Tecnologia
WhatsApp apostou em 'grupos gigantes' em 2023; relembre recursos liberados pelo app
Aplicativo era conhecido por conversas com duas pessoas ou, no máximo, em grupos de 256 participantes. Este ano, no entanto, a plataforma apostou em recursos que reúnem milhares de pessoas, como o Canais e o Comunidades. WhatsApp
Dimitri Karastelev/Unsplash
O WhatsApp se tornou popular como um aplicativo de mensagens privadas, voltado para interações entre duas pessoas ou, no limite, entre 256 participantes em grupos. Isso mudou em 2023: o serviço lançou recursos que o aproximaram de uma plataforma de conversas públicas.
Em janeiro, o WhatsApp liberou o Comunidades, que centraliza grupos em um só espaço e permite disparar mensagens para até 5 mil pessoas. Depois, em setembro, foi a vez do Canais, com o qual é possível enviar avisos para um número ilimitado de usuários.
O app da Meta, que também é dona do Facebook e do Instagram, anunciou ainda a funcionalidade de editar mensagens, usar uma conta em até 4 celulares simultaneamente, silenciar ligações de desconhecidos, fixar mensagens e mais.
Confira abaixo as principais recursos lançados pelo WhatsApp em 2023.
📢 Canais
g1 está nos Canais do WhatsApp; veja como participar
O Canais é um dos principais recursos anunciados pelo WhatsApp em 2023. Ele permite que pessoas e empresas enviem mensagens para um número ilimitado de usuários em uma espécie de grupo, algo semelhante ao que o Telegram já oferecia.
Os canais aparecem na nova aba “Atualizações”, que, antes, se chamava “Status”. Ali, além dos stories, é possível encontrar canais novos, mais ativos e os mais populares.
Participe do canal do g1 no WhatsApp
Como a ideia é que os canais sejam usadas para conversas públicas, esses espaços não contam com a criptografia de ponta a ponta que existe nas conversas individuais e em grupos de WhatsApp.
Veja abaixo como entrar em um canal do WhatsApp:
Na tela inicial, toque em “Atualizações”;
Ao lado de “Canais”, toque em “+”;
Selecione “Encontrar canais”;
Clique no ícone da lupa e digite o nome de um canal.
💰Pagamentos para empresas
No primeiro semestre o WhatsApp anunciou o serviço de pagamentos para pequenas empresas. A transferência de dinheiro entre pessoas no app já estava liberada desde 2021.
A funcionalidade realiza a transferência sem gerar links externos ou abrir outro aplicativo. Ela permite o uso de cartões de débito, crédito e pré-pagos das bandeiras Mastercard e Visa.
Além do cadastro na versão Business do app, as empresas precisam ter contas vinculadas às plataformas de pagamento parceiras da iniciativa: Cielo, Mercado Pago e Rede.
Veja aqui como usar.
👨👩👧👦 Comunidades
Logo no início do ano, o WhatsApp começou a liberar no Brasil as Comunidades, função que permite organizar vários grupos em estruturas maiores e enviar mensagens para até 5 mil pessoas.
O objetivo é reunir até 50 grupos sob um mesmo guarda-chuva, com limite para abrigar até 5 mil pessoas em uma comunidade.
A ferramenta foi apresentada ainda em 2022, mas demorou alguns meses para chegar ao país devido às eleições daquele ano. Na tentativa de combater a desinformação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou um acordo para evitar mudanças significativas na plataforma antes da votação.
WhatsApp Comunidades: entenda como funciona o novo recurso
🔏 Conversas com senha ou biometria
Em maio, o WhatsApp lançou um recurso que permite proteger conversas. A nova ferramenta permite ocultar um chat da tela inicial do WhatsApp, que é “transferido” para uma pasta segura, chamada “Conversas protegidas”.
As conversas nessa pasta só podem ser acessadas ao digitar a senha ou inserir a biometria (facial ou impressão digital) cadastradas no seu dispositivo.
