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Do 'crush' ao crime: veja dicas para se proteger do 'golpe do amor' usado para sequestrar e roubar vítimas

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Segundo o Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), crime é classificado como estelionato. Na quinta-feira (9), em São Paulo, um homem foi forçado a compartilhar as senhas das contas bancárias a criminosos após marcar um encontro com uma mulher que ele conheceu no Tinder. Entre as estratégias dos criminosos, estão atrair as vítimas para bairros isolados logo após os contatos no aplicativo de paquera
Priscilla Du Preez via Unsplash
Você já usou algum aplicativo de relacionamento para marcar um encontro com um “crush” – termo usado para descrever sentimentos por alguém – virtual? Se sim a resposta for sim, é melhor tomar cuidado. Plataformas digitais como Tinder, Bumble e Happn têm sido usadas por criminosos para atrair novas vítimas.
Na quinta-feira (9), na Zona Leste de São Paulo, um homem de 52 anos foi sequestrado e roubado ao se encontrar pela terceira vez com uma mulher que ele conheceu pela internet.
O homem foi abordado pelos criminosos enquanto aguardava a mulher na Cidade Tiradentes, dentro de um carro de aplicativo. Ele havia solicitado a corrida para buscá-la e, depois, ir a um shopping.
Em depoimento à Polícia Civil, a vítima disse que foi levada por três homens para uma rua escura, onde foi forçada a desbloquear o celular e informar as senhas dos aplicativos bancários e do cartão.
Esse tipo de crime não acontece de forma isolada. Em São Paulo, entre janeiro até março deste ano, a Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), unidade especializada em sequestro da Polícia Civil paulista, registrou 18 casos de “golpe do Tinder”.
Entre as ocorrências, 14 foram esclarecidas e resultaram na prisão de 56 suspeitos. Em 2022, foram 115 casos durante todo ano.
Diante desta onda de crimes de estelionatos, o g1 reuniu dicas sobre o que fazer durante o uso dos apps para evitar cair em armadilhas dos “golpistas do amor”.
As informações foram obtidas com o delegado da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas e especialistas em segurança digital.
Essas “dicas de ouro” não garantem 100% a proteção, mas são os filtros básicos que podem evitar muita coisa ruim, segundo presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin.
Dicas para ter uma experiência mais segura
❌ Não compartilhe informações pessoais com a outra pessoa: evite falar se mora sozinho, se tem carro, se a família é de outro estado, o endereço de trabalho ou em que dias você vai à academia.
🤥 Verifique se o perfil do crush é fake: criminosos muitas vezes acabam utilizando fotos que geralmente pertencem a outra pessoa; veja abaixo como fazer uma análise após o match:
🎭 Observe se há sinais que podem indicar manipulação da imagem: bordas ou sombras irregulares e resolução baixa são indícios de montagem ou retirada de fotos de outros perfis.
🔎 Pesquise pelo nome que aparece no perfil: utilize buscadores e outras redes sociais para ver quais informações aparecem sobre o crush e se a foto corresponde com as imagens que foram apresentadas pela pessoa.
🖼️ Cadastro sem foto ou com imagens disponíveis em bancos: isso aumenta a chance de ser um perfil enganoso.
🧐 Faça uma pesquisa reversa: é possível utilizar a busca de imagens do Google. Para isso, clique no botão de câmera. Arraste ou envie o arquivo de uma imagem que desejar pesquisar, por upload ou link, e o buscador exibirá resultados iguais ou semelhantes. Desse modo, será possível verificar se a foto é original ou tem outras versões distintas, além de saber quem mais já divulgou o conteúdo.
