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Pop

Eduardo Dussek, craque do humor na música, recebe prêmio no Rio com ‘prazer lexotâmico’ pela obra graciosa

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Aos 66 anos, artista diverte o público com discurso que mostra que Doença de Parkinson, enfrentada há uma década, em nada afetou a alegria de viver. Eduardo Dussek posa com o troféu recebido na sexta edição carioca do ‘Prêmio Prio do Humor’
Karyme França / Divulgação
♪ “É um prazer lexotâmico estar aqui”, gracejou Eduardo Dussek no discurso em que agradeceu a homenagem recebida na sexta edição do Prêmio Prio do humor, idealizado pelo ator, diretor e apresentador Fábio Porchat.
Após láureas de atores, diretores e dramaturgos atuantes no segmento da comédia do teatro carioca, o tributo a Dussek encerrou a cerimônia que lotou o Teatro Prio na noite de ontem, 28 de março, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Aos 66 anos, o cantor, compositor, pianista e ator carioca emocionou e divertiu o público com discurso que mostrou que a Doença de Parkinson – enfrentada por Dussek há uma década – pode até ter comprometido alguns movimentos do artista, atualmente com dificuldade de locomoção, mas jamais afetou a espirituosidade desse craque do humor.
Eduardo Dussek fez jus a um prêmio criado para celebrar o riso, a graça e o bom humor na cena e na vida.
Embora seja primordialmente associado à música, por ser autor e intérprete de composições hilárias como Barrados no baile (Eduardo Dussek e Luiz Carlos Góes, 1982) e Brega Chique (Doméstica) (Eduardo Dussek e Luiz Carlos Góes, 1984), Dussek começou a trajetória artística no teatro carioca, no início da década de 1970, como pianista de espetáculos musicais como Desgraças de uma criança (1973).
A projeção nacional, contudo, veio somente em 1980, quando defendeu a canção autoral Nostradamus em festival da TV Globo, um ano após Ney Matogrosso tê-lo legitimado como compositor ao gravar Seu tipo (Dussek), fox sensual que deu título em 1979 ao quinto álbum solo de Ney.
A projeção no festival MPB-80 abriu caminho para que Dussek gravasse álbuns como Olhar brasileiro (1981) e Cantando no banheiro (1982). Em que pese o sucesso inicial, a carreira fonográfica de Dussek perdeu impulso e se tornou espaçada a partir da década de 1990, mas o artista permaneceu em cena, fazendo shows e trabalhando como ator.
Apresentado por Luiz Fernando Guimarães e Silvia Machete, cantora carioca que abordou a obra do compositor no show Machete veste Dussek, gravado em 2016 e perpetuado em DVD editado em 2017, o Prêmio Prio do humor para Eduardo Dussek teve a graça esperada de um artista que sempre levou a vida e a obra com alegria.
Eduardo Dussek (à esquerda) com o troféu do ‘Prêmio Prio do Humor’ com Luiz Fernando Guimarães, Silvia Machete e Fábio Porchat
Karyme França / Divulgação

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Pop

Jay-Z pede que tribunal obrigue autora de denúncia de estupro a revelar nome verdadeiro

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Em moção na Justiça, advogados do rapper dizem que manter anonimato de acusadora é tática em ‘esquema’ para extorquir celebridades. Rapper Jay-Z é acusado de estupro de menina de 13 anos, em 2000
Em sua primeira resposta no tribunal a uma acusação de estupro, o rapper e empresário Jay-Z — cujo nome verdadeiro é Shawn Carter — pediu que a autora da denúncia anônima seja obrigada a revelar seu nome verdadeiro.
Neste domingo (8), a emissora americana NBC informou que o músico foi incluído em um processo federal, aberto em outubro deste ano, que também tem como réu o cantor Sean Combs, conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy. Os dois são acusados de estuprar uma garota de 13 anos, no ano 2000.
Relembre a teia de relações de P. Diddy
Entenda as acusações contra Diddy
Em uma moção protocolada em juízo nesta segunda-feira (9) e divulgada pela revista “Billboard”, os advogados do rapper chamam as acusações de “hediondas” e dizem que elas fazem parte de uma “campanha de extorsão” liderada por Tony Buzbee. O advogado do Texas é responsável por uma série de processos contra P. Diddy.
O documento também afirma que manter o anonimato da acusadora é uma tática do “esquema” de Buzbee para extrair acordos financeiros de celebridades. Alex Spiro, advogado de Jay-Z, escreve:
“O sr. Carter não deveria ter que se defender sob os holofotes contra um acusador que fica na escuridão completa.”
“O sr. Carter merece saber a identidade da pessoa que o está acusando — de forma sensacionalista — de conduta criminosa, exigindo uma compensação financeira massiva e manchando uma reputação conquistada ao longo de décadas”, acrescenta ele.
Jay-Z
Reuters
Pela lei americana, demandantes em processos de abuso sexual podem, em alguns casos, agir sob pseudônimos, se houver um forte risco de retaliação — mas a possibilidade é raramente concedida pela Justiça. Em outras ações civis movidas contra P. Diddy, juízes exigiram que acusadoras revelassem seus nomes.
“O sr. Carter tem o direito de se defender contra essas alegações com o benefício de todas as proteções e mecanismos disponíveis aos réus”, afirma Spiro ao tribunal. “O jogo do advogado Buzbee tem sido impedir o sr. Carter de se defender.”
Procurado pela “Billboard”, Tony Buzbee, advogado da mulher que denunciou Jay-Z, não quis comentar a ação protocolada pelos defensores do rapper. “Não estou fazendo comentários sobre cada alegação apresentada no tribunal. Responderemos no devido tempo”, disse.