Depois, o mensageiro anunciou que é possível esconder a pasta “Conversas protegidas” da tela inicial e só mostrá-la ao digitar um código secreto na busca. Veja como usar:
Abra o WhatsApp e toque no nome de um contato ou grupo;
Selecione a opção de bloqueio para proteger as conversas;
Para revelar os chats ocultos, deslize a lista de conversas para baixo;
Insira a senha ou a biometria.
WhatsApp ganha recurso para proteger conversas específicas
Divulgação/WhatsApp
✍️ Edição de mensagens
Outra função muito aguardada pelos usuários de WhatsApp era a de edição de mensagens — ela foi disponibilizada oficialmente em maio.
A opção de editar fica disponível até 15 minutos depois do envio da mensagem. Quando o recurso é usado, o aplicativo passa a mostrar a palavra “editada” ao lado da mensagem. Veja como fazer:
Toque e segure sobre a mensagem que você enviou;
Toque em “Editar” – no Android, é preciso clicar primeiro em ⁝ (ícone de três pontos no topo da tela);
Escreva a sua nova mensagem e selecione o botão de “Enviar”.
Opção de editar mensagem no WhatsApp
Divulgação/WhatsApp
📱 Conta em até 4 celulares
O WhatsApp liberou o uso de uma conta em até quatro celulares ao mesmo tempo. O recurso faz com que os aparelhos se conectem de forma independente à conta.
Mesmo com a mudança, as mensagens seguem protegidas com criptografia de ponta a ponta. E, por segurança, caso o aparelho principal fique inativo por muito tempo, os dispositivos secundários são desconectados automaticamente.
Outros recursos lançados em 2023:
✔️ Controle sobre quem pode entrar em grupos: administradores tem mais controle para liberar ou vetar a entrada de participantes em grupos.
🤫 Silenciar ligações de desconhecidos: usuários podem configurar o aplicativo para ele recusar automaticamente chamadas de números desconhecidos.
📌 Fixar mensagens em chats: já presente no Telegram, o recurso permite destacar uma informação importante em grupos ou chats individuais.
📂 Salvar mensagens temporárias para sempre: o recurso permite guardar trechos importantes de conversas quando a opção de mensagens temporárias estiver ativada e, assim, evitar que elas sejam apagadas depois de 24 horas, 7 dias ou 90 dias.
🎥 Mensagens de vídeo instantâneas: alternativa aos áudios, o recurso permite compartilhar vídeos curtos de até 60 segundos diretamente nas conversas.
Mensagens de vídeo do WhatsApp
Divulgação/WhatsApp
🗣️ Mensagens de voz de reprodução única: como acontece com fotos que só podem ser visualizadas uma vez, o novo recurso limita a reprodução de áudios pelo destinatário.
📞 Mudanças em chamadas: o WhatsApp liberou o compartilhamento de tela durante chamadas de vídeo e, no Windows, aumentou o limite de participantes nas ligações.
🖼️ Imagens em HD: o aplicativo passou a permitir o envio de fotos em alta definição, e não apenas na “qualidade padrão”.
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Tecnologia
TikTok fora do ar nos EUA: entenda a situação da rede social chinesa
Lei obrigava aplicativo a vender suas operações no país se quisesse continuar funcionando. Decisão final será de Donald Trump, que toma posse na segunda (20) como presidente dos EUA e já sinalizou que vai adiar suspensão da plataforma. O TikTok saiu do ar nos Estados Unidos na madrugada deste domingo (19). A rede social ficou indisponível para usuários norte-americanos devido a uma lei federal que força a plataforma a vender sua operação no país.
Em notificações enviadas aos usuários, o aplicativo avisou que ficará temporariamente indisponível por causa da legislação norte-americana.
“Uma lei banindo o TikTok entrou em vigor nos Estados Unidos. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok agora”, diz o texto.
