Tecnologia
Apple cancela projeto de carro elétrico e manda funcionários para área de inteligência artificial
Projeto Titan, que visava criar o veículo, começou dez anos atrás, quando existia mais otimismo sobre a venda de carros com motores elétricos. Projeto de carro da Apple durou dez anos
REUTERS/David Gray
A Apple cancelou o projeto de seu carro elétrico, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto nesta terça-feira (27), uma década após a fabricante do iPhone iniciar os estudos.
Vários funcionários que trabalhavam no projeto serão transferidos para a divisão de inteligência artificial (IA) da empresa, de acordo com a Bloomberg News, que noticiou primeiro o assunto. A empresa não quis comentar.
A Apple deu início ao Projeto Titan, como era conhecido internamente seu esforço automotivo, dez anos atrás, quando uma onda de interesse em veículos autônomos se espalhava no Vale do Silício.
Atualmente, as altas taxas de juros para conter a inflação têm afetado o sentimento do consumidor nos Estados Unidos e levado a uma desaceleração na procura por veículos elétricos, geralmente mais caros, fazendo com que o setor corte empregos e reduza a produção.
Várias montadoras importantes, incluindo a líder de mercado de veículos elétricos Tesla, decidiram recuar nos investimentos, com algumas alterando os planos para se concentrar em híbridos em vez de carros totalmente elétricos.
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Tecnologia
Vítima que 'namorou' falso Brad Pitt e perdeu R$ 5 milhões tenta encontrar golpistas na Nigéria
Francesa perdeu R$ 5,13 milhões após acreditar que estava tendo um relacionamento virtual com o ator a partir de imagens geradas com inteligência artificial. Brad Pitt posa no tapete vermelho do Globo de Ouro 2020
Jordan Strauss/AP
Depois de perder todas as suas economias para um “falso Brad Pitt” criado com inteligência artificial, uma francesa de 53 anos tenta encontrar os golpistas na Nigéria, um país onde esse tipo de fraude é comum.
Os criminosos enganaram a vítima, identificada como Anne pela emissora francesa TF1, fazendo-a acreditar que estava tendo um relacionamento virtual com a estrela de Hollywood de 61 anos, usando fotos geradas por inteligência artificial.
O caso ilustra como criminosos nigerianos, conhecidos por suas artimanhas na internet, usam novas tecnologias para enganar suas vítimas.
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Segundo o relato de Anne ao TF1, alguém se passando pela mãe de Brad Pitt a contatou no Instagram depois que ela postou algumas fotos esquiando nas montanhas francesas.
Os golpistas a convenceram de que o ator precisava urgentemente de dinheiro para pagar um tratamento renal porque suas contas estavam congeladas devido ao processo de divórcio de Angelina Jolie.
A advogada da vítima, Laurène Hanna, disse que sua cliente perdeu 830 mil euros (5,13 milhões de reais).
Anne e seu advogado recorreram ao fundador de um site de rastreamento de golpistas que, segundo o jornal francês Le Parisien, os localizou na Nigéria.
“Yahoo Boys”
O país mais populoso da África é conhecido por ser a base de muitos golpistas digitais, conhecidos em sua comunidade como “Yahoo Boys”.
A presença deles na cultura popular não para de crescer desde que o astro da música afrobeat Olu Maintain lançou sua música “Yahooze” em 2007, que elogia esses criminosos.
Desde então, muitas músicas sobre esses criminosos cibernéticos se tornaram grandes sucessos na Nigéria.
A inteligência artificial deu a eles “uma nova ferramenta” que “apagará o grande avanço feito” no combate a esses crimes, disse o especialista em crimes cibernéticos Timothy Avele.
Em julho, a Meta, dona do Instagram, Facebook, Threads e WhatsApp, removeu 63.000 contas do Instagram vinculadas a golpes de extorsão sexual no país do oeste da África.
Nesses casos, os criminosos geralmente se passam por mulheres jovens e convencem homens ou adolescentes a enviar fotos comprometedoras para que possam extorquir dinheiro deles.
Cerca de dois meses após a decisão de Meta, dois irmãos nigerianos, Samuel e Samson Ogoshi (24 e 21 anos), foram condenados a 210 meses de prisão cada um por terem “explorado sexualmente e extorquido mais de 100 vítimas”, incluindo 11 menores.
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Máfias estrangeiras
“Máfias estrangeiras do crime cibernético” também estão tirando proveito das fraquezas da Nigéria nessa área e encontram no país “um lugar lucrativo para estabelecer seus centros de operações”, diz Avele.