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Pop

Riachão canta com Martinho da Vila e Criolo em álbum póstumo que traz dez músicas inéditas do compositor baiano

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Teresa Cristina, Josyara e Pedro Miranda interpretam composições que o artista, morto em 2020, aos 98 anos, não teve tempo de gravar para o disco. Riachão (1921 – 2020) tem lançado de forma póstuma o álbum autoral que idealizou com dez composições inéditas
Antonio Brasiliano / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Quando Riachão saiu de cena, aos 98 anos, o cantor e compositor baiano já tinha posto voz em quatro das dez músicas inéditas que compusera para o álbum que gravava e que, na concepção do artista, seria intitulado Se Deus quiser, eu vou chegar aos 100.
Clementino Rodrigues (14 de novembro de 1921 – 30 de março de 2020) morreu sem chegar aos 100 anos, mas segue viva a obra de Riachão, nome artístico deste sambista que construiu cancioneiro expansivo, com inspiração na efervescência rítmica do samba de roda, do partido alto e da chula. E o álbum idealizado para 2020 foi finalizado de forma póstuma com produção musical de Caê Rolfsen e Paulinho Timor.
Com o título adaptado para Onde eu cheguei, está chegado, o disco vem ao mundo na próxima quinta-feira, 12 de dezembro, em edição da Ori Records.
Preservadas, as vozes postas pelo cantor geraram feats de Riachão com Martinho da Vila (na música Sonho do mar), Criolo (em Saudade), com o guitarrista Beto Barreto (em Sou da Bahia, faixa que abre o disco) e com o neto do artista, Taian, convidado afetivo da faixa Tintin.
Para as seis músicas que Riachão não teve tempo de gravar, foram convidados intérpretes como Teresa Cristina (Uma vez na janela), Pedro Miranda (Sua vaidade vai ter fim), Roberto Mendes (Samba quente) e Josyara (Ô lua). Nega Duda e Clarindo Silva figuram em Homenagem a Claudete Macedo. Já Enio Bernardes, Fred Dantas e Juliana Ribeiro aparecem reunidos em Morro do Garcia.
Capa do álbum ‘Onde eu cheguei, está chegado’, de Riachão
Divulgação

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Pop

Os Paralamas do Sucesso balança na pista com álbum que traz dez remixes

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Àttooxxá, Mulú e Tropkillaz sobressaem no disco orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua. O trio carioca Os Paralamas do Sucesso tem dez músicas reprocessadas por DJs e produtores musicais como Marky e Mahmundi
Divulgação
Capa do álbum ‘10_Remixes’, da banda Os Paralamas do Sucesso
Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: 10_Remixes
Artista: Os Paralamas do Sucesso
Cotação: ★ ★ ★
♪ Álbuns de remixes correm o risco de serem vítimas de julgamentos injustos, pois o conteúdo é moldado para a pista. É na balada, no agito, que um remix pode (ou não) surtir efeito e ter o valor atestado.
Feita a ressalva, o álbum 10_Remixes joga na pista uma dezena de releituras de gravações da banda carioca Paralamas do Sucesso com as formatações inéditas de DJs e produtores musicais de diversas tribos e gerações. Orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua, o disco balança, mas o saldo é positivo.
De cara, a balada Lanterna dos afogados (Herbert Vianna, 1989) ilumina a inadequação da escolha dessa música de espírito melancólico, dissipado no remix de Mahmundi, que pôs voz na produção que abre o disco 10_Remixes. Ela disse adeus (Herbert Vianna, 1998) também perde, no caso a aliciante pegada pop, no remix de Papatinho.
Em contrapartida, Lourinha bombril (Parate y mira) (Diego Blanco e Bahiano, 1994, em versão em português de Herbert Vianna, 1996) dança bonito na pista com o toque do pagodão baiano do grupo Àttooxxá e sem perda da latinidade caliente. O beco (Herbert Vianna e Bi Ribeiro, 1988) também explode na pulsação o remix do duo Tropkillaz enquanto Ska (Herbert Vianna, 1984) tem o passo aditivado pelo drum’n’bass do DJ Marky, ás do gênero.
Se a cuíca chora feliz no remix de O amor não sabe esperar (Herbert Vianna, 1998), bafejado pela brisa carioca da produção de Pretinho da Serrinha com BossaCucaNova, Selvagem (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 1986) apresenta as armas de Daniel Ganjaman em petardo geralmente certeiro.
Nome artístico do carioca Antonio Antmaper, Mulú soa ousado ao mudar totalmente a atmosfera da balada Aonde quer que eu vá (Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle, 2000) sem medo de se jogar na pista.
Contudo, como já dito, toda e qualquer avaliação teórica de um disco de remixes pode perder a razão e o sentido quando os tais remixes são ouvidos por quem está na pista. Na prática, a teoria é outra e vale mais o remix que mantém a galera agitada nessa pista.

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