A decisão ficará com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda (20) e sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país.
O g1 traz um resumo com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo.
Por que os EUA querem banir o TikTok?
O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.
O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, nega a acusação.
O que diz a lei sancionada em 2024?
A lei, que foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Joe Biden em abril de 2024, deu um prazo até este domingo (19) para que o app chinês encontrasse um comprador para sua operação nos EUA.
Se ele não fosse cumprido, o app seria banido no país, o que inclui a remoção das lojas de aplicativos e o bloqueio de atualizações.
Qual foi a decisão da Suprema Corte dos EUA?
Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a lei é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido ao tribunal contestando a legislação.
O que deve acontecer agora?
Apesar da suspensão, ainda há expectativas sobre o retorno da plataforma nos próximos dias. Donald Trump toma posse amanhã e indicou que vai adiar a proibição do aplicativo por 3 meses.
“A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado”, disse Trump, em entrevista à NBC. “Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira”, completou.
Ao comunicar aos usuários que estava fora do ar, o TikTok disse que Trump trabalhará com a empresa que o aplicativo volte ao ar.
Além do TikTok, outros aplicativos desenvolvidos pela empresa chinesa ByteDance também saíram do ar. Dentre eles está o CapCut e o Lemon8.
O que a Casa Branca diz?
A Casa Branca avisou na sexta que a decisão sobre a implementação da lei ficaria a cargo de Donald Trump. Questionado por repórteres no mesmo dia, Biden confirmou que é o presidente eleito quem decidirá sobre o tema.
Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos?
Qual a repercussão da decisão no país?
Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma.
Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa “Pequeno Livro Vermelho” em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico.
O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.
Logo TikTok e bandeira dos Estados Unidos ao fundo
Getty Images
Tecnologia
TikTok sai do ar nos Estados Unidos após lei e decisão da Justiça
Suspensão tem como base uma lei federal que exige a venda da operação da plataforma no país e ocorre em meio à polêmicas sobre supostas coleta de dados confidenciais de americanos. Mensagem da rede social aos usuários nos EUA
Reuters
O TikTok saiu do ar nos Estados Unidos na madrugada deste domingo (19). A rede social ficou indisponível para usuários norte-americanos devido a uma lei federal que força a plataforma a vender sua operação no país.
De acordo com o site Downdetector, que monitora interrupções de serviços online, houve um pico de usuários reportando falhas para acessar a plataforma logo após a meia-noite.
Em notificações enviadas aos usuários, o aplicativo avisou que ficará temporariamente indisponível por causa da legislação norte-americana.
“Uma lei banindo o TikTok entrou em vigor nos Estados Unidos. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok agora”, diz o texto.
A lei foi analisada pela Suprema Corte dos EUA, que entendeu que o texto aprovado pelo Congresso não viola a Primeira Emenda da Constituição americana.
Logo TikTok e bandeira dos Estados Unidos ao fundo
Getty Images
Apesar da suspensão, ainda há expectativas sobre o retorno da plataforma nos próximos dias.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20), já sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país.
“A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado”, disse Trump em entrevista à NBC. “Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira”, completou.
Neste domingo, após a plataforma ficar indisponível, o presidente eleito postou uma mensagem de apoio ao app em sua rede Truth Social.
Trump posta mensagem em apoio ao TikTok, na rede Truth Social, no dia em que o aplicativo saiu do ar nos EUA
Reprodução
Ao comunicar aos usuários que estava fora do ar, o TikTok disse que Trump trabalhará com a empresa que o aplicativo volte ao ar.
Além do TikTok, outros aplicativos desenvolvidos pela empresa chinesa ByteDance também saíram do ar. Dentre eles está o CapCut e o Lemon8.
O g1 traz um resumo com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo.
Por que os EUA baniram o TikTok?
O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.
O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, nega a acusação.
O que diz a lei sancionada em 2024?