O porta-voz da agência anticorrupção Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC), Dele Oyewale, diz que sua equipe está preparada para “combater todos os crimes emergentes, incluindo aqueles baseados em IA”.
No mês passado, a EFCC disse ter prendido 792 suspeitos em uma única operação em um bairro nobre de Lagos, centro econômico e comercial da Nigéria. Pelo menos 192 suspeitos eram estrangeiros, 148 deles chineses, disse a agência.
Seu porta-voz disse que gangues estrangeiras recrutam cúmplices nigerianos para procurar vítimas na Internet, especialmente nos Estados Unidos, Canadá, México e Europa.
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Tecnologia
Musk ameaça retaliar senadores que não votarem a favor de indicados de Trump ao governo, diz revista
Cabe ao Senado aprovar mais de 50 indicados por Trump para chefiar áreas-chave, como Defesa e Saúde. Musk ameaça usar poder econômico para barrar reeleição de senadores, segundo a ‘Time’. Gesto de Musk gera polêmica durante fala do bilionário em evento da posse de Trump
O bilionário Elon Musk ameaçou retaliar senadores que não apoiarem os indicados de Donald Trump para compor o secretariado do novo governo. As informações foram reveladas pela revista “Time” na segunda-feira (20).
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Mais de 50 nomes indicados por Trump para o próximo governo precisam ser aprovados pelo Senado. A maior parte das indicações corresponde a secretários, que ocupam cargos equivalentes ao de ministros de Estado no Brasil.
Até agora, apenas Marco Rubio foi confirmado pelo Senado como secretário de Estado. Os demais indicados ainda estão passando por sabatinas ou aguardam a votação na Casa.
Segundo a revista “Time”, Musk prometeu usar um Super Comitê de Ação Política, também chamado de “Super PAC” nos Estados Unidos, para financiar outros candidatos e barrar a reeleição dos senadores que votarem contra os nomes indicados por Trump.
Pouco mais de um terço do Senado dos EUA será renovado nas eleições de 2026. A maioria dos cargos em disputa está atualmente nas mãos de republicanos.
“Essa é a realidade que todos esses viverão nos próximos anos”, disse uma fonte próxima a Trump, segundo a “Time”. “Todos acabam entrando na linha no final das contas.”
Como Musk conseguiu cargo no governo Trump e o que esperar
Atualmente, o Partido Republicano, de Trump, ocupa 53 das 100 cadeiras do Senado, o que pode facilitar a aprovação das indicações. No entanto, alguns nomes propostos pelo presidente enfrentam resistências internas. É o caso de Pete Hegseth, indicado para a Defesa.
Hegseth foi alvo de uma série de acusações nos últimos meses. Na mais recente, revelada na terça-feira (21), uma ex-cunhada dele afirmou a senadores que o indicado por Trump abusou de sua segunda ex-esposa.
Autoridades de segurança também acreditam que ele não seja qualificado para comandar o Pentágono. Hegseth é um veterano da Guarda Nacional e ganhou fama nos Estados Unidos por ser apresentador de TV.
Diante das ameaças de Musk, segundo a “Time”, uma senadora republicana que havia se mostrado cética em relação à indicação de Hegseth resolveu apoiá-lo publicamente.
Elon Musk é o chefe do Departamento de Eficiência Governamental no governo Trump. O bilionário, dono da Tesla e SpaceX, terá o desafio de analisar os gastos do governo e promover cortes no orçamento.
Musk é visto como uma peça importante na vitória de Trump nas eleições de 2024. Segundo a Associated Press, o empresário investiu cerca de US$ 200 milhões na campanha do republicano.
Especialistas e críticos apontam o risco de conflito de interesses na relação de Musk com o governo. Isso porque o empresário terá acesso a dados de agências federais ao mesmo tempo em que suas empresas prestam serviços para o governo.
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Mike Segar/Reuters
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Turista argentino justifica uso de bloqueador contra caixa de som em praia: 'Falta de consideração em locais públicos'
Homem usou uma espécie de bloqueador de sinal Bluetooth para ‘desligar’ caixa de som. Especialistas explicam que aparelho apresenta riscos e que seu uso e venda sem autorização da Anatel são ilegais. Dispositivo usado por argentino para silenciar caixa de som em praia é ilegal no Brasil
Reprodução/X
O vídeo de um turista argentino, identificado como Roni Bandini, “desligando” uma caixa de som em uma praia viralizou nas redes sociais na última terça-feira (14).