Pesquise qualquer imagem com o Google Lens
Reprodução/ Google
📱 Cuidado na elaboração do seu perfil: levando em consideração que os golpistas acabam explorando detalhes como sobrenome ou local de trabalho para manipular as vítimas ou cometer crimes, seguem algumas orientações:
Utilize o nome abreviado ou apelido;
Reduza as informações pessoais como “gosto de cachorros” ou “do RJ para o mundo”, pois são características particulares que podem atrair o golpista para o lado sentimental da vítima;
Evite colocar informações sobre profissão;
Não use fotos que mostram viagens internacionais e ao lado de carros de luxo.
💵 Nunca envie dinheiro ou compartilhe dados bancários: se alguém fizer algum pedido de dinheiro ou números de documentos pelo aplicativo de relacionamento, informe a plataforma de paquera.
📵 Evite convites para conversar em outros apps: prefira manter a conversa pelo aplicativo que iniciou a interação. Então, nada de cair no papo de que “não consigo entrar aqui toda hora” ou que “minha assinatura do app está prestes a expirar”.
⚠️️Proteja sua conta: escolha uma senha forte e sempre tome cuidado ao fazer login em um computador público ou compartilhado. O Tinder, por exemplo, não envia e-mail solicitando nome e senha. Se receber esse tipo de solicitação, denuncie imediatamente.
🔗 Cuidado para links enviados pelos usuários: é preciso ter atenção para não clicar em qualquer link suspeito. Denuncie se receber spam ou ofertas, incluindo links para sites comerciais ou tentativas de vender produtos ou serviços.
🤝🏻 Uso de confiança para aplicar golpe: evite falar para o crush sobre informações de amigos e familiares. O golpista pode continuar a conversa por semanas para conseguir dados para roubar sua identidade ou de conhecidos, que também podem ser futuras vítimas.
🤳🏻 Videochamada: a Polícia Civil e o Tinder recomendam fazer uma videochamada antes do encontro.
😶 Modo anônimo e dispositivo para bloquear: o Tinder disponibiliza para os usuários premium o “modo anônimo”, que permite ocultar totalmente o perfil. Os usuários também podem bloquear um perfil para evitar que ele apareça nas sugestões. A plataforma explica que é uma forma de evitar ver colegas de trabalho e ex-namorados (as).
📍 Escolha do lugar: marque o encontro durante o dia, evite encontros em uma residência, escadarias de shopping ou estacionamento de supermercados. Escolha um local público, movimentado e fora de uma região de risco. Avise colegas e familiares onde será o primeiro date e compartilhe a sua localização.
🚨 Combine uma ligação de emergência: peça para que pessoas de confiança liguem para saber como está a situação. Se ela não conseguir resposta poderá tomar providências ou até mesmo acionar socorro.
⏰ Mudanças de planos: se de última hora a pessoa mudar o ponto de encontro, a recomendação é cancelar.
🚘 Não aceite caronas: tenha o controle de como chegar e sair de seu encontro, para poder ir embora quando quiser. Se você estiver dirigindo, é recomendável ter um “plano B”, como um aplicativo de transporte ou um amigo para ajudar com uma carona.
Como denunciar
🤬 Se ficar desconfortável, vá embora: se você não sentir em segurança, peça ajuda nas plataformas ou ligue para autoridades policiais (190).
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EditorialAutomáticoSELECIONAR IMAGEMTítuloMulticontent *Insira o título do multicontent a ser anexado
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TikTok fora do ar nos EUA: entenda a situação da rede social chinesa

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Lei obrigava aplicativo a vender suas operações no país se quisesse continuar funcionando. Decisão final será de Donald Trump, que toma posse na segunda (20) como presidente dos EUA e já sinalizou que vai adiar suspensão da plataforma. O TikTok saiu do ar nos Estados Unidos na madrugada deste domingo (19). A rede social ficou indisponível para usuários norte-americanos devido a uma lei federal que força a plataforma a vender sua operação no país.
Em notificações enviadas aos usuários, o aplicativo avisou que ficará temporariamente indisponível por causa da legislação norte-americana.
“Uma lei banindo o TikTok entrou em vigor nos Estados Unidos. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok agora”, diz o texto.
