Pop
WD e Wanessa Camargo gravam clipe de nova música em Campinas: ‘uma mistura latina, dramática e moderna’
Gravação aconteceu no Palácio dos Azulejos, casarão histórico da metrópole que abriga o Museu da Imagem e do Som. WD e Wanessa Camargo falam sobre clipe da música “Quem é Você?”
“Uma mistura latina, dramática e moderna”, foi assim que a cantora Wanessa Camargo definiu a música “Quem é Você?”, do campineiro WD. O single é cantado pelos dois artistas, que gravaram o clipe no histórico Palácio dos Azulejos em Campinas (SP) no dia 24 novembro.
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O g1 acompanhou os bastidores da gravação e conversou com os cantores. O single e o clipe devem ser lançados no dia 18 de janeiro. Assista no vídeo acima.
“A música tem uma coisa latina ao mesmo tempo dramática e ao mesmo tempo muito moderna durante a mistura”, comenta Wanessa Camargo.
A música foi escrita por WD em parceria com os compositores Umberto Tavares, Jefferson Júnior e Stefan Baby.
WD e Wanessa Camargo concedem entrevista ao g1
Marcelo Gaudio
O convite para Wanessa
WD começou na música ainda infância em Campinas, mas ganhou notoriedade nacional interpretando sua música “Eu Sou” no reality-show The Voice Brasil. A partir dessa participação, Wanessa conheceu o artista e o convidou para participar do seu trio elétrico no carnaval.
“Desde que eu conheci eu fiquei abismada com o tamanho de talento dentro dessa pessoa com essa potência vocal de explosão”, fala Wanessa.
Do carnaval para algumas noites de karaokê os dois foram se aproximando. Dessa parceria veio a amizade e, agora, o convite para o “feat”.
“Aí ele me liga pra me mostrar uma música, só que ele falou assim amiga, vê que você achou dessa música e me mostrou a música “Quem é você”?. Eu ouvi e falei “Nossa, adorei, que mistura legal'” fala.
Foi neste momento que chegou a vez de WD convidar Wanessa para uma parceria “então vamos cantar junto essa música”.
O museu e a cidade
Durante conversa com o g1, WD falou da importância de Campinas para sua formação e ressaltou que a escolha por trazer a produção desse clipe para a cidade foi uma forma que encontrou de mostrar que o local existe, saiindo do circuito exclusivo da capital de São Paulo.
“A galera daqui do interior têm mais dificuldade de se expandir pra capital e a gente pode fazer esse movimento inverso de trazer os artistas tão grandes para cá como forma de gratidão pelo que o museu e a cidade, a região metropolitana de Campinas, fez por mim”, ressalta.
Sala interna do Palácio dos Azulejos preparada para gravação do clipe ‘Quem é Você’.
Marcelo Gaudio
A escolha pelo Palácio dos Azulejos não foi a toa. WD já esteve no edifício quando ainda estava no início da carreira profissional.
“Esse museu me abriu as portas quando ninguém me conhecia para poder gravar um single tão importante na minha vida, ‘Eu Sou’”, conta WD.
Embora seja natural de Goiás, Wanessa Camargo lembrou sobre sua relação com a região de Campinas, principalmente ao sítio de Chitãozinho que frequentava quando criança.
O Clipe
Com uma abordagem pop contemporânea, Wanessa contou ao g1 que a produção investiu em elementos obrigatórios para o estilo como coreografias, moda e beleza.
“Eu tenho que ter coreografia, tem que ter beleza, tem que ter roupa bonita, tem que ter tudo, então vamos construir uma narrativa de música”, diz WD.
Bastidores da produção do clipe ‘Quem é Você’.
Marcelo Gaudio
A qual Wanessa completa:
“Porque a gente sempre gosta de contar história também”, fala.
Segundo WD, o clipe utilizou cadeiras para representar pensamentos e neuroses com uma estética ligada ao pop, mas que contivesse uma mensagem pessoal conectada a sua vida, no caso um momento de reflexão pós-traição.