A lei, que foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Joe Biden em abril de 2024, deu até domingo (19) para que o app chinês encontre um comprador para sua operação nos EUA.
Como ele não foi cumprido, o app foi banido no país, o que inclui a remoção das lojas de aplicativos e o bloqueio de atualizações.
Ainda segundo a lei, serviços de hospedagem dos EUA também serão impedidos de trabalharem com o TikTok. As empresas que desrespeitarem a legislação estão sujeitas a multas de até US$ 5 mil para cada usuário que acessar o app – o TikTok tem 170 milhões de usuários nos Estados Unidos.
Qual foi a decisão da Suprema Corte?
Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a lei é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido ao tribunal contestando a legislação.
O que a Casa Branca diz?
A Casa Branca avisou na sexta que a decisão sobre a implementação da lei ficará a cargo de Donald Trump, que toma posse na segunda (20). Questionado por repórteres em Washington, Biden confirmou que é o presidente eleito quem decidirá sobre o tema.
Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos?
O que Trump fará sobre o TikTok?
No domingo, Trump afirmou à NBC que “provavelmente” adiará a validade da lei que força a venda do TikTok. Na sexta, ele disse, sem dar muitos detalhes, que tomaria em breve algum tipo de medida em relação ao aplicativo.
“Minha decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas preciso de tempo para rever a situação. Fiquem ligados!”, postou o presidente eleito após a decisão da Suprema Corte na sexta.
O jornal The Washington Post informou na quarta-feira (15) que o republicano cogita assinar, logo no início de seu governo, uma ordem executiva que suspenderia o banimento do TikTok nos EUA por um prazo de 60 a 90 dias. Trump também já disse que poderia negociar uma solução para que a plataforma não fique indisponível.
O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o primeiro governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o aplicativo e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida.
Na campanha para a eleição de 2024, porém, Trump mudou de posição e passou a defender que o TikTok continuasse operando nos EUA.
“Você sabe, tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso”, disse o republicano em dezembro, após ser eleito.
O presidente eleito recebeu apoio do CEO do TikTok, Shou Zi Chew, que foi convidado para a posse do republicano nesta segunda.
O executivo agradeceu a Trump por “seu comprometimento” em ajudar a plataforma a encontrar uma solução que mantenha o aplicativo funcionando nos EUA. “Esta é uma posição forte pela Primeira Emenda e contra a censura arbitrária”, disse o CEO do app.
Qual a repercussão da decisão no país?
Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma.
Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa “Pequeno Livro Vermelho” em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico.
O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.
Tecnologia
Turista argentino justifica uso de bloqueador contra caixa de som em praia: 'Falta de consideração em locais públicos'
Homem usou uma espécie de bloqueador de sinal Bluetooth para ‘desligar’ caixa de som. Especialistas explicam que aparelho apresenta riscos e que seu uso e venda sem autorização da Anatel são ilegais. Dispositivo usado por argentino para silenciar caixa de som em praia é ilegal no Brasil
Reprodução/X
O vídeo de um turista argentino, identificado como Roni Bandini, “desligando” uma caixa de som em uma praia viralizou nas redes sociais na última terça-feira (14).
“Para mim, o que importa é a poluição sonora, a falta de consideração pelos outros em locais públicos e o uso da tecnologia para enfrentar os aspectos negativos da própria tecnologia”, disse ao g1.
Bandini utiliza um tipo de bloqueador de sinal para interromper a conexão entre o celular e a caixa de som. No X, ele afirma ter criado o dispositivo e revela planos de comercializá-lo.
No entanto, esse tipo de aparelho não é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comercialização ou uso no Brasil, a não ser em casos envolvendo órgãos públicos específicos (veja as exceções ao final da reportagem).
Por isso, de maneira geral, sua venda e uso são proibidos no país, segundo um especialista em tecnologia e segurança consultado pelo g1 (entenda abaixo).