“Para mim, o que importa é a poluição sonora, a falta de consideração pelos outros em locais públicos e o uso da tecnologia para enfrentar os aspectos negativos da própria tecnologia”, disse ao g1.
Bandini utiliza um tipo de bloqueador de sinal para interromper a conexão entre o celular e a caixa de som. No X, ele afirma ter criado o dispositivo e revela planos de comercializá-lo.
No entanto, esse tipo de aparelho não é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comercialização ou uso no Brasil, a não ser em casos envolvendo órgãos públicos específicos (veja as exceções ao final da reportagem).
Por isso, de maneira geral, sua venda e uso são proibidos no país, segundo um especialista em tecnologia e segurança consultado pelo g1 (entenda abaixo).
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“O aparelho mostrado no vídeo emite um sinal Bluetooth intenso na direção da caixa de som, gerando interferência na comunicação com o celular. Essa interferência impede que a caixa receba o sinal do celular com qualidade e o decodifique para reproduzir o som da música, resultando no silêncio”, explica Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks.
Questionado sobre a possibilidade de o equipamento bloquear caixas de som com CDs e pendrives conectados, ou rádios FM sintonizados, o turista afirma que isso não é possível.
Isso ocorre porque o dispositivo funciona exclusivamente como um bloqueador de sinal Bluetooth, ou seja, é necessário que haja uma comunicação por ondas entre o celular e a caixa de som para que o aparelho tenha efeito.
O que é o aparelho e por que ele é ilegal no Brasil?
Aparelho usado por turista para “desligar” caixas de som Bluetooth
Reprodução/Medium
Em uma publicação na plataforma Medium, o turista reconhece que o uso do aparelho pode interferir em outros equipamentos que operam na frequência de 2,4 GHz e admite que, dependendo do país, “afetar o funcionamento desses dispositivos pode ser ilegal”.
Dispositivos de Wi-Fi, automação residencial (IoT), telefones sem fio, consoles de videogame e drones são alguns dos aparelhos que usam a frequência de 2,4 GHz para se comunicar.
“Essa técnica, conhecida como jamming, consiste em dificultar ou interromper comunicações sem fio ao gerar uma forte interferência na mesma frequência utilizada pelos dispositivos. O equipamento responsável por essa interferência é chamado de jammer”, explica Ayub.
Segundo ele, um jammer não é um aparelho homologado, o que torna sua venda proibida no Brasil.
Essa tecnologia esteve no noticiário recentemente no caso da aeronave da Embraer, abatida no Cazaquistão, no dia 25 de dezembro de 2024. Com mais de 60 pessoas a bordo, o avião sofreu interferência no GPS e oscilou de altitude por 74 minutos, apontou o site de monitoramento Flighradar24.
Segundo Ayub, forças militares fazem jamming de GPS para dificultar a comunicação de mísseis e drones com o satélites de geolocalização e impedir o voo desses equipamentos bélicos.
O especialista explica que, de acordo com a legislação vigente no Brasil, a compra, venda, entrada no país e uso de qualquer aparelho que emita sinal Bluetooth devem ser homologados pela Anatel.
Atualmente, inúmeros dispositivos usam comunicação Bluetooth e precisam de homologação na Anatel. Alguns deles são celulares, fones de ouvido, teclados e mouses sem fio, relógios inteligentes, câmeras fotográficas e filmadoras, drones, entre outros.
“Esse regulamento tem como intenção justamente impedir que aparelhos diferentes criem interferência entre si”, completa o especialista.
Especialmente nas grandes cidades, onde há muitos dispositivos de telecomunicações, esses bloqueadores de frequência podem afetar, mesmo que não intencionalmente, o funcionamento de aparelhos importantes e causar consequências graves, alerta Gabriel Gomes de Oliveira, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).
“Por isso, existe uma preocupação, em regulamentar, para que outros serviços, inclusive serviços de extrema necessidade, não apresentem falhas, não sejam afetados”, diz.
Questionada pelo g1 sobre o tema, a Anatel destacou a Resolução n° 760, que estabelece que apenas algumas entidades públicas podem usar esse tipo de tecnologia (que bloqueia sinais de radiocomunicações), desde que com a anuência da Anatel. São elas:
Presidência da República;
gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
Ministério da Defesa;
Ministério da Justiça e Segurança Pública;
Ministério das Relações Exteriores;
Forças Armadas;
Agência Brasileira de Inteligência;
órgãos de Segurança Pública de que trata o art. 144 da Constituição Federal (algumas polícias);
órgãos de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal;
órgãos de Administração Penitenciária dos Estados e do Distrito Federal.
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