A decisão ficará com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda (20) e sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país.
O g1 traz um resumo com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo.
Por que os EUA querem banir o TikTok?
O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.
O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, nega a acusação.
O que diz a lei sancionada em 2024?
A lei, que foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Joe Biden em abril de 2024, deu um prazo até este domingo (19) para que o app chinês encontrasse um comprador para sua operação nos EUA.
Se ele não fosse cumprido, o app seria banido no país, o que inclui a remoção das lojas de aplicativos e o bloqueio de atualizações.
Qual foi a decisão da Suprema Corte dos EUA?
Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a lei é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido ao tribunal contestando a legislação.
O que deve acontecer agora?
Apesar da suspensão, ainda há expectativas sobre o retorno da plataforma nos próximos dias. Donald Trump toma posse amanhã e indicou que vai adiar a proibição do aplicativo por 3 meses.
“A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado”, disse Trump, em entrevista à NBC. “Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira”, completou.
Ao comunicar aos usuários que estava fora do ar, o TikTok disse que Trump trabalhará com a empresa que o aplicativo volte ao ar.
Além do TikTok, outros aplicativos desenvolvidos pela empresa chinesa ByteDance também saíram do ar. Dentre eles está o CapCut e o Lemon8.
O que a Casa Branca diz?
A Casa Branca avisou na sexta que a decisão sobre a implementação da lei ficaria a cargo de Donald Trump. Questionado por repórteres no mesmo dia, Biden confirmou que é o presidente eleito quem decidirá sobre o tema.
Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos?
Qual a repercussão da decisão no país?
Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma.
Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa “Pequeno Livro Vermelho” em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico.
O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.
Logo TikTok e bandeira dos Estados Unidos ao fundo
Getty Images

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TikTok sai do ar nos Estados Unidos após lei e decisão da Justiça

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Suspensão tem como base uma lei federal que exige a venda da operação da plataforma no país e ocorre em meio à polêmicas sobre supostas coleta de dados confidenciais de americanos. Mensagem da rede social aos usuários nos EUA
Reuters
O TikTok saiu do ar nos Estados Unidos na madrugada deste domingo (19). A rede social ficou indisponível para usuários norte-americanos devido a uma lei federal que força a plataforma a vender sua operação no país.
De acordo com o site Downdetector, que monitora interrupções de serviços online, houve um pico de usuários reportando falhas para acessar a plataforma logo após a meia-noite.
Em notificações enviadas aos usuários, o aplicativo avisou que ficará temporariamente indisponível por causa da legislação norte-americana.
“Uma lei banindo o TikTok entrou em vigor nos Estados Unidos. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok agora”, diz o texto.
A lei foi analisada pela Suprema Corte dos EUA, que entendeu que o texto aprovado pelo Congresso não viola a Primeira Emenda da Constituição americana.
Logo TikTok e bandeira dos Estados Unidos ao fundo
Getty Images
Apesar da suspensão, ainda há expectativas sobre o retorno da plataforma nos próximos dias.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20), já sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país.
“A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado”, disse Trump em entrevista à NBC. “Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira”, completou.
Neste domingo, após a plataforma ficar indisponível, o presidente eleito postou uma mensagem de apoio ao app em sua rede Truth Social.
Trump posta mensagem em apoio ao TikTok, na rede Truth Social, no dia em que o aplicativo saiu do ar nos EUA
Reprodução
Ao comunicar aos usuários que estava fora do ar, o TikTok disse que Trump trabalhará com a empresa que o aplicativo volte ao ar.
Além do TikTok, outros aplicativos desenvolvidos pela empresa chinesa ByteDance também saíram do ar. Dentre eles está o CapCut e o Lemon8.
O g1 traz um resumo com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo.
Por que os EUA baniram o TikTok?
O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.
O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, nega a acusação.
O que diz a lei sancionada em 2024?
