Tecnologia
OpenAI, dona do ChatGPT, lança modelo que cria vídeos realistas com inteligência artificial a partir de textos
Sora consegue criar vídeos de até 60 segundos a partir de breve descrições, segundo a empresa. Por ora, somente artistas visuais receberam acesso à ferramenta, para dizer como ela pode ser útil para suas criações. Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas a partir de inteligência artificial, feito pela dona do ChatGPT
A OpenAI, criadora do robô ChatGPT, revelou nesta quinta-feira (15) um modelo de inteligência artificial que cria vídeos realistas a partir de texto curtos. Batizado de Sora, ele foi liberado para análises de especialistas e ainda não está disponível ao público.
“O Sora pode criar vídeos de até 60 segundos com cenas altamente detalhadas, movimentos de câmera complexos e vários personagens com emoções vibrantes”, explica a OpenAI.
“O modelo entende não apenas o que o usuário pediu no prompt [comando], mas também como essas coisas existem no mundo físico.”
Vídeo criado com a inteligência artificial Sora mostra mamutes caminhando no gelo
Divulgação/OpenAI
Demonstrações de criações do Sora incluem tanto animações quanto imagens com estilo realista (veja exemplos). Nenhum vídeo foi gravado por humanos, e sim gerado pela inteligência artificial a partir de pequenos textos, segundo a OpenAI.
Por exemplo, o vídeo que mostra um grupo de mamutes caminhando no gelo foi criado com a seguinte descrição:
“Vários mamutes peludos gigantes se aproximam caminhando por um prado nevado, seu longo pelo lanoso balança levemente ao vento enquanto caminham, árvores cobertas de neve e montanhas dramáticas cobertas de neve ao longe, luz do meio da tarde com nuvens finas e um sol alto a distância cria um brilho quente, a visão baixa da câmera é impressionante, capturando o grande mamífero peludo com uma bela fotografia e profundidade de campo.”
Initial plugin text
Para diminuir riscos de uso indevido, a OpenAI promete adotar medidas de segurança antes de disponibilizar o Sora em seus produtos. Isso inclui o trabalho com especialistas em áreas como desinformação e conteúdo de ódio e preconceito.
Além disso, um grupo de artistas visuais, formado por profissionais como designers e cineastas, recebeu acesso à ferramenta para dar suas contribuições sobre o que pode ser feito para torná-la útil para suas criações.
“O Sora serve de base para modelos que podem compreender e simular o mundo real, capacidade que acreditamos que será um marco importante para alcançar a AGI [Inteligência Artificial Geral]”, afirma a OpenAI.
Como funciona o Sora
Vídeo criado com a inteligência artificial Sora mostra animação de personagem brincando com vela
Divulgação/OpenAI
O Sora usa uma técnica chamada “difusão”, que cria imagens a partir de pontos aleatórios. No começo do processo, o vídeo tem uma aparência de ruído estático, o efeito de TVs antigas que estão sem sinal. E, aos poucos, o visual é transformado em algo que pode ser reconhecido por um ser humano.
A técnica é parecida com a de robôs que conseguem criar fotos a partir de descrições dos usuários. Um deles é o DALL-E, que também foi criado pela OpenAI e serviu de base para o desenvolvimento do Sora.
“[O Sora] usa a técnica de recaptação do (robô) DALL-E 3, que envolve a geração de legendas altamente descritivas para os dados de treinamento visual. Como resultado, o modelo [Sora] é capaz de seguir com mais fidelidade as instruções de texto do usuário no vídeo gerado”, diz a OpenAI.
Nem tudo é perfeito
A empresa afirma que, além de criar vídeos do zero, seu novo modelo de inteligência artificial é capaz de criar continuações de vídeos existentes e gerar vídeos a partir de imagens estáticas. E admite que ele também tem “fraquezas”.
Segundo a OpenAI, o Sora pode ter dificuldade para reproduzir a física de uma cena complexa e pode não entender lógicas de causa e efeito. “Por exemplo, uma pessoa pode dar uma mordida em um biscoito, mas depois o biscoito não ter marca de mordida”, explica.
“O modelo também pode confundir detalhes espaciais de um ‘prompt’, por exemplo, misturando direita e esquerda, e pode ter dificuldades com descrições precisas de eventos que ocorrem ao longo do tempo, como seguir uma trajetória específica de câmera.”
Medidas de segurança
A OpenAI promete tomar várias medidas de segurança antes de disponibilizar o Sora em seus produtos. Ela diz que, na fase de testes, a ferramenta geradora de vídeos está sendo desafiada por especialistas em áreas como desinformação, conteúdo de ódio e vieses.