Embora fale de algo pessoal, WD acredita que a letra da música aborda questões comuns a qualquer pessoa e que isso pode ajudar a conectar com quem estiver ouvindo.
“A galera vai super se identificar com a letra, delícia de música acessível. Gostosa, aquela música que a gente começa a cantar e sai é por aí cantarolando partes dela, ela fica na cabeça”, fala.
*Sob supervisão de João Gabriel Alvarenga
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Pop
Jay-Z pede que tribunal obrigue autora de denúncia de estupro a revelar nome verdadeiro
Em moção na Justiça, advogados do rapper dizem que manter anonimato de acusadora é tática em ‘esquema’ para extorquir celebridades. Rapper Jay-Z é acusado de estupro de menina de 13 anos, em 2000
Em sua primeira resposta no tribunal a uma acusação de estupro, o rapper e empresário Jay-Z — cujo nome verdadeiro é Shawn Carter — pediu que a autora da denúncia anônima seja obrigada a revelar seu nome verdadeiro.
Neste domingo (8), a emissora americana NBC informou que o músico foi incluído em um processo federal, aberto em outubro deste ano, que também tem como réu o cantor Sean Combs, conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy. Os dois são acusados de estuprar uma garota de 13 anos, no ano 2000.
Relembre a teia de relações de P. Diddy
Entenda as acusações contra Diddy
Em uma moção protocolada em juízo nesta segunda-feira (9) e divulgada pela revista “Billboard”, os advogados do rapper chamam as acusações de “hediondas” e dizem que elas fazem parte de uma “campanha de extorsão” liderada por Tony Buzbee. O advogado do Texas é responsável por uma série de processos contra P. Diddy.
O documento também afirma que manter o anonimato da acusadora é uma tática do “esquema” de Buzbee para extrair acordos financeiros de celebridades. Alex Spiro, advogado de Jay-Z, escreve:
“O sr. Carter não deveria ter que se defender sob os holofotes contra um acusador que fica na escuridão completa.”
“O sr. Carter merece saber a identidade da pessoa que o está acusando — de forma sensacionalista — de conduta criminosa, exigindo uma compensação financeira massiva e manchando uma reputação conquistada ao longo de décadas”, acrescenta ele.
Jay-Z
Reuters
Pela lei americana, demandantes em processos de abuso sexual podem, em alguns casos, agir sob pseudônimos, se houver um forte risco de retaliação — mas a possibilidade é raramente concedida pela Justiça. Em outras ações civis movidas contra P. Diddy, juízes exigiram que acusadoras revelassem seus nomes.
“O sr. Carter tem o direito de se defender contra essas alegações com o benefício de todas as proteções e mecanismos disponíveis aos réus”, afirma Spiro ao tribunal. “O jogo do advogado Buzbee tem sido impedir o sr. Carter de se defender.”
Procurado pela “Billboard”, Tony Buzbee, advogado da mulher que denunciou Jay-Z, não quis comentar a ação protocolada pelos defensores do rapper. “Não estou fazendo comentários sobre cada alegação apresentada no tribunal. Responderemos no devido tempo”, disse.
Pop
Riachão canta com Martinho da Vila e Criolo em álbum póstumo que traz dez músicas inéditas do compositor baiano
Teresa Cristina, Josyara e Pedro Miranda interpretam composições que o artista, morto em 2020, aos 98 anos, não teve tempo de gravar para o disco. Riachão (1921 – 2020) tem lançado de forma póstuma o álbum autoral que idealizou com dez composições inéditas
Antonio Brasiliano / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Quando Riachão saiu de cena, aos 98 anos, o cantor e compositor baiano já tinha posto voz em quatro das dez músicas inéditas que compusera para o álbum que gravava e que, na concepção do artista, seria intitulado Se Deus quiser, eu vou chegar aos 100.
