medo de se jogar na pista.
Contudo, como já dito, toda e qualquer avaliação teórica de um disco de remixes pode perder a razão e o sentido quando os tais remixes são ouvidos por quem está na pista. Na prática, a teoria é outra e vale mais o remix que mantém a galera agitada nessa pista.
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