“Também estamos criando recursos que ajudem a detectar conteúdo enganoso”, afirma a empresa, que promete um detector de vídeos criados pelo Sora.
Segundo a OpenAI, o texto apresentador para encomendar um vídeo será verificado para identificar comandos que levem à violação da política de uso da companhia, como aqueles que requeiram violência extrema, conteúdo sexual, semelhança com celebridades etc.
“Não temos como prever todos os usos benéficos que as pessoas terão com a nossa tecnologia, nem todas as maneiras com as quais as pessoas abusarão dele”, diz a OpenAI. “É por isso que acreditamos que o aprendizado a partir do uso no mundo real é um componente crítico para criação e lançamento de sistemas de inteligência artificial cada vez mais seguros ao longo do tempo.”
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Tecnologia
Doadores, Musk, Zuckerberg e Jeff Bezos irão à posse de Trump
Dono da Tesla e do X contribuiu para a campanha e atuará no novo governo, enquanto os CEOs da Meta e da Amazon doaram US$ 1 milhão para a cerimônia de posse do republicano, marcada para segunda-feira (20).
Elon Musk e Donald Trump antes de lançamento da nave Starship, em 19 de novembro
Brandon Bell/Pool via AP
Os CEOs das big techs Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg comparecerão à cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (20, segundo uma fonte familiarizada com o planejamento do evento informou à Reuters.
Os presidentes da Tesla, Amazon e Meta estarão em destaque na posse de Trump e ficarão sentados ao lado de nomes do primeiro escalão do governo do republicano e de outras autoridades eleitas, de acordo com a NBC News, que foi a primeira a informar sobre a presença deles.
Questionadas, as assessorias dos executivos não responderam aos pedidos de comentários feitos pela Reuters.
A Amazon, de Bezos, e a Meta, de Zuckerberg, estão entre as empresas que fizeram doações para a posse de Trump, cada uma doando US$ 1 milhão.
Já Musk, chefe da Tesla, SpaceX e X, gastou mais de 250 milhões de dólares para ajudar a eleger Trump na eleição de novembro. Ele terá um cargo no governo do republicano, comandando o novo Departamento de Eficiência Governamental ao lado de outro bilionário, Vivek Ramaswamy.
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Tecnologia
Celular, câmera e computador: museu de Tóquio oferece "flashback" de tecnologias antigas aos visitantes
Câmera fotográfica “Lily” de 1916 é a peça mais antiga na exposição. Visitantes podem interagir com os objetos. Visitantes no Extinct Media Museum em Tóquio no dia 11/01/2025
REUTERS/Irene Wang
Escondido em um canto do centro de Tóquio, o Extinct Media Museum (Museu de Mídia Extinta) faz jus ao nome.
De fitas de vídeo Betacam a disquetes e dispositivos antigos da Sony, o museu é uma vitrine de câmeras antigas e equipamentos de telecomunicação, incluindo uma câmera fotográfica “Lily” de 1916, fabricada no Japão, que é a peça mais antiga em exposição.
Em meio às prateleiras desordenadas do museu de três salas, visitantes como Mika Matsuda, de 59 anos, podem voltar ao passado e aos aparelhos que já foram usados no dia a dia.
“É fascinante não apenas para as gerações que não estão familiarizadas com esses itens, mas também para aqueles que viveram essa época”, disse Matsuda no último sábado.
“Ao ver essas peças, parece que estou tendo um flashback de nossas próprias vidas. Isso me fez lembrar de como as coisas eram naquela época — eu costumava me divertir tanto”, afirmou.
Inaugurado em janeiro de 2023, o museu foi fundado com a crença de que todos os equipamentos de mídia, exceto papel e pedra, acabarão “morrendo”, explicou a curadora adjunta do museu, Barbara Asuka.
Os itens, em sua maioria doados, são exibidos de forma que os visitantes possam pegá-los, incentivando uma experiência sensorial completa, acrescentou.
“Há muitas informações que podem ser obtidas ao segurá-los, como o cheiro”, disse Asuka.
“Queremos que os visitantes experimentem esses itens com todos os cinco sentidos, em vez de apenas olharem para a exposição através do vidro”, disse Asuka.