Clementino Rodrigues (14 de novembro de 1921 – 30 de março de 2020) morreu sem chegar aos 100 anos, mas segue viva a obra de Riachão, nome artístico deste sambista que construiu cancioneiro expansivo, com inspiração na efervescência rítmica do samba de roda, do partido alto e da chula. E o álbum idealizado para 2020 foi finalizado de forma póstuma com produção musical de Caê Rolfsen e Paulinho Timor.
Com o título adaptado para Onde eu cheguei, está chegado, o disco vem ao mundo na próxima quinta-feira, 12 de dezembro, em edição da Ori Records.
Preservadas, as vozes postas pelo cantor geraram feats de Riachão com Martinho da Vila (na música Sonho do mar), Criolo (em Saudade), com o guitarrista Beto Barreto (em Sou da Bahia, faixa que abre o disco) e com o neto do artista, Taian, convidado afetivo da faixa Tintin.
Para as seis músicas que Riachão não teve tempo de gravar, foram convidados intérpretes como Teresa Cristina (Uma vez na janela), Pedro Miranda (Sua vaidade vai ter fim), Roberto Mendes (Samba quente) e Josyara (Ô lua). Nega Duda e Clarindo Silva figuram em Homenagem a Claudete Macedo. Já Enio Bernardes, Fred Dantas e Juliana Ribeiro aparecem reunidos em Morro do Garcia.
Capa do álbum ‘Onde eu cheguei, está chegado’, de Riachão
Divulgação
Pop
Os Paralamas do Sucesso balança na pista com álbum que traz dez remixes
Àttooxxá, Mulú e Tropkillaz sobressaem no disco orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua. O trio carioca Os Paralamas do Sucesso tem dez músicas reprocessadas por DJs e produtores musicais como Marky e Mahmundi
Divulgação
Capa do álbum ‘10_Remixes’, da banda Os Paralamas do Sucesso
Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: 10_Remixes
Artista: Os Paralamas do Sucesso
Cotação: ★ ★ ★
♪ Álbuns de remixes correm o risco de serem vítimas de julgamentos injustos, pois o conteúdo é moldado para a pista. É na balada, no agito, que um remix pode (ou não) surtir efeito e ter o valor atestado.
Feita a ressalva, o álbum 10_Remixes joga na pista uma dezena de releituras de gravações da banda carioca Paralamas do Sucesso com as formatações inéditas de DJs e produtores musicais de diversas tribos e gerações. Orquestrado pelo DJ Marcelinho da Lua, o disco balança, mas o saldo é positivo.
De cara, a balada Lanterna dos afogados (Herbert Vianna, 1989) ilumina a inadequação da escolha dessa música de espírito melancólico, dissipado no remix de Mahmundi, que pôs voz na produção que abre o disco 10_Remixes. Ela disse adeus (Herbert Vianna, 1998) também perde, no caso a aliciante pegada pop, no remix de Papatinho.
Em contrapartida, Lourinha bombril (Parate y mira) (Diego Blanco e Bahiano, 1994, em versão em português de Herbert Vianna, 1996) dança bonito na pista com o toque do pagodão baiano do grupo Àttooxxá e sem perda da latinidade caliente. O beco (Herbert Vianna e Bi Ribeiro, 1988) também explode na pulsação o remix do duo Tropkillaz enquanto Ska (Herbert Vianna, 1984) tem o passo aditivado pelo drum’n’bass do DJ Marky, ás do gênero.
Se a cuíca chora feliz no remix de O amor não sabe esperar (Herbert Vianna, 1998), bafejado pela brisa carioca da produção de Pretinho da Serrinha com BossaCucaNova, Selvagem (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 1986) apresenta as armas de Daniel Ganjaman em petardo geralmente certeiro.
Nome artístico do carioca Antonio Antmaper, Mulú soa ousado ao mudar totalmente a atmosfera da balada Aonde quer que eu vá (Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle, 2000) sem medo de se jogar na pista.
Contudo, como já dito, toda e qualquer avaliação teórica de um disco de remixes pode perder a razão e o sentido quando os tais remixes são ouvidos por quem está na pista. Na prática, a teoria é outra e vale mais o remix que mantém a galera agitada nessa pista.
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