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TikTok confirma que ficará fora do ar nos EUA no domingo se Biden não suspender lei
“O aparelho mostrado no vídeo emite um sinal Bluetooth intenso na direção da caixa de som, gerando interferência na comunicação com o celular. Essa interferência impede que a caixa receba o sinal do celular com qualidade e o decodifique para reproduzir o som da música, resultando no silêncio”, explica Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks.
Questionado sobre a possibilidade de o equipamento bloquear caixas de som com CDs e pendrives conectados, ou rádios FM sintonizados, o turista afirma que isso não é possível.
Isso ocorre porque o dispositivo funciona exclusivamente como um bloqueador de sinal Bluetooth, ou seja, é necessário que haja uma comunicação por ondas entre o celular e a caixa de som para que o aparelho tenha efeito.
O que é o aparelho e por que ele é ilegal no Brasil?
Aparelho usado por turista para “desligar” caixas de som Bluetooth
Reprodução/Medium
Em uma publicação na plataforma Medium, o turista reconhece que o uso do aparelho pode interferir em outros equipamentos que operam na frequência de 2,4 GHz e admite que, dependendo do país, “afetar o funcionamento desses dispositivos pode ser ilegal”.
Dispositivos de Wi-Fi, automação residencial (IoT), telefones sem fio, consoles de videogame e drones são alguns dos aparelhos que usam a frequência de 2,4 GHz para se comunicar.
“Essa técnica, conhecida como jamming, consiste em dificultar ou interromper comunicações sem fio ao gerar uma forte interferência na mesma frequência utilizada pelos dispositivos. O equipamento responsável por essa interferência é chamado de jammer”, explica Ayub.
Segundo ele, um jammer não é um aparelho homologado, o que torna sua venda proibida no Brasil.
Essa tecnologia esteve no noticiário recentemente no caso da aeronave da Embraer, abatida no Cazaquistão, no dia 25 de dezembro de 2024. Com mais de 60 pessoas a bordo, o avião sofreu interferência no GPS e oscilou de altitude por 74 minutos, apontou o site de monitoramento Flighradar24.
Segundo Ayub, forças militares fazem jamming de GPS para dificultar a comunicação de mísseis e drones com o satélites de geolocalização e impedir o voo desses equipamentos bélicos.
O especialista explica que, de acordo com a legislação vigente no Brasil, a compra, venda, entrada no país e uso de qualquer aparelho que emita sinal Bluetooth devem ser homologados pela Anatel.
Atualmente, inúmeros dispositivos usam comunicação Bluetooth e precisam de homologação na Anatel. Alguns deles são celulares, fones de ouvido, teclados e mouses sem fio, relógios inteligentes, câmeras fotográficas e filmadoras, drones, entre outros.
“Esse regulamento tem como intenção justamente impedir que aparelhos diferentes criem interferência entre si”, completa o especialista.
Especialmente nas grandes cidades, onde há muitos dispositivos de telecomunicações, esses bloqueadores de frequência podem afetar, mesmo que não intencionalmente, o funcionamento de aparelhos importantes e causar consequências graves, alerta Gabriel Gomes de Oliveira, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).
“Por isso, existe uma preocupação, em regulamentar, para que outros serviços, inclusive serviços de extrema necessidade, não apresentem falhas, não sejam afetados”, diz.
Questionada pelo g1 sobre o tema, a Anatel destacou a Resolução n° 760, que estabelece que apenas algumas entidades públicas podem usar esse tipo de tecnologia (que bloqueia sinais de radiocomunicações), desde que com a anuência da Anatel. São elas:
Presidência da República;
gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
Ministério da Defesa;
Ministério da Justiça e Segurança Pública;
Ministério das Relações Exteriores;
Forças Armadas;
Agência Brasileira de Inteligência;
órgãos de Segurança Pública de que trata o art. 144 da Constituição Federal (algumas polícias);
órgãos de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal;
órgãos de Administração Penitenciária dos Estados e do Distrito Federal.
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