A lei, que foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Joe Biden em abril de 2024, deu até domingo (19) para que o app chinês encontre um comprador para sua operação nos EUA.
Como ele não foi cumprido, o app foi banido no país, o que inclui a remoção das lojas de aplicativos e o bloqueio de atualizações.
Ainda segundo a lei, serviços de hospedagem dos EUA também serão impedidos de trabalharem com o TikTok. As empresas que desrespeitarem a legislação estão sujeitas a multas de até US$ 5 mil para cada usuário que acessar o app – o TikTok tem 170 milhões de usuários nos Estados Unidos.
Qual foi a decisão da Suprema Corte?
Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a lei é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido ao tribunal contestando a legislação.
O que a Casa Branca diz?
A Casa Branca avisou na sexta que a decisão sobre a implementação da lei ficará a cargo de Donald Trump, que toma posse na segunda (20). Questionado por repórteres em Washington, Biden confirmou que é o presidente eleito quem decidirá sobre o tema.
Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos?
O que Trump fará sobre o TikTok?
No domingo, Trump afirmou à NBC que “provavelmente” adiará a validade da lei que força a venda do TikTok. Na sexta, ele disse, sem dar muitos detalhes, que tomaria em breve algum tipo de medida em relação ao aplicativo.
“Minha decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas preciso de tempo para rever a situação. Fiquem ligados!”, postou o presidente eleito após a decisão da Suprema Corte na sexta.
O jornal The Washington Post informou na quarta-feira (15) que o republicano cogita assinar, logo no início de seu governo, uma ordem executiva que suspenderia o banimento do TikTok nos EUA por um prazo de 60 a 90 dias. Trump também já disse que poderia negociar uma solução para que a plataforma não fique indisponível.
O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o primeiro governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o aplicativo e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida.
Na campanha para a eleição de 2024, porém, Trump mudou de posição e passou a defender que o TikTok continuasse operando nos EUA.
“Você sabe, tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso”, disse o republicano em dezembro, após ser eleito.
O presidente eleito recebeu apoio do CEO do TikTok, Shou Zi Chew, que foi convidado para a posse do republicano nesta segunda.
O executivo agradeceu a Trump por “seu comprometimento” em ajudar a plataforma a encontrar uma solução que mantenha o aplicativo funcionando nos EUA. “Esta é uma posição forte pela Primeira Emenda e contra a censura arbitrária”, disse o CEO do app.
Qual a repercussão da decisão no país?
Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma.
Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa “Pequeno Livro Vermelho” em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico.
O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.

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Turista argentino justifica uso de bloqueador contra caixa de som em praia: 'Falta de consideração em locais públicos'

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Homem usou uma espécie de bloqueador de sinal Bluetooth para ‘desligar’ caixa de som. Especialistas explicam que aparelho apresenta riscos e que seu uso e venda sem autorização da Anatel são ilegais. Dispositivo usado por argentino para silenciar caixa de som em praia é ilegal no Brasil
Reprodução/X
O vídeo de um turista argentino, identificado como Roni Bandini, “desligando” uma caixa de som em uma praia viralizou nas redes sociais na última terça-feira (14).
“Para mim, o que importa é a poluição sonora, a falta de consideração pelos outros em locais públicos e o uso da tecnologia para enfrentar os aspectos negativos da própria tecnologia”, disse ao g1.
Bandini utiliza um tipo de bloqueador de sinal para interromper a conexão entre o celular e a caixa de som. No X, ele afirma ter criado o dispositivo e revela planos de comercializá-lo.
No entanto, esse tipo de aparelho não é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comercialização ou uso no Brasil, a não ser em casos envolvendo órgãos públicos específicos (veja as exceções ao final da reportagem).
Por isso, de maneira geral, sua venda e uso são proibidos no país, segundo um especialista em tecnologia e segurança consultado pelo g1 (entenda abaixo).