A curadora adjunta Barbara Asuka segura a câmera de videocassete VHS-C no Extinct Media Museum em Tóquio, Japão, em 11 de janeiro de 2025
REUTERS/Irene Wang
O horário de funcionamento do Extinct Media Museum varia, de acordo com o site, e a entrada geral custa cerca de 2.000 ienes (equivalente a R$ 76,83). Os ingressos para doadores e estudantes custam 1.000 ienes.
Modelos antigos de celulares são exibidos no Extinct Media Museum, em Tóquio, Japão, 11 de janeiro de 2025
REUTERS/Irene Wang
Modelos antigos de câmeras são exibidos no Extinct Media Museum, em Tóquio, Japão, 11 de janeiro de 2025
REUTERS/Irene Wang
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Tecnologia
Meta, dona de Facebook e Instagram, encerra programa interno de diversidade e inclusão
Decisão ocorre após a empresa anunciar o fim do seu programa de checagem de fatos e reduzir as políticas contra discurso de ódio e abuso nas redes. Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta
Getty Images via BBC
A Meta Platforms Inc., empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está encerrando seu programa interno de diversidade, equidade e inclusão, confirmou um porta-voz da empresa à agência Associated Press na sexta-feira (10).
O programa englobava contratação e treinamento de funcionários e seleção de fornecedores.
A decisão, antecipada pelo site Axios, ocorre na esteira do anúncio da Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos e reduzir as políticas contra discurso de ódio e abuso nas redes Facebook, Instagram e Threads. As alterações passam a permitir, por exemplo, que pessoas LGBTQIA+ sejam associadas a doenças mentais.
Segundo o Axios, a empresa enviou um memorando interno informando os funcionários sobre a decisão.
Na prática, a Meta não terá mais uma equipe focada em diversidade e agora “se concentrará em como aplicar práticas justas e consistentes que mitiguem o preconceito contra todos, não importando sua origem”.
A empresa também encerrará uma política nas contratações que estabelecia que um grupo diversificado de candidatos seria considerado para cada posição aberta.
No memorando, a Meta alegou que a Suprema Corte dos Estados Unidos “tomou decisões recentes sinalizando uma mudança na forma como os tribunais abordarão a DEI [política de diversidade, equidade e inclusão].”
“O termo ‘DEI’ também se tornou carregado, em parte porque é entendido por alguns como uma prática que sugere tratamento preferencial de alguns grupos em detrimento de outros”, acrescenta o texto.
Outras empresas que recentemente restringiram programas de diversidade nos EUA incluem o McDonald’s e a montadora Ford, bem como o Walmart e a fabricante de equipamentos agrícolas John Deere.
A Amazon também disse que está interrompendo alguns de seus programas DEI, mas não especificou quais.
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Mudanças na moderação de conteúdo
O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou na semana passada o fim da checagem dos posts por terceiros no Facebook, Instagram e Threads (assista abaixo). Em seu lugar, a empresa vai adotar as “notas de comunidade”, em que os próprios usuários fazem correções — recurso similar ao utilizado pelo X, de Elon Musk.
Zuckerberg ainda afirmou que os verificadores “tem sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram” e mostrou discurso alinhado com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20.
No mesmo dia, a Meta atualizou a sua política contra os discursos de ódio, liberando diversos comportamentos que antes eram proibidos nas plataformas.
As diretrizes, que também valem para o Brasil, passaram a permitir, entre outros pontos, que termos referentes a doenças mentais sejam associados a gênero ou orientação sexual.
“Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade”, diz o texto com as novas diretrizes.
Outro ponto que passa a ser permitido é dizer que pessoas LGBTAQIA+ ou mulheres não podem praticar determinados esportes, participar de ligas esportivas ou frequentar determinados banheiros ou escolas.
“[São proibidas publicações que contêm] Exclusão social, no sentido de negar acesso a espaços (físicos e online) e serviços sociais, com exceção de exclusões baseadas em sexo ou gênero em espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio, e escolas específicas”, afirma o texto.
A atitude da Meta repercutiu em grupos como a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a empresa. “Essa medida representa um grave retrocesso, violando direitos fundamentais e fortalecendo a transfobia e o ódio online”, disse a Antra.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também reagiu, ingressando com notificação extrajudicial para que a Meta informe, até esta segunda-feira (13), como garantirá o cumprimento legal da obrigação de combater crimes como racismo e homofobia em suas plataformas.
Principais mudanças anunciadas pela Meta:
a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos (“fact checking”, em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função;
em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade.
para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa;
em casos de conteúdos considerados como de “menor gravidade”, os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às “notas da comunidade” do X;
Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política;
a equipe de “confiança, segurança e moderação de conteúdo” deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).
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