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TikTok confirma que ficará fora do ar nos EUA no domingo se Biden não suspender lei
“O aparelho mostrado no vídeo emite um sinal Bluetooth intenso na direção da caixa de som, gerando interferência na comunicação com o celular. Essa interferência impede que a caixa receba o sinal do celular com qualidade e o decodifique para reproduzir o som da música, resultando no silêncio”, explica Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks.
Questionado sobre a possibilidade de o equipamento bloquear caixas de som com CDs e pendrives conectados, ou rádios FM sintonizados, o turista afirma que isso não é possível.
Isso ocorre porque o dispositivo funciona exclusivamente como um bloqueador de sinal Bluetooth, ou seja, é necessário que haja uma comunicação por ondas entre o celular e a caixa de som para que o aparelho tenha efeito.
O que é o aparelho e por que ele é ilegal no Brasil?
Aparelho usado por turista para “desligar” caixas de som Bluetooth
Reprodução/Medium
Em uma publicação na plataforma Medium, o turista reconhece que o uso do aparelho pode interferir em outros equipamentos que operam na frequência de 2,4 GHz e admite que, dependendo do país, “afetar o funcionamento desses dispositivos pode ser ilegal”.
Dispositivos de Wi-Fi, automação residencial (IoT), telefones sem fio, consoles de videogame e drones são alguns dos aparelhos que usam a frequência de 2,4 GHz para se comunicar.
“Essa técnica, conhecida como jamming, consiste em dificultar ou interromper comunicações sem fio ao gerar uma forte interferência na mesma frequência utilizada pelos dispositivos. O equipamento responsável por essa interferência é chamado de jammer”, explica Ayub.
Segundo ele, um jammer não é um aparelho homologado, o que torna sua venda proibida no Brasil.
Essa tecnologia esteve no noticiário recentemente no caso da aeronave da Embraer, abatida no Cazaquistão, no dia 25 de dezembro de 2024. Com mais de 60 pessoas a bordo, o avião sofreu interferência no GPS e oscilou de altitude por 74 minutos, apontou o site de monitoramento Flighradar24.
Segundo Ayub, forças militares fazem jamming de GPS para dificultar a comunicação de mísseis e drones com o satélites de geolocalização e impedir o voo desses equipamentos bélicos.
O especialista explica que, de acordo com a legislação vigente no Brasil, a compra, venda, entrada no país e uso de qualquer aparelho que emita sinal Bluetooth devem ser homologados pela Anatel.
Atualmente, inúmeros dispositivos usam comunicação Bluetooth e precisam de homologação na Anatel. Alguns deles são celulares, fones de ouvido, teclados e mouses sem fio, relógios inteligentes, câmeras fotográficas e filmadoras, drones, entre outros.
“Esse regulamento tem como intenção justamente impedir que aparelhos diferentes criem interferência entre si”, completa o especialista.
Especialmente nas grandes cidades, onde há muitos dispositivos de telecomunicações, esses bloqueadores de frequência podem afetar, mesmo que não intencionalmente, o funcionamento de aparelhos importantes e causar consequências graves, alerta Gabriel Gomes de Oliveira, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).
“Por isso, existe uma preocupação, em regulamentar, para que outros serviços, inclusive serviços de extrema necessidade, não apresentem falhas, não sejam afetados”, diz.
Questionada pelo g1 sobre o tema, a Anatel destacou a Resolução n° 760, que estabelece que apenas algumas entidades públicas podem usar esse tipo de tecnologia (que bloqueia sinais de radiocomunicações), desde que com a anuência da Anatel. São elas:
Presidência da República;
gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
Ministério da Defesa;
Ministério da Justiça e Segurança Pública;
Ministério das Relações Exteriores;
Forças Armadas;
Agência Brasileira de Inteligência;
órgãos de Segurança Pública de que trata o art. 144 da Constituição Federal (algumas polícias);
órgãos de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal;
órgãos de Administração Penitenciária dos Estados e do Distrito Federal.
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